sexta-feira, 9 de julho de 2010

:::OPINIÃO - DECEPÇÃO BRASILEIRA

José Antônio Costa

Há quatro anos escrevia uma coluna semelhante a essa. A famosa e temida Seleção Brasileira, aquela das cores verde e amarela tornou-se “Decepção Brasileira” vestida com a sua camisa azul na partida válida pelas quartas de final contra a Holanda. A decepção aconteceu por conta de sua precoce eliminação na Copa do Mundo da África do Sul.
Digo decepção, pois, o país parou completamente para acompanhar os jogos do Brasil e observando a nossa realidade, Nova Esperança também acompanhou esse ritmo, a cidade estava vibrante, toda enfeitada e comemorava a cada vitória da “decepção”.
No entanto enquanto muitos gritavam frente à telinha mágica, alguns choravam, outros sofriam, os nossos “craques”, movidos pelo “marketing pessoal” nem se importavam pelos corações de 192 milhões de brasileiros que diante de tantas dificuldades econômicas, acompanhadas por crises políticas, tem no futebol a falsa sensação de alegria, pois estão ansiosos pedindo momentos de espetáculo para assim esquecer a falta de emprego, segurança, educação, saúde, dentre outros.
É certo que a derrota nunca é bem vinda, porém temos lições práticas que aprendemos somente após alguns “tropeços”, o Brasil perdeu porque jogou pior, no segundo tempo foi menos eficiente, apático e amargou a derrota.
A Copa é a competição que reúne apenas esportistas e não filósofos ou pensadores famosos, no entanto, como eu disse temos que extrair algumas lições desta competição, um exemplo foi a inteligente frase proferida pelo jogador francês Henry na Copa de 2006 na Alemanha quando afirmou que o brasileiro joga bem porque não estuda, de certa forma isso provou que a educação é colocada em primeiro lugar naquele país.
O mais importante é que durante essa semana em conversa mantida com pessoas relacionadas ao nosso comércio percebi que todos entenderam o mais importante. A “Copa” de sua própria vida continua. Daqui há menos de 90 dias teremos eleições, se faz necessário desde já observamos os candidatos que irão pedir o nosso voto, se for o caso vamos mudar como eleitores, temos o papel de um técnico em um jogo de futebol, por isso é hora de mudar o esquema tático e colocar na reserva os apáticos que não trouxeram nada para o nosso município, expulsar os corruptos e eleger os que pleiteiam algo de bom para nossa cidade e buscam no trabalho a maneira correta de representar o povo.
Como brasileiros, temos que continuar torcendo pelo Brasil: O Brasil da política, educação, saúde, emprego, porque esse sim pede nossa lágrima, nosso sofrimento e nossa revolta. Lá na África do Sul, dependíamos de 11 brasileiros, aqui dependemos de mais de 192 milhões para mudar esse país. De fato somos jogadores e temos que correr para vencermos o jogo diário da vida.

“Perder também é viver”.
Carlos Drummond de Andrade.

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