O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, reúne novamente amanhã, quarta-feira, em Brasília, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), e o senador Álvaro Dias (PSDB), para tentar um acordo entre os dois pré-candidatos ao governo.
Beto deveria ter sido lançado pré-candidato do partido em reunião do diretório que estava convocada para ontem, mas foi cancelada a pedido de Guerra. Este é o terceiro encontro que o presidente nacional do partido terá com o prefeito de Curitiba para conversar sobre a sucessão no Estado.
O primeiro foi no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na quinta-feira, no início da noite, e que teve a participação do presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, um dos partidários da candidatura do prefeito de Curitiba.
No dia seguinte, na sexta-feira passada, Guerra promoveu um encontro entre Alvaro e Beto, em São Paulo. Dessa conversa resultou o cancelamento da reunião do diretório que aprovaria a pré-candidatura do prefeito de Curitiba.
Ontem, o presidente estadual do partido disse que, para os apoiadores de Beto, uma semana a mais ou a menos para definir o candidato não fará diferença para o partido.
“Se puder haver acordo, melhor”, disse Rossoni, que resumiu a situação no PSDB do Paraná. “Não tem jeito de ter dois candidatos. Então, um terá que sair”, disse o dirigente tucano. Ele afirmou que há um clima propício para um entendimento. “Nós cancelamos a reunião porque vimos o vento favorável a um acordo”, declarou, sem revelar os termos da proposta que poderá interromper o clima de disputa interna.
Mais à vontade, o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, disse que se um vai desistir, “esse alguém não é o prefeito de Curitiba”. Nos bastidores, os tucanos favoráveis à candidatura de Beto afirmam que o senador não tem nenhuma carta na manga para derrotar o prefeito e que a direção nacional está fazendo um esforço para que o partido decida sem traumas sobre sua candidatura ao governo.
E que, diante do apoio quase que integral dos membros do diretório ao prefeito de Curitiba, a direção nacional não teria condições de mudar essa tendência, mas tenta proteger o senador Álvaro Dias de um desgaste.
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