O aumento no percentual de homicídios solucionados deverá ser um dos principais fatores que contribuirão para a redução da ocorrência desse tipo de crime no Paraná. A afirmação é do secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, com base em dados que mostram uma tendência de elevação na elucidação de casos de homicídios, como conseqüência da recomposição do efetivo da Polícia Civil e de outras medidas adotadas pela secretaria.
Dados dos dois primeiros meses de 2012 indicam que a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) iniciou o ano com taxas ascendentes de solução de casos de homicídios. Foram identificados os autores de 88 dos 146 homicídios registrados em janeiro e fevereiro – o que representa um percentual de 60,27%. Em todo o ano de 2011, foram solucionados 47,8% (310) dos 858 homicídios.
A RMC compreende 26 municípios, com uma população de mais de 3 milhões de pessoas, e apresentou uma redução nos índices de violência a partir de 2011. Houve uma queda de 5,83% nos números de homicídios, segundo o relatório anual da violência no Paraná.
Em Curitiba, dados da Delegacia de Homicídios mostram que, dos 151 inquéritos relacionados a homicídios abertos nos dois primeiros meses de 2011, apenas cinco foram resolvidos. Este ano, dos 171 inquéritos referentes a homicídios instaurados em janeiro e fevereiro, 72 foram concluídos e relatados ao Ministério Público, o que representa 42% de casos solucionados.
As autoridades acreditam que o trabalho de elucidação refletiu nas estatísticas de homicídios. O relatório estatístico criminal divulgado pela Secretaria de Segurança no último dia 13 mostra uma redução de 6,45% no número de homicídios dolosos (com intenção de matar) em Curitiba, no primeiro bimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registradas 116 mortes na capital nos dois primeiros meses deste ano, contra 124 no ano anterior.
De acordo com o secretário de Segurança, o bom trabalho da polícia na elucidação de casos é importante para que as taxas de homicídio sigam essa tendência de queda. "A pior coisa que pode acontecer é a impunidade. O sentimento de impunidade, a não elucidação de um caso de homicídio, faz elevar a taxa de homicídio futura. É importantíssimo o trabalho e o empenho na solução dos casos para que nós tenhamos uma contenção pela efetiva identificação de autoria e punição dos culpados", afirma.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, afirma que a resolução dos casos é parte do processo de combate aos homicídios no Paraná. "É importante ressaltar as medidas que foram implementadas e ajudam a reduzir os índices do homicídios, como a qualificação constante dos policiais que atuam nessa área. Isso faz com que eles cheguem aos locais mais bem preparados e sejam mais eficientes na apuração dos casos", diz.
Razões - "A partir do momento em que um criminoso é retirado das ruas, é um assassino a menos para cometer outro crime", diz o delegado-chefe da Delegacia de Polícia Metropolitana (DPMetro), Hamilton Cordeiro da Paz Junior.
Em alguns municípios da Região Metropolitana, segundo o delegado, o volume de casos solucionados no ano passado ultrapassa a marca de 90%. Em Campo Largo, esse percentual é superior a 93%. Em municípios menores, a identificação dos assassinos chega a 100%, a exemplo de Tijucas do Sul, onde foram esclarecidos os três homicídios que aconteceram em 2011. "Temos que destacar o excelente trabalho de investigação que vem sendo desenvolvido nas unidades. Para isso, fizemos a adequação de recursos de pessoal e material, além de adotar outras medidas estruturais", comenta.
O delegado Paz considera que o índice de solução de 47,8% dos casos de homicídios atingido na RMC em 2011 é elevado, em comparação ao verificado na maior parte dos estados brasileiros. Segundo ele, 90% dos homicídios estão ligados ao tráfico de drogas.
Ele destaca a importância, para a solução dos crimes, da participação da sociedade, por meio de denúncias que auxiliem a polícia na identificação dos criminosos. "É preciso que a população nos ajude a ajudá-la, municiando a polícia com informações", diz.
O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, atribui o aumento proporcional do número de casos resolvidos no primeiro bimestre de 2012a uma política de trabalho "pautada pelo dinamismo dado aos cartórios, com depoimentos no local dos acontecimentos, além da melhoria no quadro de investigadores e escrivães". Ele ressalta que a busca por resultados é exigida das equipes que fazem o trabalho de investigação. "Temos cobrado resultados das nossas equipes e isso se reflete nos números", diz Recalcatti.
Segundo o delegado, o índice de homicídios na capital também sofreu uma queda nos primeiros dois meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2011. Foram 116 homicídios registrados entre janeiro e fevereiro de 2012 – nove casos a menos do que o verificado no primeiro bimestre do ano anterior.
Entre os projetos da Secretaria de Segurança para oferecer melhor infraestrutura à Polícia Civil e, consequentemente, reduzir os números da criminalidade, está a implantação de mais um distrito policial em Curitiba (no Centro Cívico), de nove delegacias na RMC e a construção de novos prédios para sete distritos na capital. As novas edificações seguirão o formato da Delegacia Cidadã, um projeto previsto no programa Paraná Seguro para prestar atendimento mais humanizado à população.
Interior - De acordo com a Divisão Policial do Interior (DPI), dos 32 casos de homicídios dolosos registrados no interior do Estado nos dois primeiros meses deste ano, 21 foram solucionados – um percentual de 66%. Em 2011, o percentual superou os 77% (dos 119 assassinatos, 92 foram solucionados).
Uma das subdivisões policiais com maior percentual de casos resolvidos é a de Ponta Grossa, que elucidou seis (86%) dos sete homicídios dolosos registrados nos dois primeiros meses de 2012. Oito suspeitos foram presos. Na região de atuação da SDP de Ponta Grossa houve uma redução de 27,7%. no número de homicídios, de 143 em 2010 para 104 em 2011.
Em Londrina, dos 22 homicídios registrados entre janeiro e fevereiro deste ano, 15 (68,19%) foram elucidados. Parte dos inquéritos já está em fase de conclusão. Em Maringá, foram solucionados oito dos 11 assassinatos registrados no primeiro bimestre de 2012.
De acordo com o delegado-chefe da DPI, Júlio Reis, a identificação de autores dos homicídios é uma prioridade da divisão. "Atendendo a uma diretriz do delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto, a divisão tem determinado aos delegados urgência na identificação de autorias e, sempre que possível, a prisão dos envolvidos, buscando com isso inibir a ocorrência de novos crimes", afirma.
Números em queda – A intensificação do combate à criminalidade pela Polícia Civil, com operações em áreas estratégicas, também é um fator que fez com que o número de homicídios entrasse em declínio. Em algumas subdivisões, a queda verificada no ano passado superou o percentual de 20% – casos de Laranjeiras do Sul (-38,10%), União da Vitória (-37,50%), Ponta Grossa (-27,7%), Campo Mourão (-25,25%) e Foz do Iguaçu (-20,67%).
A redução do número de homicídios dolosos também foi expressiva nas subdivisões de Umuarama (-18,67%), São Mateus do Sul (-18,18%), Toledo (-5,13%), Paranavaí (-5,56%) e na capital (-8,67%), onde o número de homicídios dolosos caiu de 750 em 2010 para 685 em 2011.
Em nenhuma outra região, no entanto, o índice de assassinatos caiu tanto quanto na subdivisão de Paranaguá, que atende 15 municípios. O número de homicídios dolosos caiu de 102 em 2010 para 37 no ano passado – uma queda de 63,73%.
Dados dos dois primeiros meses de 2012 indicam que a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) iniciou o ano com taxas ascendentes de solução de casos de homicídios. Foram identificados os autores de 88 dos 146 homicídios registrados em janeiro e fevereiro – o que representa um percentual de 60,27%. Em todo o ano de 2011, foram solucionados 47,8% (310) dos 858 homicídios.
A RMC compreende 26 municípios, com uma população de mais de 3 milhões de pessoas, e apresentou uma redução nos índices de violência a partir de 2011. Houve uma queda de 5,83% nos números de homicídios, segundo o relatório anual da violência no Paraná.
Em Curitiba, dados da Delegacia de Homicídios mostram que, dos 151 inquéritos relacionados a homicídios abertos nos dois primeiros meses de 2011, apenas cinco foram resolvidos. Este ano, dos 171 inquéritos referentes a homicídios instaurados em janeiro e fevereiro, 72 foram concluídos e relatados ao Ministério Público, o que representa 42% de casos solucionados.
As autoridades acreditam que o trabalho de elucidação refletiu nas estatísticas de homicídios. O relatório estatístico criminal divulgado pela Secretaria de Segurança no último dia 13 mostra uma redução de 6,45% no número de homicídios dolosos (com intenção de matar) em Curitiba, no primeiro bimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registradas 116 mortes na capital nos dois primeiros meses deste ano, contra 124 no ano anterior.
De acordo com o secretário de Segurança, o bom trabalho da polícia na elucidação de casos é importante para que as taxas de homicídio sigam essa tendência de queda. "A pior coisa que pode acontecer é a impunidade. O sentimento de impunidade, a não elucidação de um caso de homicídio, faz elevar a taxa de homicídio futura. É importantíssimo o trabalho e o empenho na solução dos casos para que nós tenhamos uma contenção pela efetiva identificação de autoria e punição dos culpados", afirma.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, afirma que a resolução dos casos é parte do processo de combate aos homicídios no Paraná. "É importante ressaltar as medidas que foram implementadas e ajudam a reduzir os índices do homicídios, como a qualificação constante dos policiais que atuam nessa área. Isso faz com que eles cheguem aos locais mais bem preparados e sejam mais eficientes na apuração dos casos", diz.
Razões - "A partir do momento em que um criminoso é retirado das ruas, é um assassino a menos para cometer outro crime", diz o delegado-chefe da Delegacia de Polícia Metropolitana (DPMetro), Hamilton Cordeiro da Paz Junior.
Em alguns municípios da Região Metropolitana, segundo o delegado, o volume de casos solucionados no ano passado ultrapassa a marca de 90%. Em Campo Largo, esse percentual é superior a 93%. Em municípios menores, a identificação dos assassinos chega a 100%, a exemplo de Tijucas do Sul, onde foram esclarecidos os três homicídios que aconteceram em 2011. "Temos que destacar o excelente trabalho de investigação que vem sendo desenvolvido nas unidades. Para isso, fizemos a adequação de recursos de pessoal e material, além de adotar outras medidas estruturais", comenta.
O delegado Paz considera que o índice de solução de 47,8% dos casos de homicídios atingido na RMC em 2011 é elevado, em comparação ao verificado na maior parte dos estados brasileiros. Segundo ele, 90% dos homicídios estão ligados ao tráfico de drogas.
Ele destaca a importância, para a solução dos crimes, da participação da sociedade, por meio de denúncias que auxiliem a polícia na identificação dos criminosos. "É preciso que a população nos ajude a ajudá-la, municiando a polícia com informações", diz.
O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, atribui o aumento proporcional do número de casos resolvidos no primeiro bimestre de 2012a uma política de trabalho "pautada pelo dinamismo dado aos cartórios, com depoimentos no local dos acontecimentos, além da melhoria no quadro de investigadores e escrivães". Ele ressalta que a busca por resultados é exigida das equipes que fazem o trabalho de investigação. "Temos cobrado resultados das nossas equipes e isso se reflete nos números", diz Recalcatti.
Segundo o delegado, o índice de homicídios na capital também sofreu uma queda nos primeiros dois meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2011. Foram 116 homicídios registrados entre janeiro e fevereiro de 2012 – nove casos a menos do que o verificado no primeiro bimestre do ano anterior.
Entre os projetos da Secretaria de Segurança para oferecer melhor infraestrutura à Polícia Civil e, consequentemente, reduzir os números da criminalidade, está a implantação de mais um distrito policial em Curitiba (no Centro Cívico), de nove delegacias na RMC e a construção de novos prédios para sete distritos na capital. As novas edificações seguirão o formato da Delegacia Cidadã, um projeto previsto no programa Paraná Seguro para prestar atendimento mais humanizado à população.
Interior - De acordo com a Divisão Policial do Interior (DPI), dos 32 casos de homicídios dolosos registrados no interior do Estado nos dois primeiros meses deste ano, 21 foram solucionados – um percentual de 66%. Em 2011, o percentual superou os 77% (dos 119 assassinatos, 92 foram solucionados).
Uma das subdivisões policiais com maior percentual de casos resolvidos é a de Ponta Grossa, que elucidou seis (86%) dos sete homicídios dolosos registrados nos dois primeiros meses de 2012. Oito suspeitos foram presos. Na região de atuação da SDP de Ponta Grossa houve uma redução de 27,7%. no número de homicídios, de 143 em 2010 para 104 em 2011.
Em Londrina, dos 22 homicídios registrados entre janeiro e fevereiro deste ano, 15 (68,19%) foram elucidados. Parte dos inquéritos já está em fase de conclusão. Em Maringá, foram solucionados oito dos 11 assassinatos registrados no primeiro bimestre de 2012.
De acordo com o delegado-chefe da DPI, Júlio Reis, a identificação de autores dos homicídios é uma prioridade da divisão. "Atendendo a uma diretriz do delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto, a divisão tem determinado aos delegados urgência na identificação de autorias e, sempre que possível, a prisão dos envolvidos, buscando com isso inibir a ocorrência de novos crimes", afirma.
Números em queda – A intensificação do combate à criminalidade pela Polícia Civil, com operações em áreas estratégicas, também é um fator que fez com que o número de homicídios entrasse em declínio. Em algumas subdivisões, a queda verificada no ano passado superou o percentual de 20% – casos de Laranjeiras do Sul (-38,10%), União da Vitória (-37,50%), Ponta Grossa (-27,7%), Campo Mourão (-25,25%) e Foz do Iguaçu (-20,67%).
A redução do número de homicídios dolosos também foi expressiva nas subdivisões de Umuarama (-18,67%), São Mateus do Sul (-18,18%), Toledo (-5,13%), Paranavaí (-5,56%) e na capital (-8,67%), onde o número de homicídios dolosos caiu de 750 em 2010 para 685 em 2011.
Em nenhuma outra região, no entanto, o índice de assassinatos caiu tanto quanto na subdivisão de Paranaguá, que atende 15 municípios. O número de homicídios dolosos caiu de 102 em 2010 para 37 no ano passado – uma queda de 63,73%.
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