A presença de armas de fogo nas escolas faz parte do cotidiano, segundo diretores de 1.427 unidades públicas que responderam ao questionário da Prova Brasil de 2007. É o que aponta levantamento feito pelo economista e especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria. O número representa cerca de 3% do total de dirigentes que responderam à pesquisa. A socióloga Miriam Abromoway alerta, entretanto, que medidas repressivas não resolverão o problema.
“Esse caso [o massacre de alunos em uma escola pública de Realengo, no Rio] chama atenção para uma violência que vem de fora para dentro da escola. E ela não tem absolutamente nada a ver com isso”, defende Miriam, que já coordenou várias pesquisas sobre educação e violência e é professora Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
A especialista alerta que a violência mais grave ocorre dentro dos próprios colégios nas relações sociais entre os alunos, professores e outros membros da comunidade escolar. A falta de respeito, o preconceito e a homofobia transformaram a escola em local que reproduz a violência que vem de fora. Segundo ela, não será possível saber quais motivos levaram Wellington Menezes de Oliveira, a atirar contra estudantes e funcionários da Escola Municipal Tasso da Silveira no último dia 7.
“Nunca vamos saber por que ele não está aqui mais para contar. Nunca saberemos se ele teve problemas naquela escola e o que aquele lugar significava para ele. É diferente de Columbine [escola americana onde dois estudantes mataram 13 colegas, em 1999] em que o motivo foi exatamente o problema que aqueles jovens tinham com a escola”, disse a especialista.
De acordo com Miriam, tentativas de aparelhar escolas com equipamentos de segurança e policiais, como as ocorridas em colégios de Nova Iorque, não foram capazes de reduzir os índices de violência. “Mesmo que tivesse um policial dentro da escola aquilo teria acontecido. Não foi um desleixo da escola porque o atirador era conhecido. A violência vem de fora para dentro, mas as escolas têm suas próprias violências também nas relações sociais. Mas é só a que vem de fora que a gente fica sabendo.”
“Esse caso [o massacre de alunos em uma escola pública de Realengo, no Rio] chama atenção para uma violência que vem de fora para dentro da escola. E ela não tem absolutamente nada a ver com isso”, defende Miriam, que já coordenou várias pesquisas sobre educação e violência e é professora Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
A especialista alerta que a violência mais grave ocorre dentro dos próprios colégios nas relações sociais entre os alunos, professores e outros membros da comunidade escolar. A falta de respeito, o preconceito e a homofobia transformaram a escola em local que reproduz a violência que vem de fora. Segundo ela, não será possível saber quais motivos levaram Wellington Menezes de Oliveira, a atirar contra estudantes e funcionários da Escola Municipal Tasso da Silveira no último dia 7.
“Nunca vamos saber por que ele não está aqui mais para contar. Nunca saberemos se ele teve problemas naquela escola e o que aquele lugar significava para ele. É diferente de Columbine [escola americana onde dois estudantes mataram 13 colegas, em 1999] em que o motivo foi exatamente o problema que aqueles jovens tinham com a escola”, disse a especialista.
De acordo com Miriam, tentativas de aparelhar escolas com equipamentos de segurança e policiais, como as ocorridas em colégios de Nova Iorque, não foram capazes de reduzir os índices de violência. “Mesmo que tivesse um policial dentro da escola aquilo teria acontecido. Não foi um desleixo da escola porque o atirador era conhecido. A violência vem de fora para dentro, mas as escolas têm suas próprias violências também nas relações sociais. Mas é só a que vem de fora que a gente fica sabendo.”
Agência Brasil
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