A construção do Itaquerão, como está sendo chamado o futuro estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, vai ter a participação de presos e ex-presidiários nas obras. Um convênio assinado ontem, (27) entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo e a Odebrechet, empresa responsável pela construção do estádio da abertura da Copa de 2014, permitirá que 50 presos do regime semiaberto trabalhem no local, além da criação de 300 vagas para ex-presidiários. O convênio tem prazo de 12 meses, prorrogável por até 60 meses.
"Que outras empresas sigam este caminho, de dar oportunidade, de dar uma segunda chance, e a maneira de a pessoa se recuperar é pelo trabalho. É se sentindo útil à sociedade", disse o governador Geraldo Alckimin. Hoje, de acordo com a SAP, a população carcerária no estado de São Paulo é 180,3 mil pessoas. Desses, 46 mil presos trabalham e 16 mil estudam.
Com a assinatura do convênio, São Paulo passa a ser a sétima cidade-sede da Copa do Mundo a cumprir o Termo de Cooperação Técnica assinado com o Conselho Nacional de Justiça em janeiro de 2010.
O acordo, firmado com o Comitê Organizador Local, o Ministério dos Esportes e governos estaduais, prevê que, em obras com mais de 20 trabalhadores, 5% dos postos de trabalho sejam reservados a detentos, ex-detentos, cumpridores de penas alternativas e adolescentes em conflito com a lei. As outras cidades que já cumpriram o acordo são: Brasília, Cuiabá, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Natal.
Agência Brasil
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