Rodrigo já foi campeão paulista, tirou título sub-15 do próprio Palmeiras
e agora defende o Botafogo. Ser da família do craque não o assusta
Rodrigo ao lado de Marcos nas férias em Oriente (Foto: Arquivo pessoal) |
Rodrigo defende pênalti em semifinal contra o Palmeiras, no Palestra Itália (Foto: Arquivo pessoal) |
Marcos anunciou na última semana a sua despedida dos gramados, mas o ídolo do Palmeiras deixou um "herdeiro". Rodrigo, 17 anos, é primo de segundo grau do Santo e também goleiro, mas da base do Botafogo. Já foi até campeão paulista com a camisa do Santos. Enquanto um primo dá adeus, o outro quer honrar o DNA que tem.
A relação de ídolo e fã que Rodrigo tem com Marcos é à distância. Começou exatamente aos 14 anos, quando ganhou pares de luvas de presente do primo. Usou a maioria, mas guardou uma de recordação.
- Elas ficaram gastas, mas guardei uma (risos). Quando comecei, ele dava muitos conselhos para os meus pais sobre mim. Depois, quando fui para o Santos, passei a conversar mais com ele. Aí passei a ir todos os anos para o sítio dele, em Oriente, nas férias de fim de ano.
O garoto tem trajetória parecida com a do ídolo, apesar de curta. Enquanto Marcos foi revelado pelo Lençoense antes de ir para a Academia, Rodrigo começou no Campo Grande, do Rio de Janeiro, tendo que sair de casa logo aos 12 anos. Dois anos mais tarde, chegou ao Santos e foi campeão paulista, eliminando o Palmeiras na semifinal, até com defesa de pênalti.
Ano passado, se transferiu para o Botafogo, mas ainda não assinou a renovação de contrato para 2012 e pode mudar de clube outra vez. Rodrigo, que já foi palmeirense, vê com bons olhos a possibilidade de se transferir para o clube de Marcos, mas não faz disso uma obsessão.
– O Palmeiras era meu time de infância, mas quando estou jogando não me preocupo com isso, tanto que já fui campeão depois de eliminar o Palmeiras na semifinal. Mesmo assim, seria muito bom defender o Verdão.
Rodrigo conta que a aposentadoria do Santo não foi uma surpresa para a família, mas que Marcos evitou falar do assunto no período de férias.
– Meu pai até disse que se ele não jogasse contra o Corinthians, não iria jogar mais (risos). Percebemos que ele não continuaria, mas foi um período em que ele procurou falar pouco. Depois que parou, não conseguimos falar direito com ele ainda. Está chateado por não poder fazer o que sempre fez.
Ele lamenta o fato de não ter conseguido se profissionalizar a tempo de jogar na mesma época de Marcos, mas entende que isso era pouco provável. No entanto, acredita que, se não fossem as lesões, Marcos aguentaria mais alguns anos pela frente.
– Isso que atrapalhou. Ele é disciplinado e acho que poderia jogar mais uns três anos, até eu me profissionalizar. Mas ainda assim para eu jogar seria difícil, porque goleiro dificilmente joga quando é muito novo.
Por Israel Stroh Sorocaba, SP - G1.com
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