As taxas de juros mais altas do planeta contribuíram para que a moeda brasileira tivesse a maior valorização, nos últimos oito anos, entre algumas das principais moedas latino-americanas e até do euro, a moeda utilizada por algumas das maiores potências econômicas do planeta.
Segundo levantamento da consultoria Economática, até anteontem, a valorização do real somou 108,16% no governo Lula até o dia 21 de dezembro de 2010, praticamente o dobro da valorização registrada para o peso chileno (53,14%) e o peso colombiano (48,5%) no mesmo período, e quase quatro vezes a valorização do sol peruano (25,2%).
O fortalecimento do real frente ao dólar também foi bem mais intenso na comparação com a moeda europeia, que neste período valorizou 24,9%, ainda de acordo com a consultoria.
Em três países, as moedas locais desvalorizaram em relação ao dólar, considerando os últimos oito anos: Argentina (-15,2%), México (-16%) e Venezuela (-67,3%). Em comum, os três países enfrentaram ou ainda estão enfrentando graves crises econômicas.
A Economática observou que, nos últimos oito anos, em apenas um (2008), o real desvalorizou em relação ao dólar, em uma queda de 24,2%. Foi justamente em 2008 que estourou a crise financeira mundial, que provocou uma corrida dos investidores para a moeda americana, em busca de proteção.
Dólar fecha a R$ 1,69
Na antevéspera do recesso de Natal o giro financeiro do mercado de câmbio doméstico cai fortemente, num indicativo que boa parte dos agentes financeiros já se retirou dos negócios.
Conforme números da BM&F, o valor movimentado ontem foi de US$ 824,6 milhões (dado preliminar) ante uma média de US$ 4 bilhões na semana passada, no segmento de moeda negociada à vista.
O dólar teve uma oscilação bastante modesta, entre R$ 1,703 e R$ 1,692, para encerrar o dia em R$ 1,697, em leve queda de 0,05%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,800 para venda e por R$ 1,640 para compra.
Na visão de profissionais das corretoras de câmbio, o dólar deve encerrar o ano em R$ 1,70 ou muito pouco abaixo desse valor, com o esvaziamento dos negócios até o dia 30.
(Folhapress)
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