É impossível ele
passar despercebido. Ele mesmo se auto define sem inimigos, tratando com
respeito crianças e adultos, jovens e idosos. Assim é José Lourenço Miranda,
que pelo nome pouca gente conhece mas se você perguntar nas ruas e avenidas de
Nova Esperança: Você conhece o Zezão? Grande parte das pessoas saberão informar
quem ele é! Algumas pessoas definirão como uma grande figura. Outras como um
companheiro de bar, Outras ainda como aquele que tem o seu copo sempre a mão e
pode facilmente ser encontrado nas lanchonetes nas noites de Nova Esperança ou
ainda terá a definição de um homem da gargalhada demorada e contando histórias
com as roupas um tanto quanto diferentes das usuais e que talvez não seria
aprovado num programa de moda de TV, porém assim é o Zezão.
Nascido em Paulo
de Faria-SP, antes de Nova Esperança, Zezão passou por Maringá (1962) e Itapecerica
da Serra-SP, mas decidiu ficar aqui no início da década de 70 para trabalhar
como ensacador de café, porém foi como dono de restaurante que ele ficou
conhecido onde trabalhou por quase 40 anos.
Hoje com 73 anos, Zezão tem muita história
para contar. Abandonou o trabalho como ensacador e foi cuidar da AABB - Associação
Atlética Banco do Brasil onde trabalhou por 8 anos. “Depois saí
e comprei o Bar Toda Hora que passou a chamar Bar do Zezão, dalí eu saí e fui
para a Bambu onde hoje é A Churrascaria”.
Na Lanchonete Bambu, Zezão define ter
vivido os melhores tempos profissionais de sua vida, apesar de um fato triste
ter marcado sua passagem por lá. “Houve um tiroteio e morreu uma adolescente e
um policial, além de um rapaz de Alto Paraná. Isso foi muito triste e marcante.
Porém aqui em Nova Esperança tive muitas alegrias, foram muitos bailes de
carnavais e festas, é óbvio que ouve as peripécias,
no entanto ainda acredito que as alegrias foram maiores”.
Durante sua conversa com a reportagem
Zezão lembrou dos momentos mais tristes que viveu aqui. “um dos momentos mais
tristes da minha vida foi quando eu perdi minha esposa ao entrar em choque
durante a anestesia para uma cesariana, depois perdi meu filho que ela deixou
quando morreu, pois salvou a criança, o Fernando que morreu atropelado de
bicicleta na avenida São José. Recomecei a vida, casei com minha cunhada, tive
dois filhos. Com a primeira esposa tive três filhos: Flávio, Juliana e o
Fernando já do segundo casamento veio o Fabrício que eu perdi também vítima de
suicídio e a Fernanda que está nos Estados Unidos”.
Sobre os momentos de alegria, Zezão
definiu “Vive momentos muito bons na Lanchonete Bambu, trabalhei muito, recebi
muitos artistas, depois na Avenida 14 de Dezembro onde hoje é o Bom a Bessa,
tive o Restaurante do Zezão, lá fiz muitos amigos, aumentei meu círculo de
amizade, conheci muitas pessoas”.
Com um problema no joelho e cada fiho
seguindo a sua vida, cansado de trabalhar, Zezão decidiu vender o Restaurante
onde hoje funciona o Bom a Bessa. “Estava cansando, foram quase 40 anos
servindo as pessoas, 25 anos só no Restaurante do Zezão da Avenida 14 de
Dezembro, daí resolvi parar”.
Finalizando, Zezão destacou que o melhor é
viver em harmonia com todos desde crianças as pessoas idosas, porque o que vale
é o respeito. “Inimizade não tenho com ninguém graças a Deus, tenho muitos
amigos aqui em Nova Esperança. Vivo muito bem com minha família e amo muito meus filhos, não tenho nada a
reclamar, para mim está tudo muito bom. Gosto de Nova Esperança, minha rotina
todo mundo conhece e não tem como esconder, pois tomo minhas cachaças e meu whisky
e assim vou levando a vida”, concluiu sorrindo.
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