Em visita ao Espírito Santo, nesta semana, o candidato tucano José Serra afirmou que, se eleito, não irá permitir que os royalties do pré-sal sejam divididos entre todos os estados brasileiros. “Os royalties devem ser divididos entre todos. Serra fala como se ainda fosse governador de São Paulo, ou deputado, como em 88”, critica Gleisi Hoffmann (PT), candidata ao Senado no Paraná pela coligação “A União faz um novo amanhã”, que reúne PDT, PMDB, PT, PCdoB, PR e PSC. Gleisi se refere ao episódio em que o tucano foi relator do texto que tratava do recolhimento do ICMS sobre energia elétrica que prejudicou o Paraná. Durante a Constituinte, o ICMS proveniente da energia elétrica e sobre petróleo foi destinado aos estados consumidores, o que fez com que o Paraná, maior gerador de energia elétrica do Brasil ficasse prejudicado e perdesse receita. São Paulo foi o grande beneficiado. Rio de Janeiro e Espírito Santo, produtores de petróleo, também perderam recursos a época. “O Pré-Sal renderá bilhões em royalties. O petróleo será extraído a 300, 400 km da costa brasileira. Por que só Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo devem ser beneficiados? questiona Gleisi. Gleisi afirma ainda que as dimensões do Pré-Sal são do tamanho da responsabilidade necessária para a condução dessa questão e dos interesses brasileiros. São 149 mil quilômetros quadrados, que devem render cerca de 5 a 10 vezes mais que a riqueza total produzida no País em um ano (aproximadamente R$ 1 trilhão). “Esse recurso deve ser revertido em avanços para a educação, meio ambiente, combate à desigualdade social e ciência e tecnologia, em todos os municípios e estados brasileiros”, finaliza Gleisi.
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