Há cerca de duas semanas circulavam informações de que a senadora estaria estudando uma filiação ao PV para disputar as próximas eleições presidenciais.
Questionada do risco de uma campanha monotemática à presidência da República, Marina insistiu que ainda não é candidata e que tal decisão depende da reformulação programática do PV. Mas alegou que o desenvolvimento sustentável engloba todos os setores sociais e somente “aqueles que não entendem” do assunto podem taxar como monotemático um programa baseado em energias renováveis e no desenvolvimento sustentável.
Marina também foi questionada sobre o fato do filho do senador José Sarney (PMDB-AP), Zequinha Sarney (PV-MA), ser a principal liderança da sigla em seu Estado. Ela respondeu que não tem conhecimentos profundos sobre o PV e que não faria nenhum tipo de pré-julgamento. Porém, completou: “não acredito em partidos que não tenham problemas”.
Sobre a possibilidade do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil ser candidato à vice-presidente em sua chapa, Marina novamente desconversou, alegando que, por não ser candidata não poderia falar sobre o colega. Mas, aproveitando-se do famoso bordão de Caetano Veloso e Gilberto Gil, sobre a imprevisibilidade dos indivíduos, completou: “como diz o Gil, posso ser candidata, ou não!”.
"Tudo acertado"
O vice-presidente do PV, Alfredo Sirkis, afirmou em nota no site do partido, com o título "Tudo acertado: a bola com Marina!", que "todas as questões políticas relevantes foram acertadas na noite de terça-feira, em São Paulo".
De acordo com ele, o ingresso da senadora no partido se daria no dia 30 de agosto, domingo, em São Paulo, em uma convenção nacional festiva do PV precedida de uma reunião da Executiva Nacional, possivelmente no mesmo dia, pela manhã ou no sábado, dia 29.
Decisão difícil
No Senado Federal, o único petista que acompanhou o evento foi Eduardo Suplicy (SP), que lhe entregou uma carta manuscrita desejando boa sorte em seu novo caminho.
Insatisfação
Segundo especialistas, o conflito da senadora com o PT vem desde sua época de atuação no Ministério do Meio Ambiente. A senadora deixou o posto de ministra, que ocupou entre 2003 e 2008, após pressões pela liberação de licenças ambientais para obras do governo e disputas em torno do comando de projeto da Amazônia.
Em entrevista ao colunista do iG Ricardo Kotscho na semana passada, a senadora destacou que fazia uma "grande reflexão" sobre a então possibilidade de mudança de partido. "Nas últimas semanas, começaram a me informar que estavam preparando a refundação programática do PV, com a participação de pessoas da academia, para colocar a questão do desenvolvimento sustentável na agenda estratégica do partido, planejando a desverticalização da direção e a conquista de novos militantes nos movimentos sociais (...). Estou fazendo uma grande reflexão sobre tudo isso", afirmou.
Durante a entrevista coletiva, nesta quarta-feira, a senadora afirmou que não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos 15 dias, quando começou a articular sua saída da legenda.
último segundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá Leitor (a) do Blog Opinião do Zé!
Obrigado por participar e deixar este espaço ainda mais democrático...