Aproxima-se
a data em que iremos escolher o nosso prefeito e vereadores para governar os
destinos políticos de nossa cidade. Além da capacidade pessoal de liderar uma
boa equipe, o prefeito necessita compor um secretariado atuante e comprometido
com a administração pública. Muitas vezes os critérios técnicos acabam sendo
deixados a um segundo plano, pois na maioria das vezes quem integra as
secretarias são pessoas indicadas por correligionários que cooperaram, muitas
vezes financeiramente na campanha. Até mesmo os próprios companheiros de grupo
acabam sendo “encaixados” para ocupar a pasta, pois na filosofia política, “é
preferível ter um aliado, mesmo que não muito competente” do que um adversário,
mesmo que este tenha maiores capacidades. Urge a mudança de mentalidade e
quebra de paradigmas. Mas como aliar competência com companheirismo? Essa
fórmula depende de quão grandes forem às amarras políticas para se chegar ao
cargo pretendido de prefeito. Maior do que o compromisso com os companheiros,
são as responsabilidades para com aqueles que o elegera.
As Secretarias precisam trabalhar em
sintonia com os anseios do povo. Para
ser prefeito depende do desprendimento pessoal aliada a capacidade de governar,
aglutinando todas as tendências ideológicas e partidárias. É preciso determinar que os compromissos devam ser
assumidos em consonância com os interesses da população e não com vontades
pessoais alicerçadas na vaidade ou nos desejos deste ou daquele grupo político.
A política
municipal não pode ser um jogo de apostas. Também os grupos políticos não devem
considerar os seus próprios interesses em detrimento do desejo da maioria que
venha eleger seus postulantes.
Atualmente, com a
exposição nos meios de comunicação, os candidatos precisam expressar suas
idéias de forma clara, com projetos viáveis e transparentes.
Engana-se quem pensar que sairá
vitorioso em virtude dos aplausos de claquetes de aluguel ou de compras de
votos de cabresto com pagamento feito através de marmitex comprada no bar da
esquina. É preciso votar em candidatos
que pensem na coletividade. Estar envolvido na política é uma situação mais
superficial. São necessários políticos comprometidos com as causas que nas
épocas de campanha dizem defender. Isto me faz lembrar da história da galinha e
do porco:
Estavam um dia o porco e a galinha
passeando pela fazenda, quando chegou o fazendeiro e lhes propôs um desafio:
eles seriam responsáveis por preparar um café da manhã diferente a cada dia da
semana pelas próximas duas semanas. No caso de falha, definida pela falta de um
cardápio variado em um desses dias, o café da manhã seria preparado pelo próprio
fazendeiro que, sem opção, prepararia bacon com ovos para começar o dia.
Estavam ambos motivados, o porco e a
galinha, a cumprir a missão e entregar um cardápio diferente a cada dia pelas
próximas duas semanas. Nos primeiros dias tudo correu bem, o porco sempre de
maneira pró-ativa começava o dia a pensar no cardápio para o dia seguinte,
dividia as tarefas necessárias para separar os ingredientes para a nova
receita, pensava em formas inovadoras de cumprir as metas e era ajudado pela
galinha que cumpria as tarefas a ela atribuídas.
Com o passar dos dias, as receitas
ficaram cada vez mais elaboradas e o porco gastava grande parte do seu dia
preparando os pratos que seriam servidos ao fazendeiro. Com isso não tinha
tempo para atribuir as tarefas para a galinha. Que por sua vez aproveitava o
tempo livre para ciscar o chão e procurar minhocas. Isso limitava o tempo
disponível ao porco que trabalhava ainda mais para cumprir as metas.
O final dessa fábula você já pode
prever: o fazendeiro não é atendido nas suas solicitações, o porco vira bacon e
a galinha, depois de ceder um ovo, continua ciscando e procurando minhocas como
se nada tivesse acontecido…
A história da galinha e do porco fala
sobre envolvimento e comprometimento.
Agora eu pergunto, quem está envolvido
e quem está comprometido? Nas empresas, na sociedade, na política, em tudo, há
esses dois grupos: os envolvidos e os comprometidos. Parece ser a mesma coisa,
mas não é.
Os envolvidos sempre querem ser
reconhecidos pelo que fazem. Os comprometidos sempre reconhecem quem faz. Para
os envolvidos sempre há problemas e dificuldades. Para os comprometidos, sempre
há soluções e energia. O envolvido toma espaço. O comprometido constrói o seu
espaço. A relação com um evolvido é de curto prazo, enquanto que com o
comprometido consegue-se manter uma relação de longo prazo.
Não pode uma única pessoa governar a
cidade para o seu bel prazer.
Os vícios oriundos do
exercício do poder poderão fazê-lo usar em benefício próprio. É preciso escolher bem. É necessário analisar
aqueles que desde então rodeiam os candidatos, pois estes, sem sombra de
dúvidas estarão mais próximos de compor o quadro de secretariado, no qual as
ações do governo municipal se fará pulverizar, chegando até o povo.
Vote em pessoas
comprometidas. Os envolvidos já são muitos, mas permita a metáfora, os
comprometidos se preciso forem, darão “a própria vida”, desempenhando com zelo
e ética as suas atribuições. Pense nisso!
“A política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de
novo e ela já mudou”
Magalhães Pinto
(1909-1996).
Alex
Fernandes França
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