O pleito 2012 ainda não terminou. No
Paraná teremos 2° turno nas cidades de Maringá, Cascavel, Londrina, Ponta
Grossa e Curitiba porém nos bastidores políticos o clima já esquenta.
É ingenuidade pensar que as eleições
municipais acabaram. Certo é que eles (políticos) são visionários e já almejam 2014.
Para isso o reflexo vem no resultado das urnas. Para cidades em que o pleito
acabou no dia 07 de outubro as alianças políticas já começaram a ser formadas,
no entanto resta ainda saber o que será de Curitiba com Ratinho Jr. (PSC) x
Gustavo Fruet (PDT); Cascavel com Edgar Bueno (PDT) x Professor Lemos (PT); Londrina
com Marcelo Belinati (PP) x Alexandre Kireeff (PSD); Maringá com Roberto Pupin
(PP) x Enio Verri (PT) e Ponta Grossa com Marcelo Rangel (PPS) x Péricles de
Mello (PT).
O governador Beto Richa (PSDB)
espera o resultado de domingo (28) nas maiores cidades do interior do Paraná
pois definirá o seu futuro no Palácio Iguaçu.
Logo após o resultado do 1° turno, o
Jornal Folha de São Paulo publicou em seu site trechos da entrevista em que o
governador rejeita a ideia em que foi o maior prejudicado e culpado da derrota
de seu candidato Luciano Ducci (PSB) em Curitiba. Na matéria Richa afirma, "os adversários tentam
jogar [a derrota] no meu colo", disse ele, em entrevista à imprensa na
segunda-feira (8). "Mas não é o fim do mundo."
Fato é que com o terceiro lugar de
Ducci, que era o atual prefeito de Curitiba, Richa perdeu o poder no maior
colégio eleitoral do Estado, o que, para analistas, compromete sua reeleição em
2014.
O governador disse ainda que
"prefeito em cidade pequena transfere mais votos que em cidade
grande" e lembrou exemplos onde o PT de Lula e Dilma não conseguiu eleger
seus candidatos neste ano. O PSDB conquistou 78 prefeituras no Estado já no
primeiro turno. "Não se consegue mais transferir votos com facilidade como
era antes. Hoje, o eleitor está focado exclusivamente no candidato, nas suas
propostas e só. Não está focado em quem o apoia", disse o governador.
Apenas em Curitiba o governador
decidiu manter neutralidade na campanha do 2° turno não apoiando oficialmente
nenhum dos candidatos. Já nas outras quatro cidades o PSDB tem candidatos
apoiados visando vencer e facilitar a eleição de Richa em 2014.
Hoje a maior preocupação de Richa é
a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pois caso no domingo ocorra a
vitória de Fruet (PDT) na capital e o (PT) conquiste alguma das três cidades
onde está disputando no interior o 2° turno o ninho tucano ficará ameaçado para
2014.
O PT tem trabalhado firme na eleição
de seus candidatos. Péricles de Mello tem liderado as pesquisas em Ponta
Grossa. Em Cascavel (Professor Lemos) e Maringá (Enio), estão tecnicamente
empatados, se bem que os recentes erros das pesquisas no 1° turno colocaram em
xeque conceituados institutos de pesquisa.
No entanto o que vale mesmo é o
voto. O que fica digitado na urna e tem o seu resultado apurado após as 17
horas no dia da eleição, até lá tudo é suposição!
O PSDB a nível federal talvez inspirado nas atuações dos
veteranos Seedorf, Deco, Juninho e Marcos Assunção no Campeonato Brasileiro,
afirmou através do senador Álvaro Dias que Fernando Henrique Cardoso não é
carta fora do baralho para a sucessão presidencial. Em 2014, o ex-presidente
terá 83 anos. “O Fernando Henrique é o líder político do PSDB, um patrimônio do
partido. Seria um nome se ele assim desejasse. Tudo depende dele”, disse o
tucano durante essa semana. Outra ala do partido acredita em Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) pela Presidência
da República. Importantes lideranças do PSDB afirmam que para o partido é bom
José Serra ser derrotado por Fernando Haddad, na disputa pela Prefeitura de São
Paulo. É que perdendo em São Paulo, Serra fica sem moral para querer disputar a
Presidência da República.
A nível estadual as duas siglas: PSDB e PT prometem
travar uma briga de “gente grande” onde Beto Richa enfreterá na corrida ao
Palácio Iguaçu Gleisi Hoffmann.
Caso domingo, 28, selar a vitória de Fruet na capital,
acredito que esses dois últimos anos de mandato de Beto Richa será da vez do
interior do Estado, pois deverá contemplar os pequenos municípios com diversas
obras e fortacelecer e estreitar as relações Prefeitura/ Governo visando sua
reeleição para o Palácio Iguaçu. Já Gleisi como Ministra da Casa Civil tentará
formar grupo para disputar a eleição.
Considerando o resultado de 07 de outubro, os 5 partidos
que mais elegeram prefeitos no Paraná foram: PSDB com 78 municípios,
PMDB 56, PT 39, PSD 36 e PDT 34.
Agora é aguardar o resultado de domingo que mudará um
pouco essses números no entanto significará muitas mudanças para o povo
paranaense daqui para frente já que na minha opinião 2012 será reflexo de 2014.
“Em política, até a raiva é combinada. Não há ressentimento. Processos históricos vão se sucedendo. Há momentos que vão se superando”.
Ex-ministro
da Defesa Nelson Jobim
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