Semana passada, incluindo o final dela, os tucanos querem esquecer. Exageraram no bico. Uns porque molharam até se afogar. O senador Aécio Neves, ex-governador mineiro, tomou todas e pegou no volante com carteira vencida. Foi pego em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. Nem o pronunciamento do governador Sérgio Cabral, em defesa do amigo, tirou a dor de cabeça da ressaca tucana. Cabral afirmou que “Aécio é meu amigo querido que o Rio respeita e gosta”.
Antes disso, os peessedebistas, na semana passada, assistiram a uma revoada de vereadores paulistas se retiraram do partido. Alguns consideram que o motivo foi a nova sigla partidária de Gilberto Kassab, o PSD. Os tucanos que estão abandonando o ninho, e acusam a nova direção municipal pela saída, desmentem. Contudo, há quem considere que o interesse é engrossar mesmo o novo partido do prefeito paulista.
Para fechar a crise e dar a ela certo sentido elevado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou Lula para uma disputa, e não é para um jogo de dominó entre presidentes aposentados, uma eleição. Após afirmar que o PSDB deveria se preocupar em angariar apoio da nova Classe C, a média emergente, e não disputar com o PT o voto do “povão”, FHC foi criticado por Lula. O petista disse que povão são todos os brasileiros e que o sociólogo defende os ricos.
Diante da crise, quem acabou expressando a semana passada dos tucanos foi Aécio Neves. Dirigindo alcoolizado e com carteira vencida. Sem ter como se livrar do pior se negou a fazer o teste do bafômetro. Afinal, para que mais provas quando se vê um condutor embriagado. Mas parece que este mal, pelo menos na condução da política tucana, não é só do senador mineiro.
Gilson Aguiar - GM | Diário de Bordo - "Um olhar político do dia a dia"
Creio que Cabral apenas falou em favor de Aécio, por ele estar errado, e foi punido como qualquer outro cidadão, com multa e menos pontos na carteira.
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