A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira em Hannover, na Alemanha, que o governo brasileiro estuda novas medidas para proteger o câmbio. O objetivo é evitar a valorização excessiva do real diante da entrada de dólares causada pela injeção de recursos por países desenvolvidos para estimularem suas economias.
Dilma disse que novas medidas estão sendo analisadas, mas negou haver estudo para a imposição de uma "quarentena", que estabeleceria um prazo mínimo de permanência do capital estrangeiro no país.
"Não estou defendendo quarentena, isso é uma temeridade", disse Dilma a jornalistas, segundo áudio divulgado pela Presidência da República.
"Está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado que é o câmbio, uma forma artificial de proteção do mercado. Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger", sustentou a presidente.
Na semana passada, o governo elevou de dois para até três anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6 por cento para empréstimos de empresas no exterior, buscando novamente reduzir a entrada de capital especulativo de curto prazo.
Dilma elevou o tom das críticas aos países desenvolvidos na semana passada, chamando de "absolutamente inconsequente" as políticas monetárias expansionistas destas nações para enfrentar a crise internacional. Chamou a injeção de recursos de "tsunami monetário".
A grande quantidade de dinheiro sendo injetada para tentar estimular as economias em crise tem levado fortes fluxos de dólares aos países emergentes, fortalecendo moedas locais, como o real, impactando setores da indústria ligados às exportações.
Dilma se reúne nesta segunda-feira com a chanceler alemã, Angela Merkel, em encontro no qual deve expor às críticas do Brasil às medidas adotadas pelas nações desenvolvidas para superar a crise. Merkel afirmou no último sábado entender as críticas da presidente brasileira e voltou a defender reformas.
A presidente afirmou que os países desenvolvidos deveriam adotar "políticas de expansão do investimento" e não se limitarem apenas às "políticas expansionistas monetárias".
Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) injetou 530 bilhões de euros nas instituições financeiras que estão atravessando turbulência por conta da crise na zona da moeda única. Parte desses recursos deve desembarcar em mercados emergentes, como o Brasil, em busca de bons rendimentos.
BANCO CENTRAL
Dilma desautorizou também que qualquer assessor do governo comente sobre juros. "Quem fala sobre juro no meu governo, é o BC, Alexandre Tombini, nem eu nem ninguém tem autorização para falar sobre juro".
Na véspera, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, comentou com jornalistas que o Banco Central anunciaria nova queda na taxa de juros da economia brasileira.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC anuncia a nova taxa de juro, com expectativa no mercado de queda de 0,5 ponto percentual, segundo relatório Focus divulgado nesta manhã.
A semana começou com menos apostas sobre uma redução mais forte, de, 0,75 ponto, na Selic.
Dilma disse que novas medidas estão sendo analisadas, mas negou haver estudo para a imposição de uma "quarentena", que estabeleceria um prazo mínimo de permanência do capital estrangeiro no país.
"Não estou defendendo quarentena, isso é uma temeridade", disse Dilma a jornalistas, segundo áudio divulgado pela Presidência da República.
"Está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado que é o câmbio, uma forma artificial de proteção do mercado. Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger", sustentou a presidente.
Na semana passada, o governo elevou de dois para até três anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6 por cento para empréstimos de empresas no exterior, buscando novamente reduzir a entrada de capital especulativo de curto prazo.
Dilma elevou o tom das críticas aos países desenvolvidos na semana passada, chamando de "absolutamente inconsequente" as políticas monetárias expansionistas destas nações para enfrentar a crise internacional. Chamou a injeção de recursos de "tsunami monetário".
A grande quantidade de dinheiro sendo injetada para tentar estimular as economias em crise tem levado fortes fluxos de dólares aos países emergentes, fortalecendo moedas locais, como o real, impactando setores da indústria ligados às exportações.
Dilma se reúne nesta segunda-feira com a chanceler alemã, Angela Merkel, em encontro no qual deve expor às críticas do Brasil às medidas adotadas pelas nações desenvolvidas para superar a crise. Merkel afirmou no último sábado entender as críticas da presidente brasileira e voltou a defender reformas.
A presidente afirmou que os países desenvolvidos deveriam adotar "políticas de expansão do investimento" e não se limitarem apenas às "políticas expansionistas monetárias".
Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) injetou 530 bilhões de euros nas instituições financeiras que estão atravessando turbulência por conta da crise na zona da moeda única. Parte desses recursos deve desembarcar em mercados emergentes, como o Brasil, em busca de bons rendimentos.
BANCO CENTRAL
Dilma desautorizou também que qualquer assessor do governo comente sobre juros. "Quem fala sobre juro no meu governo, é o BC, Alexandre Tombini, nem eu nem ninguém tem autorização para falar sobre juro".
Na véspera, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, comentou com jornalistas que o Banco Central anunciaria nova queda na taxa de juros da economia brasileira.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC anuncia a nova taxa de juro, com expectativa no mercado de queda de 0,5 ponto percentual, segundo relatório Focus divulgado nesta manhã.
A semana começou com menos apostas sobre uma redução mais forte, de, 0,75 ponto, na Selic.
Agência Estado
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