Com o objetivo central de construir
uma sociedade livre, justa e solidária foi fundado o PSDC (Partido Social
Democrata Cristão) cuja Doutrina Política democrática e fundamentada nos valores
humanísticos do Cristianismo: Liberdade, Justiça e Solidariedade. Em Nova
Esperança, o Partido tem como presidente o Arquiteto Rafael Kreling de 38 anos.
Seu pai, José Ercílio Kreling foi prefeito de Nova Esperança por duas gestões:
1973 a 1977 e 1989 a 1992. Rafael Kreling recebeu em sua casa, na tarde de
terça-feira, 22 de maio, a reportagem do Jornal Noroeste com intuito de informar
à comunidade suas pretensões políticas e idéias partidárias.
Sobre o PSDC,
Rafael Kreling informa que “Este Partido é recente em Nova Esperança, criamos
tudo dentro do prazo da lei e sou pré-candidato a prefeito de Nova Esperança,
muitos me perguntam em qual grupo político ou lado eu estou, mas eu não gosto de
pensar em um pequeno grupo, em divisões, é claro que para ser candidato você
precisa de apoio de pessoas e de segmentos da sociedade, mas a minha formação
acadêmica de arquiteto urbanista me conduz a pensar o município não em grupos
mas sim como um todo, no geral, sem fazer distinção, nem de credo, nem de
posição social, nem de partido, passou a eleição, passou tudo. Nunca fiz
distinção de ninguém na minha vida, procuro ser amigo de todos. Minha história
de vida também me leva a ser assim. Meu grupo é Nova Esperança”, ressaltou.
O pré-candidato deu destaque ao histórico interessante que sua família
possui nos trabalhos voluntários. “Essa questão do voluntariado já é uma
tradição na minha família, aqui na cidade começou com meu avô, o pioneiro Alonso
Martinez, que foi presidente e fundador do Asilo São Vicente de Paula, a Mitra o
deixou como responsável pela distribuição de alimentos aos menos favorecidos,
depois minha mãe, Terezinha de Jesus Martinez Kreling, que atuou em vários
grupos de serviços, participando da fundação do CCOS, do Clube das Abelhas, da
Associação Divina Providência, entre outros. Minha formação nessa área não foi
só com palavras mas com exemplos e vivência. Lembro com carinho da irmã
Luciana”, destacou.
Com relação aos trabalhos sociais que Rafael já
desenvolveu no Município, falou sobre a Associação Divina Providência. “Fui o
presidente fundador e trabalhei nela, em período mais que integral,
voluntariamente por 3 anos. Mas o mérito dessa obra não é só meu, e sim de um
conjunto de fatores, éramos uma equipe de amigos de várias idades, sem
interesses particulares, trabalhando unidos, na fé e com amor. Com o objetivo de
ajudar o próximo, buscar o resgate da dignidade humana e valorização da vida. A
comunidade viu o trabalho sério e honesto que fazíamos e colaborava com fervor
em todas as nossas atividades, isso também foi muito importante. E eu,
particularmente, tive a sorte de ter um ótimo vice e uma brilhante equipe de
diretoria sem contar nos abençoados voluntários. E a obra esta viva, pujante e
crescendo, pois os que seguiram os passos iniciais o fizeram e o fazem com o
mesmo empenho e dedicação. Mas tudo isso seria em vão se não houvesse amor, e
onde há amor Deus aí esta. Não citarei nomes para não correr a injustiça de
esquecer algum, mas lembro de todos com muito carinho e gratidão.”
Sobre a
questão política que envolve sua família, e sua forma de vê-la Rafael destaca:
“Meu pai, que já foi prefeito de Nova Esperança por duas vezes, na década de 70
e na década de 90, fez muito pelo município, mas sempre diz:”há muito mais por
fazer”. Ele também me ensinou a amar esse terra. Em relação à minha ideologia
política, eu não sou nem um extremo, nem o outro, eu acho que em nossa vida,
seja pessoal, profissional e de convivência social, nós temos que buscar o
equilíbrio, o diálogo e o consenso comum, o que acarreta em um caminhar mais
próspero e de convivência harmoniosa. Vivemos em comunidade, praticamente todos
se conhecem e frenquentam os mesmo lugares, se não há anuência dos pensamentos
deve haver no mínimo o respeito mútuo. Não vejo o fazer política como um tempo
de disputa mas sim o período de discutir idéias e propostas para o bem comum”,
frisou Kreling.
Questionado sobre a sua forma de enxergar a cidade,
principalmente no aspecto urbanístico, Rafael Kreling destaca: “Como sou
arquiteto urbanista, vejo a cidade de uma maneira mais ampla, não só na função
urbana, mas também na função humana da cidade, pensar no município como um todo,
saber que cada integrante que a compõe - seja uma dona de casa, uma criança ou
aposentado, um trabalhador volante ou empresário – todos são corresponsáveis
pelo seu crescimento, e devem ser tratados com respeito igualitário. E todas as
ações, principalmente as públicas devem ser bem gerenciadas, eficientes e
necessárias, promovendo o desenvolvimento integrado e sustentável. O que não
pode ter é poucos recebendo muito e muitos não recebendo nada”.
VONTADE
POLÍTICA Sobre sua vontade política e o desejo de fazer o melhor para a
cidade, Rafael Kreling foi bem direto e objetivo, “Não vou negar que no meu mais
íntimo sempre houve esse desejo, mas procurava deixá-lo guardado na busca de
preservar minha individualidade. Mas o que é o indivíduo sem fazer parte do
coletivo? Não é nada. Então quando você percebe que as coisas não estão indo bem
no local em que vive, ama e conhece e mais, que pode colaborar para a sua
melhoria, surge uma força que te impulsiona a sair da zona de conforto. Não
estou dizendo que sou o melhor, mas estou preparado, ou que saberei resolver
tudo só, não, até porque para administrar seja uma cidade, uma empresa e até o
lar, é preciso estar cercado de pessoas do bem e capacitadas, que possuam o
mesmo objetivo. Então você fica inquieto, vindo até uma questão da minha
formação de fé, religiosa, que é: nós somos chamados de “ser velas”, onde você
possui duas escolhas, uma é se preservar, então você fica uma vela apagada, não
produz luz; a outra é se você quer gerar luz, produzir tem que se doar, permitir
ser consumido. Então, eu me apresentando humildemente a cidade como
pré-candidato, não estou impondo minha candidatura e sim me colocando à
disposição da comunidade para servir. É ela que decidirá sua viabilidade ou
não”, enfatizou Kreling.
“Caminhando pela cidade, conversando com várias
pessoas e algumas entidades, podemos notar que a preocupação geral, tirando
algumas particularidades, se concentra na saúde ineficiente, no agravo da falta
de segurança, no abandono de boa parte da infraestrutura do município. Não estou
aqui criticando a administração atual, eu acredito que qualquer pessoa que
assume um cargo, independente do grau, se é público ou privado, ela deseja fazer
o melhor, talvez esse é o resultado máximo que conseguiram apresentar. Mas não
concordo como está e não comungo de muitos dos métodos empregados. Lembro que o
mérito não está em ser conhecedor dos problemas, mas sim em saber resolvê-los e
principalmente, ter vontade política para tal. Um administrador público é um
gerente, que não deve se comportar como um de uma empresa particular, porque
esse faz o que quer, e sim saber ouvir a população, compreender que os
funcionários não são “empregados” e sim colaboradores e entender as necessidades
reais e urgentes que devam ser executadas. É preocupante também o crescimento do
sentimento de desamparo e descaso. Da falta de perspectiva do futuro, sobre como
vai ser o amanhã, inclusive, muitos pensam que não será melhor, mas o amanhã
pode sim ser melhor, trabalhando todos em conjunto e pensando no bem da cidade”,
ponderou o pré-candidato.
Trabalho como arquiteto
Sobre o exercício da
sua profissão Rafael ponderou: “Tenho escritório aqui e em São Paulo, lá minha
sócia fica a frente. Possuo projetos, obras executadas e parcerias nos estado do
PR, SP, MS, RJ e exterior. Tive a oportunidade, desde o início da minha formação
acadêmica, de trabalhar em ótimos escritórios de arquitetura e planejamento
urbano, o que solidificou a minha base e ampliou meu conhecimento e rede de
contatos. A gama de projeto que já realizei é ampla, vai desde uma residência de
1.200m2 a reforma de um pequeno apartamento, passando pelo setor residencial,
comercial, institucional, urbano e de interiores. É gratificante poder fazer uma
obra de dimensões consideráveis e/ou com certo requinte e sofisticação, mas
senti a mesma alegria quando pude melhorar, desprendidamente, uma humilde
residência de um prestador de serviço. Em meus trabalhos arquitetônicos não
penso só na plástica, no belo, mas também na sua função, uso, conforto e na
ergonomia de cada espaço. Trabalho bastante, estou feliz com a minha profissão.
Alguns brincam que não me vêem com freqüência, outros de língua menos caridosa
dizem que não sou daqui. Se possuir trabalho em outros lugares, e não ficar 24
horas no município durante todos os dias do ano, for rotular de não nova
esperancense. O que diremos aos bravos trabalhadores que todos os dias deixam a
nossa cidade por volta das 5 e 6 horas da manhã e só retornam no início da
noite. Eles passam mais tempo fora da cidade que nela. E os que trabalham com
transporte de mercadoria ou vendas. E os nossos amigos e parentes que moram fora
do país mas investem aqui e não vêem a hora de retornar. Se reside aqui há um
ano, 5, 10 ou 50, o que deve ser observado é o que cada um faz e fez pela
cidade. ”, enfatizou Rafael.
Um assunto que interessa diretamente à
população diz respeito ao Plano Diretor, que é instrumento de preservação dos
bens ou áreas de referência urbana, previsto constitucionalmente e também
através do Estatuto da Cidade, é uma lei municipal que estabelece diretrizes
para a adequada ocupação do município, determinando o que pode e o que não pode
ser feito em cada parte do mesmo. “Com relação ao plano diretor, que esta
definido no Estatuto das Cidades, é obrigatório nas cidades com mais de 20 mil
habitantes. Como você mesmo disse é uma lei municipal, e esta deve ser elaborada
em conjunto, prefeitura, câmara municipal e com participação da sociedade. Esse
trabalho em equipe tem o propósito de garantir a ação pública segundo o desejo
dos moradores, garantindo a distribuição dos benefícios e ações de uma forma
mais justa. Ela tem o objetivo de estabelecer e orientar o crescimento, o
funcionamento e o planejamento. É de grande importância. A cidade pertence a
todos nós, sendo que no momento de implementar alguma ação pública, não agir
direcionando somente a um grupo, mas sim para o coletivo, seja no sentido
econômico, ambiental, urbano, social, etc”- avaliou Kreling.
Sobre a forma
correta de se fazer política, Kreling foi bastante objetivo. “O meu modo de
fazer política é totalmente diferente do que é apresentado, muitos pensam que
você ser livre, é não participar, mas pelo contrário, a liberdade se conquista
no momento em que se participa de uma luta para o bem, eu até gosto de
distinguir luta de briga, desta eu não sou simpatizante, pois briga separa,
desune, vira competição, agora lutar pelo bem comum não, lutar você une, agrega,
conquista, e é isso que eu desejo, somar para poder lutar por uma cidade melhor,
uma comunidade mais justa, igualitária, pensando em uma Nova Esperança para
todos”, concluiu Rafael Kreling, Presidente do PSDC (Partido Social Democrata
Cristão) e Pré-candidato a Prefeito.
Fonte: Alex Fernandes França
- alexnoroeste@hotmail.com / Jornal Noroeste