*Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha
Nos dias atuais não há como falar de futebol no Brasil sem citar a copa de 2014. O problema é que até agora, só vimos projetos e maquetes de estádios. Ao que tudo indica, a corrida pela Copa do Mundo é a corrida rumo ao pote de ouro ao final do arco-íris regado a dinheiro público. O Pan do Rio que o diga.
A maior especulação, como não podia deixar de ser, é a loucura atrás de estádios padrão FIFA. Nem a terra da garoa escapa da pressão. São Paulo, a mais importante capital do país, a locomotiva do país segundo uma parte da paulicéia outrora desvairada, uma das doze sedes, até agora não definiu aonde vai realizar os jogos. Será feita uma reforma no Morumbi ou virá a construção de uma nova arena? O que teremos? Piritubão? Pietazão Guarulhense? Vão fazer um estádio no Rodoanel? Ou será que o Corinthians vai ganhar uma cancha nova na Barra Funda ou no Tatuapé? E o que falar de Manaus, (com todo respeito que merece o povo que habita aquela região) que o clube mais importante disputa a série D? Qual a utilidade de um estádio com capacidade mínima para 40 mil pessoas em um estado sem um grande time de futebol?
Vale uma observação. Nós defendemos neste espaço que todos têm o direito de prestigiar o esporte bretão. De maneira alguma temos a intenção de discriminar qualquer estado, mas pensamos que o futebol não pode – e nem em pensamento - ser tratado como prioridade.
O problema é grave. O governo central aprovou através medida provisória, a desoneração de impostos (PIS/COFINS) para a importação de materiais e serviços para as obras da copa de 2014. O mesmo procedimento poderia ser usado para construção de hospitais, escolas, creches e outros necessários aparelhos sociais. Podem ter certeza, isso também traria enormes “ganhos”, em longo prazo e com menos holofotes, mas traria. Na onda de embonecar as cidades-sede e sub-sedes, nos fica uma dúvida cruel. Usará a FIFA tapumes para esconder as favela e pobrezas do Brasil assim como fez na Cidade do Cabo na África do Sul durante a copa de 2010? Se isso fizer, vão faltar tapumes podem ter certeza.
Editor: Bruno Lima Rocha
Autores da coluna: Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha
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