Os sócios-diretores da Arildo Veículos, Arildo Aparecido de Souza e Ester Alves Bueno de Souza, e o proprietário da Rey das Chaves, Éder Campinha, foram denunciados, na quarta-feira (15), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao crime Organizado (Gaeco), pela prática dos crimes de adulteração de velocímetro, estelionato e publicidade enganosa. A denúncia contra as empresas, ambas de Maringá, foi oferecida à 1ª Vara Criminal da comarca local.
A Arildo Veículos aluga e revende carros e a Rey das Chaves oferece serviços de chaveiro. Segundo o Ministério Público (MP), do qual o Gaeco faz parte, Arildo e Ester eram os responsáveis pelas práticas de adulteração de velocímetro, estelionato e propaganda enganosa. Éder foi denunciado por adulteração de velocímetro em coautoria e por continuidade delitiva com os outros dois denunciados.
As investigações começaram em junho de 2012. O Gaeco aponta que os denunciados adulteravam os velocímetros dos automóveis destinados à venda, com o objetivo de agregar valor de seminovos. Além desse golpe, conhecido como “tombo do velocímetro”, veículos batidos passavam por consertos superficiais para enganar os clientes. Para os promotores, o slogan da propaganda da empresa, “Arildo Veículos, qualidade acima de tudo”, era enganosa.
“Os denunciados patrões, Arildo e Ester, comandavam e se responsabilizavam por tudo o que acontecia nos grupos empresariais familiares e determinavam aos diversos empregados toda e qualquer prática comercial, para alcançar seus objetivos ilícitos como resultado finalístico das atividades empresariais”, diz um trecho da denúncia apresentada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Maringá.
Em caso de condenações, as penas previstas são de 3 anos a 6 anos (por adulteração de velocímetro), de 1 ano a 5 anos (estelionato) e de 2 anos a 5 anos (propaganda enganosa).
Acusados
O advogado Waldemar Júnior, que representa Arildo Aparecido de Souza e Ester Alves Bueno de Souza, afirmou que os donos da loja de veículos são inocentes. “A alegação de que a Arildo Veículos trabalha com carros batidos e recuperados para enganar o consumidor não procede.”
Segundo o advogado, em mais de 10 anos de atuação da empresa nunca foi registrado qualquer reclamação em órgãos de defesa do consumidor sobre a procedência dos veículos. “Ao comprar um carro, qualquer pessoa pode levá-lo ao mecânico de sua confiança para verificar as condições do produto. Mesmo assim, a Arildo Veículos nunca recebeu qualquer queixa.”
Questionado sobre as gravações telefônicas com autorização da Justiça apresentadas na denúncia do Gaeco, Waldemar Júnior defendeu que elas foram manipuladas. “Ainda não tivemos acesso total à denúncia, mas pelo o que já apuramos podemos constatar que essas escutas foram editadas a fim de justificar a acusação apresentada.”
Éder Campinha, proprietário da empresa Rey das Chaves, também foi procurado, mas a informação é de que está viajando e não vai se manifestar.
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