segunda-feira, 24 de setembro de 2012

::: ELEIÇÕES - Eleitor levará em média 40 segundos para votar, prevê TSE

 
A onze dias do primeiro turno das eleições municipais, marcado para 7 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta segunda-feira (24) que o tempo médio de votação será 40 segundos por eleitor.
O cálculo se baseou em informações coletadas em eleições anteriores. O tempo de votação foi calculado a partir do momento em que o eleitor se dirige à urna até o instante em que confirma o voto para o segundo cargo.
No próximo dia 7, o eleitor votará primeiro para vereador, depois para prefeito. Em cidades com mais de 200 mil habitantes, se o primeiro colocado não obtiver mais de 50% dos votos, haverá segundo turno. No dia 28 de outubro, está marcado o segundo turno das eleições municipais.
No pleito municipal de 2008, cada eleitor levou 31 segundos, em média, para votar nos candidatos a prefeito e a vereador, em 5.563 municípios. Agora as eleições ocorrem em 5.568 municípios.
Já o tempo médio de atendimento ao eleitor foi de 39 segundos, em 2008, segundo o TSE. O tempo de atendimento é calculado a partir da digitação do número do título do eleitor por parte do mesário até a confirmação do voto no segundo cargo.
A Justiça Eleitoral estimula os eleitores a levarem a chamada cola no dia da votação. No papel devem conter os números de seus candidatos. O TSE colocou à disposição um modelo de cola que pode ser impresso e preenchido com os dados dos candidatos a prefeito.
Pelo calendário eleitoral, o TSE fixou hoje como último dia para os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público impugnarem os programas usados nestas eleições.
Amanhã (25), será o último dia para a reclamação contra o quadro geral de percursos e horários programados para o transporte de eleitores no primeiro e eventual segundo turnos de votação. Na próxima quinta-feira (27), será o último dia para o eleitor requerer a segunda via do título eleitoral dentro do seu domicílio eleitoral.

Renata Giraldi
Da Agência Brasil, em Brasília

::: PRIMEIRA LEITURA - QUEM?

Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar? Sal. 24:3.
 
O drama que Rudy vivia é o drama de muitos cristãos. Ele sabia tudo aquilo que devia fazer e conhecia também o que não devia fazer. Sua tragédia consistia no fato de não conseguir viver à altura dos princípios que conhecia, por mais que se esforçasse por fazê-lo. Ultimamente tinha chegado à conclusão de que era “impossível” viver a vida cristã.
O Salmo 24, do qual tiramos o texto para hoje, era cantado antifonalmente, enquanto a arca era levada para Jerusalém. Os sacerdotes perguntavam cantando: “Quem subirá ao monte do Senhor?” E o povo respondia em coro: “O que é limpo de mãos e puro de coração” (versos 3 e 4).
Embora o monte santo naquele tempo fosse Sião, ele simboliza sem dúvida nenhuma o Céu. Neste sentido, a pergunta seria: “Quem subirá ao Céu com Jesus para permanecer eternamente na presença do Pai?” A resposta é um requisito impossível de ser cumprido da perspectiva humana: “O puro de coração.”
Você pode limpar seu corpo, lavar suas vestes, desinfetar sua pele; mas, e o coração? Em certa ocasião, Deus afirmou através de Jeremias: “Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante Mim.”
Ninguém neste mundo pode purificar o coração e as intenções íntimas. A cultura e a educação humanas podem ajudar-nos a disfarçar, aparentar e dissimular os desejos ocultos. Podem refinar as nossas atitudes externas, mas não podem purificar o coração. E na presença do Senhor só permanecerão os limpos de coração. Ao santo monte só subirão os puros na intimidade de suas intenções.
Quando Jesus falou aos Seus discípulos acerca das mansões celestiais que Ele iria preparar, Tomé perguntou ansioso: “Como saber o caminho?” A resposta do Mestre foi: “Eu sou o caminho, .... ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14:5 e 6.
Só Deus nos qualifica para entrar na presença do Pai. Tudo o que você e eu precisamos fazer é ir a Jesus e viver em comunhão com Ele.
Por isso, diante da pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar?” Responda: Pela graça de Jesus, e em Seu nome, espero estar lá.
 
Pr. Alejandro Bullón

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

::: POLÍTICA - Picareta, Safado e Transparente disputam as eleições 2012

Você votaria no candidato Picareta? Elegeria um candidato Safado? Ou na hora do voto opta por quem é Transparente? Calma lá, isso não é um texto de panfletagem política nem um manifesto pelo voto consciente, por mais cabíveis ou justos que esses fossem para a época. Picareta, Safado e Transparente, creia, são nomes de registro de alguns dos candidatos que os eleitores terão como opção nas eleições para prefeito e vereadores nas 5.568 cidades que vão às urnas no próximo dia 7 de outubro.
O uso de apelidos é permitido pela legislação eleitoral no registro da candidatura, e quem escolhe como prefere ser apresentado aos eleitores são os próprios candidatos. A ferramenta de busca por candidatos no site do UOL Eleições, alimentada por dados da base do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pode ser uma diversão para o internauta. O cardápio é vasto entre os mais de 480 mil registros de candidaturas para prefeito, vice e vereador registradas no tribunal.
Os candidatos citados no início e no decorrer deste texto são reais. Eles chamam a atenção, especialmente, pelo fato de que adotam apelidos que muitos políticos não gostariam de ver associados a seus nomes, ou que poderiam ser classificados como "bullying" caso não fossem as escolhas dos próprios candidatos. Faça uma busca, por exemplo, por palavras como picareta ou safado na base de dados de candidatos e olha o que vem:

Eles estarão nas urnas

  • Divulgação Evangelista Safado, 60, do PSB
  • Divulgação Picareta, 50, do PTB
  • Divulgação Clara Transparente, 47, do PSC
- Picareta, candidato a vereador pelo PTB em Bicas, município de pouco mais de 13 mil habitantes no sudeste de Minas Gerais. Paulo Murilo de Oliveira, 50, é o nome de nascimento de Picareta.
- Safado, apelido de Evangelista Ricardo, comerciante em Divinópolis (MG) que quer ser eleito vereador pelo PSB, na coligação "Renasce a Esperança". Ele optou por registrar para a urna o nome com o apelido: Evangelista Safado.
Não são só os nomes supostamente negativos que se destacam. A busca por um termo como "transparente", algo que se espera de políticos, por exemplo, apresenta uma candidata:
- Transparente, adjetivo que Clara Lucia de Andrade escolheu para associar ao nome, na esperança de dar "mais força" à sua candidatura. Clara Transparente concorre pelo PSC em Uberlândia (MG).
 
Bancada do terror
A busca por nomes estranhos aguça a curiosidade. Soltar um pouco a imaginação proporciona descobertas inusitadas no banco de dados de candidatos. Fossem todos da mesma cidade e conquistassem votos suficientes para uma cadeira no Legislativo municipal, poderíamos ter uma "bancada do terror" em alguma Câmara Municipal: Vampiro, Fantasma, Chupa-Cabra, Monstro, Zumbi, Bruxa e Morto-Vivo, todos são candidatos. Uma imaginária "bancada do folclore nacional" também teria seus representantes: Saci-Pererê, Lobisomem, Curupira, Caipora.
A bancada dos bichos, então, seria fortíssima: tem Gato, Cachorro, Girafa, Baleia, Papagaio e até Dinossauro.
Se o eleitor quiser um candidato mais personalizado, pode ficar com o Original ou com o Diferente. Se não fizer muita questão, pode escolher o Genérico.
E quem poderia imaginar como representantes no parlamento a Maria Gostosa e o Raimundo Gostoso? Não é aconselhável adotar a aparência como critério principal de escolha de alguém que vai tomar decisões pelo destino dos moradores da cidade, mas, se este for o caso, há como escolher entre o Feio e o Bonito.
Para sorte dos eleitores, não tem candidato Ladrão nem Corrupto.
 
O que diz a legislação
O nome usado na urna eletrônica, segundo o artigo 30 da Resolução 23.373/2011, que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos nas eleições, pode ser o apelido ou o nome pelo qual o candidato é mais conhecido. As únicas restrições são: não ultrapassar 30 caracteres, não estabelecer dúvida quanto à identidade do candidato, não atentar contra o pudor e não ser "ridículo ou irreverente". Os nomes citados nesta reportagem são de candidaturas deferidas pela Justiça Eleitoral. Portanto, são nomes que não foram considerados ridículos ou irreverentes.
Ok, há muita gente que associa o termo "picareta" a pessoas aproveitadoras, que usam meios condenáveis para obter o que desejam (o dicionário Houaiss classifica esta definição como regionalismo), e há quem goste de dizer por aí que políticos são "picaretas". Picareta, acima de tudo, é uma ferramenta de trabalho, uma peça de ferro com duas pontas aguçadas, que se prende a um cabo de madeira e serve para escavar a terra, arrancar pedras etc. Usar apelidos como este e Safado, se são as maneiras pelas quais os sujeitos são conhecidos, parece justo. Mas devem ter passado pelo crivo de algum escalão da Justiça Eleitoral para que não fossem considerados irreverentes, no mínimo. Transparente, adjetivo da moda em política, também não infringe a lei.

Irineu Machado
Do UOL, em São Paulo

::: OPINIÃO - “Eu não gosto de política!”


                Nesta época em que “ferve” (com o calor feito nos últimos dias a palavra ganhou o sentido literal) nas ruas e avenidas de nossa cidade a campanha política que levará o eleitor as urnas no  domingo, 07 de outubro, é fácil ouvir a frase: “Eu não gosto de política!”

                Essa aversão de alguns eleitores tem as mais diferentes ligações, a citar, dia desses ouvi uma pessoa dizendo que não votava em determinado candidato devido o seu “jingle” – música de campanha, já ouvi eleitor que não votava em outro candidato pois tinha “uma cara muito amarrada”, sabe lá como é ter “cara solta”? Também ouvi “vou anular só para dar risadas depois de quem perder”... Enfim  as justificativas para um candidato não ganhar um voto do eleitor são as mais variadas possíveis.

                Entendo que hoje, todos os corajosos que colocaram seu nome para a avaliação popular seja ao cargo de prefeito ou vereador, tem encontrado na maior parte das vez um eleitor desmotivado com tantas denúncias de corrupção e falcatruas. Isso faz com que as pessoas realmente não gostem de política. No corpo a corpo destes 16 dias finais os candidatos terão que mostrar o que podem fazer de diferente para conquistar o voto do eleitor. Isso se faz com propostas, projetos para o futuro da cidade e não apenas promessas ou barganhas ou ainda a velha tática de ofender o oponente para crescer... É a velha máxima, “falem mal, mas falem de mim”, cada vez que um outro político perde tempo falando de seu adversário, ele deixa de apresentar suas propostas e ganhar o voto daquele eleitor com a inteligência das ideias e valoriza o “passe” do seu oponente.

                Tenho acompanhado o desempenho das últimas eleições e percebo que o candidato que usa essa tática de denegrir a imagem do adversário acaba enfraquecendo, caindo e perdendo a eleição, enquanto o outro por consequência, ganha! Nas eleições de 2010, antes da arrancada, Serra tinha a maioria das intenções de votos, durante a campanha usou a estratégia errada ao atacar Dilma, foi caindo, caindo e perdeu. Em 2006 mesmo com os escândalos do mensalão aparecendo Alckmin não conseguiu apagar a popularidade de Lula pois usava seu programa eleitoral em grande parte para criticá-lo, o que resultou negativamente em votos. Na eleição para nosso Estado em 2010 a mesma coisa, uma tentativa frustrada de associar a imagem desenvolvimentista de Beto Richa, um prefeito que havia deixado a prefeitura da capital com mais de 80% de aprovação, sendo a cidade um modelo exemplar de gestão, ou seja, ficaria difícil falar alguma coisa neste caso. A maneira foi associar o então candidato ao ex-governador Lerner, mais uma vez naufragou a ideia de ataque do “inimigo”.

                Estando nos dias decisivos para o pleito 2012, falta para alguns candidatos acertarem a estratégia, quem sabe até mesmo diminuírem o “fogo amigo” que ocorre dentro do grupo pois isso faz com que as pessoas digam: “eu não gosto de política!”.

                Enfim se o seu candidato gosta ou não de política, eu me esforcei e fui buscar lá atrás em ensinos que aprendi na disciplina de História da Física, estudando Aristóteles quando se referia a política alguns pensamentos importantes consegui localizar,a tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições são capazes de garantir a felicidade coletiva. O homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade”.

                Com esse pensamento, mesmo não disputando cargos eletivos todos nós somos políticos quando convivemos em sociedade de forma harmônica. Quando nos relacionamos bem com as outras pessoas e fazemos valer os nossos direitos. Por isso vote em candidatos que tenham propostas verdadeiras, que gostem de política com o objetivo de promover o bem comum e a felicidade do povo, não apenas as necessidades diárias que alguns tem como cesta básica, combustível e alguns trocados. Depois do dia 07 não terão “mais jingles”, daí em diante todos somos Nova Esperança!

E você, gosta de política?

“Não há nada de errado com aqueles que não
gostam de política, simplesmente serão
governados por aqueles gostam”.

Platão

::: CIDADANIA - MINISTÉRIO PÚBLICO LANÇA EM NOVA ESPERANÇA O MOVIMENTO PARANÁ SEM CORRUPÇÃO


A iniciativa vem conquistando a adesão de diversos parceiros da comunidade escolar, da sociedade organizada, de empresários e de cidadãos paranaenses que não se conformam com a corrupção.




Foi lançado na manhã de quinta-feira, 20 de setembro, nas dependências do Salão Nobre do Colégio Estadual São Vicente de Paula, o Movimento Paraná Sem Corrupção  que foi criado a partir de uma articulação do Ministério Público do Paraná, por meio da coordenação paranaense da campanha "O que você tem a ver com a corrupção?"
            A iniciativa vem conquistando a adesão de diversos parceiros da comunidade escolar, da sociedade organizada, de empresários e de cidadãos paranaenses que não se conformam com a corrupção.
            A campanha nacional foi lançada em 2007 pelo Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) e pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) com o propósito de enfrentar a corrupção de duas formas: por meios legais, processando agentes públicos corruptos; e promovendo a conscientização social para a reflexão acerca do tema e a disseminação da cultura da honestidade.
NO PARANÁ
            Identificada a necessidade de criar uma articulação com características próprias, capaz de envolver toda sociedade paranaense nas ações de combate à corrupção resultou no Movimento Paraná Sem Corrupção. A ideia é incentivar a discussão crítica, a participação social e a educação para a cidadania, a fim de iniciar uma verdadeira mudança cultural capaz de eliminar a corrupção do dia a dia das pessoas.
            O movimento visa conscientizar a população sobre a corrupção. Alertando para as pequenas ações que nos tornam corruptos. Essa conscientização sendo feita desde a mais tenra idade teremos adultos comprometidos e atuantes na sociedade. Onde visam o bem comum e não somente em seu próprio beneficio, destaca a direção. Os professores dos colégios assinaram os termos de adesão ao movimento, que tem o propósito de promover o combate à corrupção e disseminar uma cultura baseada na dignidade, na honestidade, em princípios éticos, na participação social e no exercício pleno da cidadania.
            Esse Movimento para a cidadania iniciar pela Educação. Em 2012, ano eleitoral, o foco das ações estará voltado à comunidade escolar. Professores e promotores de Justiça estão sendo mobilizados, nos municípios pertencentes aos 32 Núcleos Regionais de Educação, para definirem, em conjunto, atividades que serão desenvolvidas com os estudantes.
            A sugestão é que as ações priorizem os alunos do Ensino Médio, já que muitos irão votar pela primeira vez. A intenção é incentivar os estudantes a discutir a corrupção, despertando o interesse em participar da construção de uma sociedade baseada na honestidade e em escolhas políticas fundadas na ética.
            A Secretaria de Estado da Educação elaborou, para esta primeira fase, atividades com o intuito de contribuir com o trabalho docente e levar para o ambiente escolar a discussão acerca da corrupção de forma articulada com os conteúdos curriculares propostos pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica da Rede Estadual de Educação do Paraná.
            De acordo com o Promotor de Justiça Dr. Nivaldo Bazoti “as ações desenvolvidas também possibilitam que a escola possa se constituir como um espaço democrático de desenvolvimento, estimulando a participação social e política dos jovens no enfrentamento e combate à corrupção”. O Ministério Público e os representantes das Instituições de Ensino da Comarca de Nova Esperança firmaram um termo e consensualmente ajustaram-se cooperar e instituir diretrizes e ações para envolvimento dos alunos e professores do Ensino Médio e na medida do possível, com adaptações também no Ensino Fundamental. Passaram a deliberar estratégias de aplicação para os próximos meses, e desenvolverem um projeto com o tema “O que você tem a ver com a corrupção, podendo ser desenvolvidos peças de teatro, redação, músicas dentre outros. O Projeto deverá ser entregue até o dia 28 de setembro e as datas das apresentações serão no mês de novembro, para todos os municípios que integram a Comarca de Nova Esperança (Uniflor, Presidente Castelo Branco, Atalaia e Floraí)
            “O Movimento Paraná Sem Corrupção é apartidário e não serve a interesses de grupos políticos. Ele tem cunho popular e democrático, buscando incentivar o debate público para o enfrentamento à corrupção”, ressaltou a Promotora Drª Maria Sonia Freire Garcia .
Como participar
            A forma de participação no movimento é livre. Cada pessoa pode contribuir com ideias e iniciativas, a sua maneira: reúna um grupo para debater temas ligados à corrupção, elabore dinâmicas, atividades, produções artísticas, educativas etc. Vale a criatividade e o envolvimento de cada cidadão.
            Mas estas, são apenas sugestões. A intenção é que cada pessoa faça seu próprio movimento contra a corrupção, adotando atitudes positivas e proativas! Comece agora mesmo! Acesse: www.paranasemcorrupcao.org.br

Fotos Raphael Guimarães
Matéria: Alex Fernandes França

::: POLICIAL - VEÍCULO FURTADO EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS É RECUPERADO EM NOVA ESPERANÇA

 
No último domingo, 16 por volta das 9h. 30min., policiais militares da 3ª Cia de Nova Esperança foram acionados para dar atendimento a um acidente automobilístico de choque com objeto, em um deposito de materiais de construção.
 Ao chegarem no local foram informados que um veículo marca Renault Clio, de placas AKJ-9030 de Maringá, colidiu contra a porta do estabelecimento e seu condutor evadira-se, após rondas realizadas os policiais encontraram o veículo na Rua  Kakuchi Kobayshi e seu condutor, de iniciais E. V. S., apresentava sinais de embriaguez, recusando-se a realizar o teste do bafômetro, após orientação da vitima do dano o condutor foi encaminhado para a delegacia para as medidas legais e o veículo recolhido ao pátio da policia militar por estar sem documentos de porte obrigatório. 
Segundo informações da Polícia Militar, “já no pátio da Cia, os policiais responsáveis pela apreensão foram verificar e tirar o decalque do chassi, quando então foi verificado que a numeração possuía uma tentativa de raspagem, e após consultar junto ao sistema Detran/Pr, verificou-se que o automóvel  em questão possuía alerta de furto na cidade de São José do Pinhais sendo o veículo de placas AJW-3890, furto este ocorrido em 21 de janeiro deste ano, na cidade da Região Metropolitana de Curitiba. 
De posse desses novos dados foi informada a Policia Civil para as medidas cabíveis, quanto ao condutor do veículo, para responder pelo crime de receptação.
Jornal Noroeste 

::: COMÉRCIO - ACINE MULHER promoveu com sucesso a Mega Feira Ponta de Estoque



  
O evento foi visitado por mais de 5 mil pessoas
 
Realizada no Salão Paroquial na sexta-feira, 14 de setembro das 09h às 22h e no sábado das 09h às 17h a Mega Feira Ponta de Estoque de Nova Esperança atraiu público da cidade e toda região.
A Feira é uma realização da Acine Mulher, através do Conselho da Mulher Empresária, Executiva e Profissional da Acine e contou com a participação de diversas lojas dos mais variados segmentos – confecções, calçados, tecidos, lingerie, dentre outros.
Como um evento já tradicional, a Ponta de Estoque chama a atenção, por oferecer produtos de excelente qualidade a preços baixíssimos, com descontos que variam de 20 a 60%.
“A Feira é a oportunidade que o comerciante tem de oferecer ao cliente mercadorias de qualidade a preços acessíveis”, destacou a presidente da Acine Mulher, empresária Sonia Marina Caeiro.
A Feira contou com o apoio da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e Sicredi. Procurando inovar a cada ano, a Feira teve exposição de motocicletas da Honda Free Way e de carros novos Ford da Picoli Veículos além de apresentação do Grupo Musical da Escola Municipal Julio Benatti na abertura, espaço criança e praça de alimentação.
Mais uma vez foi firmada parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do município, onde profissionais da saúde estiveram à disposição de quem passasse por lá para verificação da pressão arterial e teste de glicemia.
Calcula-se que durante os dois dias de Feira, mais de 5 mil pessoas, passaram pelo Salão Paroquial de Nova Esperança vindas de toda a região.
A Diretoria da ACINE Mulher agradece aos lojistas participantes, ao Sicredi, Prefeitura, Câmara, Secretaria Municipal de Saúde, Picoli Veículos, Honda Free Way e todos que contribuiram direta e inderetamente para o sucesso da Feira.

::: PRIMEIRA LEITURA - CUMPRA SUA PALAVRA

O que torna agradável o homem é a sua misericórdia; o pobre é preferível ao mentiroso. Prov. 19:22.
 
Conheço pessoas nas quais posso confiar de olhos fechados. A vida me colocou em contato com pessoas cuja palavra vale muito mais do que um contrato assinado. A Bíblia chama essas pessoas de Hesed, que significa fiel, leal, veraz e misericordioso.
O que tem que ver fidelidade com misericórdia? Por que são usadas em hebraico como se fossem sinônimas? Do ponto de vista divino, o respeito pela palavra dada, a fidelidade àquilo que você disse, é uma expressão de amor.
É possível respeitar a palavra empenhada sem ter o temor de Deus no coração? É sim, basta ser uma pessoa responsável. Mas, com Deus, as coisas não podem ser apenas fruto do dever, mas do amor. O cumprimento do dever leva você simplesmente a ser um bom cidadão, e isso não é suficiente para torná-lo feliz.
O amor trabalha diferente. Faz de você uma pessoa feliz e, em conseqüência, você acaba sendo um bom cidadão.
No texto de hoje, o homem fiel é contrastado com o mentiroso. Salomão afirma que é melhor ser pobre do que ser um homem em quem ninguém confia.
Nos círculos de liderança e administração, fala-se muito da credibilidade. Dizer que você acredita em princípios é uma coisa. Viver esses princípios é algo diferente. As pessoas não acreditam tanto no que você diz, mas no que você faz com relação ao que diz.
A pessoa que está cheia do amor de Jesus desejará ver outras pessoas felizes e cumprirá a palavra empenhada com elas. O resultado será a credibilidade. As pessoas confiarão em você, o amarão e o seguirão. Agora tem sentido o verso: “O que torna agradável o homem é a sua misericórdia”, ou sua fidelidade.
Faça de hoje um dia não apenas de palavras, mas de ações. Você pode, porque nesta luta todo o poder de Deus está ao seu dispor. É só ir a Jesus em atitude humilde e suplicar que Ele faça o que você não tem condições de fazer sozinho.
Comece por sua casa, com os filhos. Você prometeu para eles algo que não cumpriu? Valores não se ensinam por palavras, se transmitem pelo exemplo. “O que torna agradável o homem é a sua misericórdia; o pobre é preferível ao mentiroso”.
 
Pr. Alejandro Bullón

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

::: MARINGÁ - Candidatos a reeleição declaram ocupação como vereador

O cargo público não pode ser considerado como profissão; eles apontam erro no processo de inscrição de candidaturas

Em disputa pelas 15 vagas da Câmara Municipal de Maringá (CMM) há o total de 358 postulantes ao cargo de vereador. Todos declararam no momento da inscrição uma ocupação como aposentados, professores, advogados, veterinários entre outras profissões. Porém chama atenção cinco casos em que candidatos – todos em busca da reeleição declararam como ocupação a função de vereador. Uma vez que vereador não pode ser encarado como profissão, pois é uma função pública.
A informação consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no link de estatísticas de candidatura na opção “cargo/ocupação”. O TSE disponibiliza em seu site a ficha completa dos candidatos de todo o país que disputam as eleições municipais. No Brasil são 20.810 candidatos que constam declararam-se vereadores por ocupação e no Paraná são 1.184.
Em Maringá, os candidatos Aparecido Domingos Regini (PP), Belino Bravin (PP), Flávio Vicente (PSDB), Márcia Socreppa (PSDB) e Mário Verri (PT) aparecem na lista do TSE por terem preenchido o campos “cargo/ocupação” ambos como vereador.
De acordo com Aparecido Domingos Regini que tenta pela quarta vez a vaga na Câmara, sua ocupação é vendedor autônomo. “Eu sei que vereador não é profissão, o que pode ter acontecido é um erro no TSE na hora do preenchimento”, alegou o candidato.
Aliás, foi a mesma alegação de outros três candidatos. Flávio Vicente, que é professor universitário e que disputa pela segunda a eleição para vereador disse que é público e notório a sua ocupação. “Leciono há pelo menos 12 anos e na última eleição conquistei a vaga na Câmara. E sempre digo que ‘estou vereador’. Acredito que houve algum engano de preenchimento de informação”. De acordo com a assessoria do candidato, já está sendo formulado um pedido junto a Justiça Eleitoral para a realização da alteração.
A candidata Márcia Socreppa que disputa o terceiro pleito considera que o TSE também possa ter cometido algum tipo de equívoco. “Sou funcionária pública aposentada pela prefeitura, essa é minha ocupação, vereadora é um cargo apenas”, afirmou Socreppa.
O candidato Mario Verri, terceira vez que disputa uma vaga na CMM, declarou que sua ocupação é empresário no ramo da construção civil e que também tem empresa de distribuição de panfletos. “Eu acho que ocorreu algum tipo de engano, pois desde que assumi uma das vagas na Câmara eu consegui conciliar o cargo com outros negócios, diferente de quando foi secretário de esporte quando tive de vender meus negócios, pois tinha que me dedicar integralmente à pasta”, alegou.
Segundo informações da assessoria de imprensa do TSE, são os próprios candidatos os responsáveis em fornecer todas as informações necessárias no momento da inscrição de candidatura. Informação confirmada pela técnica judiciária Larissa Zamberlan Oliveria, da 66ª Zona Eleitoral. “O preenchimento da ficha de candidatura é informatizado e realizado pelo candidato. A única coisa que a gente faz é receber as informações que são repassadas e que vão para o DivulgaCand (site do TSE)”. A técnica do judiciário lembrou ainda que somente via judicial é que pode ser realizada qualquer tipo de alteração. “Somente alterações concedidas pela justiça podem ser alteradas, de outra forma é impossível”, ressaltou.
A reportagem entrou em contato com o candidato e vereador Belino Bravin, mas não retornou às ligações.
 
Octávio Rossi, especial para Gazeta do Povo

::: REGIÃO - Em visita ao DN, Zanusso relembra o auge de sua atuação política

O ex-deputado estadual Basílio Zanusso esteve ontem (19) em visita de cortesia ao Diário do Noroeste, onde foi recebido pelos jornalistas Euclides Bogoni e Saul. Durante a visita ele relembrou o auge de sua atuação política, seus oito mandatos de deputado estadual e suas relações com os governadores do Estado.
Zanusso – cartorário em Uniflor - ingressou na política em 1960 como vereador em Nova Esperança, foi candidato duas vezes a prefeito da cidade, mas não se elegeu. Passou a disputar a liderança na região com o então prefeito de Alto Paraná, Agostinho Stefanello, amigo pessoal do governador indicado pelo Governo Militar, Haroldo Leon Peres. Depois de um contato em que Haroldo não deu apoio inicial a sua candidatura a deputado, Basílio Zanusso acabou sendo incentivado pelo próprio Stefanello, que abriu mão de sua candidatura e apoiou Zanusso. Foram oito eleições seguidas a deputado estadual.
Como deputado, ele “aposentou” a idéia de ser prefeito, mas apoiou seu irmão, Gerson Zanusso, que se elegeu prefeito em 2000.
Ontem em visita ao DN ele recordou com humor as eleições de que participou e as peripécias políticas vividas.
Na atual campanha eleitoral, o grupo político de Zanusso lançou candidato a prefeito João Eduardo Pasquini. Porém, o PSDB lançou uma dupla candidatura e a de Pasquini acabou invalidada pela Justiça Eleitoral. O grupo então optou por lançar novamente Gerson Zanusso a prefeito pelo PSD, na vaga aberta com a renúncia como candidato de Cássio Claro Pasquini.
(SB)

::: PRIMEIRA LEITURA - OLHE BEM

 

Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. Prov. 4:25.
Foi apenas um segundo de distração e meu carro saiu da estrada. O acidente poderia ter sido fatal se não fosse a mão misericordiosa de Deus. Depois que o susto passou, agradeci ao Senhor e lembrei-me de uma expressão que a minha mãe repetia quando eu era garoto: “Menino, olhe por onde anda!”
Olhar para o caminho, não se distrair, não tentar fazer duas coisas ao mesmo tempo é básico para chegar com sucesso ao fim do caminho, e esta vida é um caminho. É uma longa jornada que começa no dia em que nascemos. É uma estrada cheia de obstáculos, perigos, dificuldades e desafios.
O provérbio de hoje enfatiza o verbo olhar. Em hebraico, é o verbo nabat, que significa olhar, considerar, perceber, advertir. Embora comumente se use nabat dentro da conotação física, essa palavra é usada com freqüência num sentido figurado para expressar uma percepção espiritual. Afinal de contas, o propósito dos conselhos divinos não é apenas que não tropecemos aqui, mas que cheguemos vitoriosos ao glorioso destino.
Existem muitos motivos de distração ao longo desta vida. Vozes. Muitas vozes. Luzes. Filosofias atrativas. Estímulos fascinantes. Por isso, em Provérbios 4, Salomão aconselha que haja uma concentração completa do ser inteiro, afim de não se afastar da senda correta. Que “os teus olhos olhem direito”, adverte. Mas não apenas os olhos, os ouvidos também (v. 20) e o coração (v. 21) e as pálpebras (v. 25) e os pés (vs. 26 e 27).
Algum relacionamento seu anda mal? Alguma coisa não está funcionando como deveria na sua vida profissional, familiar ou pessoal? Então, olhe. Não com os olhos, mas com a alma. Pergunte a si mesmo, no íntimo do coração: “Estou andando no caminho certo? Ou em algum momento, em alguma circunstância, perdi o rumo?” Perder o rumo é perder o controle, e perder o controle pode ser fatal, não apenas para você, mas para tanta gente que vive ao seu redor.
Antes de sair de casa hoje, volte os olhos para os conselhos divinos. Estenda a mão em direção a Deus e deixe-se guiar. A vida é mais segura quando o guia é alguém que não pode errar. Tenha um bom dia e que “os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti”.
 
Pr. Alejandro Bullón

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

::: ELEIÇÕES 2012 - Candidata no Piauí disputa prefeitura com prima e próprio pai

Na cidade de Joaquim Pires, Cintia Ramos da Cunha (PMDB) concorre com a prima, Regina Ramos da Silva (PT), e com o próprio pai, candidato a vice

Na cidade de Joaquim Pires, no Piauí, a candidata à prefeitura Cintia Ramos da Cunha (PMDB) está concorrendo com a prima, Regina Ramos da Silva (PT), e com o próprio pai, que é candidato a vice. "É claro que é uma situação estranha, mas estou tranquila porque o Lourival (Cunha) já era meu vice havia bastante tempo, muito antes de a Cintia anunciar a candidatura dela. Ele é um político conhecido na cidade, já está no segundo mandato como vereador", disse Regina à BBC Brasil.
A tradição da família na política local não é algo novo, já que um irmão de Cintia era candidato na eleição de 2008, além de outros parentes estarem envolvidos no poder público.
 
Arquivo pessoal/BBC Brasil
A candidata à Prefeita Cintia Ramos (PMDB) ao lado do pai, Lourival Cunha, que é vice na chapa da petista Regina Ramos da Silva
 
A disputa na cidade piauiense é um bom exemplo de como a tradição de uma família pode ter mais peso em uma disputa política em cidades pequenas do que em grandes centros urbanos. "No Nordeste, por exemplo, a questão familiar pesa muito. Uma família que controla o poder escolhe uma das mulheres para concorrer e pronto. O caso mais clássico é o da Roseana Sarney, a primeira mulher a governar um estado (Maranhão) no Brasil", afirma o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, professor de Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE.
Além disso, candidatas mulheres têm mais chance de vencer em municípios menores, de acordo com estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral. "Em cidades grandes, a disputa é mais acirrada, e são os homens que estão na direção dos partidos. Nas cidades menores, a competitividade é menor, o que pode ajudar as candidatas", explica José Eustáquio.
O cientista político Milton Lahuerta acrescenta ainda que, em pequenos municípios, a candidata depende menos de uma grande máquina eleitoral, fazendo com que o carisma e a personalidade da pessoa tenham um peso maior.
 
Machismo
Mas se o preconceito pode não pesar tanto na escolha de uma candidata, ele continua presente em sua vida política."Ninguém fala, mas via a forma como meus colegas homens olham, como se as mulheres não tivessem a mesma competência, a mesma importância", diz Regina.
Para Débora Pedroso (PTB), que concorre com outras duas mulheres à prefeitura de Montividiu, em Goiás, a discriminação ainda vem do próprio meio político, apesar de ter diminuído. De 2004 a 2008, ela era a única mulher na Câmara Municipal. "No início, sentia que os meus colegas eram resistentes quanto ao meu trabalho, mas fui conquistando a confiança deles até que me elegeram como presidente da casa."
A candidata à prefeitura de Pongaí, no interior de São Paulo, Marlene Navarro, também conta que aos poucos venceu o machismo que a cercava logo que entrou na política. "No início sofri um pouco de preconceito, sim, não tão abertamente, mas sei que muita gente comentava sobre como uma mulher, na realidade já uma senhora, que praticamente não trabalhou fora, poderia assumir uma prefeitura e dar conta do recado", diz.
"Mas aos poucos, acho que as pessoas viram que eu não estava lá para brincar. Estava com receio, claro, mas ao mesmo tempo tinha uma grande vontade de mostrar que as mulheres têm o seu valor, sabem administrar e conseguem, sim, dar conta do recado."
 
BBC |                  

::: IMÓVEIS - Preço de imóvel é irrealista e insustentável, diz estudo – Folha.com

Estudo conduzido por dois pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta “possibilidade concreta de existência de uma bolha no mercado de imóveis no Brasil”, que pode estourar com a possível elevação futura dos juros.
Ou, em outras palavras, que a disparada dos preços de casas, terrenos e apartamentos nos últimos anos está resultando em valores irrealistas, incompatíveis com os movimentos de oferta e procura do mercado -e, portanto, insustentáveis.
Assinado pelos economistas Mário Jorge Mendonça e Adolfo Sachsida, o trabalho alimenta com novos argumentos a controvérsia instalada entre estudiosos, compradores e vendedores.
Os autores calculam que os preços tiveram alta de 165% na cidade do Rio de Janeiro e de 132% em São Paulo entre janeiro de 2008 e fevereiro deste ano, contra uma inflação de 25% no período.
Com intervalos de tempo menores, em razão da indisponibilidade de dados mais antigos, também se constataram aumentos bem superiores à inflação em capitais como Recife, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
 
IMPULSO DO GOVERNO
Tradicionalmente, bolhas de preços são infladas pelo crescimento acelerado da oferta de crédito.
Esse crescimento aconteceu no setor habitacional brasileiro -com o impulso, enfatiza o estudo, de programas, incentivos e obras do governo federal.
“A insistência do governo em aquecer ainda mais um mercado imobiliário já aquecido só tende a piorar o resultado final”, diz o texto.
Entre os exemplos citados estão, além dos juros favorecidos para o setor imobiliário, o programa Minha Casa, Minha Vida e os empreendimentos vinculados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
Vinculado à Presidência da República, o Ipea não endossa essas conclusões. Em seu boletim “Conjuntura em Foco”, o órgão argumenta que o volume de crédito no país ainda está muito longe dos 65% do Produto Interno Bruto contabilizados nos EUA.
Mas o próprio boletim mostra a rapidez da expansão dos financiamentos habitacionais brasileiros, que saltaram de 1,5%, em 2007, para mais de 5,5% do PIB neste ano.
 
BANCOS PÚBLICOS
Mendonça e Sachsida afirmam que, a partir do agravamento da crise internacional, no final de 2008, o crédito imobiliário tem crescido em ritmo superior ao do destinado a outros setores, especialmente nos bancos públicos.
Antes, a ampliação do crédito era puxada por bancos privados e privilegiava os setores industrial, rural, comercial e empréstimos diretos a pessoas físicas.
Segundo o estudo, a escalada dos preços dos imóveis tende a ser interrompida ou revertida com a alta dos juros, o que é esperado com a retomada do crescimento econômico e, mais ainda, com uma alta futura das taxas internacionais.
O texto diz que os efeitos de uma eventual crise no mercado imobiliário brasileiro não serão catastróficos como os do estouro da bolha americana, ponto de partida da crise global. “Contudo, não serão desprezíveis.”
 
ASCENÇÃO SOCIAL
Bolhas especulativas acontecem, pela definição mais usual, quando os preços sobem simplesmente porque os investidores e compradores acreditam que os preços subirão ainda mais no futuro.
Exemplos do gênero são mais comuns nos mercados de ações e imóveis, mas o primeiro caso documentado, no século 17, envolveu a mania por tulipas na Holanda.
Os preços subiram rapidamente e pessoas de todas as classes vendiam propriedades para investir nas flores. Depois de alguns anos, a bolha estourou, os preços caíram subitamente e inúmeros negociantes foram à falência.
Não é simples determinar se uma disparada de preços é uma bolha ou se está amparada em transformações da economia ou da sociedade.
No caso dos imóveis brasileiros, a alta pode ser resultado da ampliação da classe média nos últimos anos, possibilitada pela melhora do mercado de trabalho e pela ampliação dos programas de transferência de renda.
É o que defende um estudo produzido em 2010 pela MB Associados a pedido da associação dos bancos financiadores de imóveis. Por esse raciocínio, a ascensão social impulsionou a demanda em ritmo superior ao da oferta.
O texto não descartava, porém, a possibilidade de que a alta de preços se transformasse em bolha no futuro. E acrescentava que bolhas só podem ser determinadas com certeza quando estouram.
 

GUSTAVO PATUDE BRASÍLIA

::: DESBUROCRATIZAÇÃO - Diga adeus ao bloquinho de notas

Cerca de 80 mil estabelecimentos – quase um terço das empresas do estado – adotaram os documentos digitais nas transações com outras pessoas jurídicas e com o governo
 
Luis Adriano, da empresa Mandiervas: no princípio, alguma dificuldade para entender os formulários - Foto:  Albari Rosa/ Gazeta do Povo
 
 
Cerca de um terço dos 286 mil contribuintes pessoa jurídica do Paraná está usando a Nota Fiscal Eletrônica, apelidada de NF-e. São empresas que deixaram aquela nota de papel, em até cinco vias, para trás nas transações com outras empresas, o poder público ou mesmo com um cliente de outro estado ou país – a emissão de empresas para o consumidor final ainda engatinha. Além da economia de papel e da agilidade – quando a velocidade da internet ajuda, é claro –, a nota fiscal eletrônica é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para empresas de todos os portes entrarem na era digital.
“Para nós, que lidamos com vários clientes, de todos os tamanhos, é um ganho importante. Todas aquelas informações que eram mantidas em papel, nos livros contábeis, agora estão disponíveis on-line, em planilhas já organizadas, evitando erros e retrabalhos”, explica a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRC-PR), Lucélia Lecheta, que também comanda um escritório de contabilidade em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. A opinião de Lucélia é compartilhada pelo colega Marcos Sebastião Rigoni de Mello, que tem um escritório contábil na capital. “É claro que os desafios com a extensa legislação tributária do Brasil continuam, mas o acesso e a organização das informações estão muito melhores.”
Confiabilidade
Informações na mão do administrador público em pouco tempo
Além de uma fiscalização praticamente em tempo real, a nota fiscal eletrônica está possibilitando uma compilação inédita de dados para as diferentes esferas de governo. Segundo o diretor-geral da Sefa, Clovis Rogge, o governo estadual investiu cerca de R$ 20 milhões, entre máquinas e programas computacionais, na implantação do Projeto Phoenix, um data warehouse (armazém de dados) que poderá gerar uma série de relatórios tributários e análises econômicas. “No início de outubro de 2012 as primeiras soluções já estarão disponíveis”, adiantou Rogge. Em resumo, o banco de dados que está sendo informado pelas empresas pode dar mais precisão a decisões de políticas públicas de desenvolvimento e incentivo.
A abertura de um concurso para 100 novos auditores da Receita Estadual tem também essa intenção, de formar força de trabalho para o desenvolvimento de coletas de dados a partir desse grande banco de dados. “Em anos de guerra fiscal nunca foi possível saber qual secretário da fazenda estava certo. Hoje, com as informações da NF-e, é possível cada estado ter uma ideia precisa de quanto, efetivamente, ganha e perde nas operações que faz com outras unidades da federação”, explica o administrador de empresas e autor de cinco livros sobre sistema de escrituração pública digital, Roberto Dias Duarte.
Para entender o “contabilês”
Saiba um pouco mais sobre a nota fiscal digital:
• A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) só existe no mundo virtual e veio para substituir o modelo em papel, entregue em 3 a 5 vias;
• É resultado de um formulário que é preenchido em um aplicativo livre (gratuito), que pode ser baixado da página www.nfe.fazenda.gov.br;
• Surgiu em 2005, por meio de um projeto piloto do Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários (Encat). A primeira nota digital foi emitida no Rio Grande do Sul. O Paraná aderiu ao projeto, de forma embrionária, em 2008, apenas;
• Começou a ser adotada formalmente em 2007, quando foi estabelecido um calendário, por ramo de atividade, para que as empresas começassem a operar com documento eletrônico;
• Hoje, é usada largamente pela maioria das empresas brasileiras nas transações com outras empresas ou mesmo com pessoas físicas que envolva operações interestaduais e de importação e exportação, como também nos negócios feitos com os governos. Ao todo, são mais de 882 mil estabelecimentos contribuintes usando o sistema no país, mais de 180 milhões de notas emitidas mensalmente;
• No âmbito do consumidor final, um projeto piloto está em andamento no Rio Grande do Sul, mas algumas empresas já vêm, voluntariamente, aderindo à nota fiscal digital também nas transações com pessoa física.
• Daqui a algum tempo, ao invés de receber uma notinha de papel da loja, o cidadão vai receber no e-mail uma mensagem da secretaria municipal de finanças da sua cidade contendo a nota fiscal eletrônica relativa ao produto comprado. Imagina-se que, para isso, não só os sistemas tenham de ser de fácil manuseio, como a internet do país deva estar disponível a um número bem maior de pessoas;
• Para controlar todo esse volume de informações – só no Paraná, o banco de dados está em R$ 1,5 bilhão de notas digitais – a solução empregada deverá ser a de nuvem (com dados e sistemas disponíveis na web, para todos, e não armazenados em um servidor físico), mas isso já é outra história.....
Custo
R$ 150 por ano é o custo do da certificação digital, obrigatória para a emissão de notas eletrônicas.
O sócio-gerente da fabricantes de chás e produtos naturais Mandiervas, Luis Adriano Franco, implantou a nota eletrônica ainda em 2010. “No início foi um pouco difícil, até você entender o sistema, saber exatamente como preencher o formu­lário. O tempo de envio e re­cebimento das informações também era um pouco maior. Mas hoje em dia é fácil”. Franco fornece para grandes drogarias e supermercados e conta que o sistema eletrônico ajuda no planejamento do envio da mercadoria e na checagem das informações. “Emito a nota, arquivo no meu sistema e confiro antes de mandar para o meu cliente, confirmando o pedido dele. Antigamente, todo esse processo teria de ser feito pessoalmente.”
Como funciona
A nota eletrônica é um arquivo digital que substitui o documento em papel nas transações entre empresas. Gerada na empresa vendedora, pelo preenchimento de um formulário em um software, a nota eletrônica é transmitida online para a secretaria da fazenda do estado de origem. O sistema, por sua vez, envia uma cópia da nota para o registro nacional e outra cópia para a secretaria da fazenda do estado de destino. O processo, que leva alguns segundos apenas, termina com a empresa recebendo a confirmação de que o documento foi preenchido corretamen­te e chegou aos órgãos públicos. A única parte em papel que acompanha a mercadoria até o seu destinal final chama-se Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). Para aqueles casos em que o receptor da mercadoria não esteja inserido no sistema eletrônico, o Danfe serve, efetivamente, como nota fiscal.
Para estar inserido no sistema da NF-e, o empresário tem de fazer um registro, uma certificação digital. “Isso custa cerca de R$ 150, todo ano. Um pouco caro ao meu ver”, avalia Lucélia. Outra necessidade que nasce com a nota eletrônica é a de melhor capacitação e atualização dos funcionários, mesmo que a empresa seja pequena. “Não vejo isso como um entrave. É mais uma oportunidade da empresa se profissionalizar”, opina o administrador de empresas e autor de cinco livros sobre sistemas de escrituração pública digital, Roberto Dias Duarte.
 
Sistema sozinho é incapaz de vencer a burocracia brasileira
A opinião é de alguns escritórios de contabilidade e empresas – além de federações industriais e associações comerciais do país que, por várias vezes, já se manifestaram contra a burocracia brasileira. Embora muitos sistemas, a exemplo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), e regimes, a exemplo do Simples Nacional, tenham sido instituídos para facilitar a vida do empresariado na última década, a quantidade imensa de leis referentes a cada tributo municipal, estadual e federal ainda é o principal desafio do setor produtivo do país. “Recentemente cheguei à conclusão que cada escritório de contabilidade precisa de ao menos um gestor que seja um estudioso, que fique centrado apenas em acompanhar as dezenas de mudanças diárias que ocorrem na legislação tributária das diferentes esferas e possa repassar isso de uma forma clara para o restante da equipe, que trabalha no dia a dia com as questões”, desabafa Marcos Sebastião Rigoni de Mello, vice-presidente de Administração e Finanças do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR) e também dono de um escritório de contabilidade em Curitiba. Só o estado do Paraná fez várias dezenas de mudanças nas normas de recolhimento do ICMS desde 2011, com a implantação da substituição tributária em vários produtos, como forma de melhorar a arrecadação do estado. Tantas alterações são difíceis de acompanhar.
Ainda em 2008, quando os primeiros setores (cigarros e combustíveis) começaram a operar a NF-e, a intenção de, com o novo sistema, acelerar também o andamento de uma reforma tributária no país. Mas isso não adiantou muito. “Mesmo dentro do modelo inovador da nota eletrônica, o usuário precisa estar atualizado porque o código do produto ou mesmo a alíquota do impostos incidente muda com frequência e precisa ser preenchida corretamente no formulário”, exemplifica o administrador de empresas e autor de cinco livros sobre o sistema público de escrituração digital, Roberto Dias Duarte.
 
Fabiane Ziolla Menezes - Gazeta do Povo