A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (26), em Curitiba, a Operação Manjedoura, em conjunto com a Força-Tarefa Previdenciária do Paraná. Foi desbaratada uma quadrilha especializada na obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários que desde 2001 já causou 11 milhões de reais em prejuízos aos cofres públicos.
As investigações tiveram início há dois meses, com base em dados de inteligência previdenciária, culminando com a expedição de mandados de prisão de 19 pessoas: sete integrantes de uma mesma família, que recebem ou já receberam benefícios de forma fraudulenta; e mais 10 pessoas beneficiárias de forma ilegal e dois médicos psiquiatras da capital.
Ao todo, serão revisados 1 mil benefícios que passarão por inquérito, caso sejam comprovadas irregularidades. Esta é a fraude que causou maior prejuízo ao INSS entre as 25 operações realizadas este ano pelo Ministério da Previdência e Polícia Federal.
A quadrilha possuía um escritório de assistência previdenciária no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba e outros representantes em bairros da capital. Interessados procuravam a sede ou eram indicados pelos representantes, recebiam um atestado médico de alguma doença psiquiátrica, principalmente esquizofrenia em adultos e depressão.
Os integrantes da quadrilha também indicavam como a pessoa deveria se comportar durante a perícia no INSS para convencer o perito. Além de participar do esquema de fraude, alguns dos membros da quadrilha também recebiam os benefícios.
De acordo com a PF, um dos pontos que chamou a atenção e que facilitou a identificação das fraudes é que os atestados alegavam doenças que não são comuns, como a esquizofrenia em adultos.
Além das prisões, foi decretado pela Justiça Federal o seqüestro de veículos e arresto de um imóvel da quadrilha, bem como o cancelamento dos benefícios fraudulentos. Neste momento, estão sendo concluídas as buscas em residências e consultórios para apreensão de outros elementos de prova.
Os presos, que serão indiciados por estelionato e formação de quadrilha, sujeitos a penas de até oito anos de reclusão, estão sendo recolhidos à carceragem da PF, onde serão interrogados.
Com informações da repórter Joyce Carvalho/ Pr. OnLine
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