A ideia é melhorar o atendimento às crianças, estimular o bom convívio social e a prática de hábitos saudáveis de alimentação
A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) protocolou na Assembleia Legislativa dois projetos de lei que visam melhorar o atendimento aos estudantes nas escolas paranaenses, instituindo a presença de psicólogos e nutricionistas nas instituições públicas e privadas do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e médio. Ela acredita que a presença desses profissionais nas escolas ajude a melhorar o atendimento aos estudantes, estimulando hábitos saudáveis de alimentação, o bom convívio social e corrigindo problemas que impeçam os jovens de terem um desempenho satisfatório nos estudos. “A violência é uma realidade que todos os dias vai parar dentro das salas de aula, de uma forma ou de outra. Ela precisa ser encarada de frente, de modo a se combater os seus efeitos e a atuar com eficácia na prevenção de outros males decorrentes dessa violência, como a depressão, a agressividade e, com relação aos hábitos alimentares, a desnutrição de um lado e a obesidade de outro”, explica Luciana. “Acredito que esses dois profissionais possam contribuir para melhorar a qualidade do ensino e do aprendizado nas escolas paranaenses”, completa. De acordo com a Secretaria de Educação (SEED), há 2.148 escolas estaduais no Paraná e, destas, em 1.843 estudam jovens de 5ª a 8ª séries e em 1.240, jovens do ensino médio, sem contar o número de escolas particulares com crianças e adolescentes nessa mesma faixa de escolaridade. Reforço à segurança alimentarDe acordo com o projeto, o profissional de nutrição terá como funções a elaboração de cardápios para as refeições escolares, dando preferência aos alimentos produzidos pela agricultura familiar, o controle da qualidade, do armazenamento, do preparo e do consumo dessa alimentação. Também cabe a ele a elaboração e supervisão de programas de educação alimentar voltados à realidade de cada escola. Luciana propõe, ainda, que cada nutricionista atenda no máximo três mil alunos. No caso dos municípios que não possuam essa quantidade de estudantes, a deputada sugere ao estado a contratação de profissionais para o consórcio regional. Já os psicólogos, podem, entre outras coisas, auxiliar na orientação vocacional dos estudantes e desenvolver trabalhos voltados também aos professores a fim de melhorar as relações interpessoais. Mais oportunidadesA medida também pode ampliar o mercado de trabalho para os mais de 10 mil psicólogos ativos, registrados no Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Paraná, e para os 4.364 nutricionistas em atividade no estado, de acordo com informações do CRN 8 – Conselho Regional de Nutricionistas – da 8ª região , além de gerar mais oportunidades para a inserção desses profissionais no interior. Pela planilha do CRN8, com base em dados do início de 2009, 43% dos nutricionistas em atividade no Paraná trabalham na Grande Curitiba; cerca de 19% estão na região de Londrina, apenas 5% em Cascavel e outros 5% em Maringá. Foz do Iguaçu (2,5%), Toledo (1,5%), Guarapuava (1,2%) e Ponta Grossa (1,2%), embora também sejam cidades de médio porte, possuem menos nutricionistas em atuação. “É possível perceber uma desigualdade nessa distribuição de profissionais e o projeto vai favorecer a interiorização. Afinal, a alimentação adequada não é uma necessidade apenas de quem mora na capital ou nos grandes centros urbanos, mas uma demanda também das pequenas cidades”, informou Luciana. Uma vez aprovados, os dois projetos propõem a implantação dessas medidas de forma gradativa e no prazo máximo de cinco anos.
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