quinta-feira, 22 de novembro de 2012

::: PEDÁGIO - DER analisa índice de reajuste do pedágio

Arquivo FOLHA
Chiminazzo Neto acredita que a Agepar, regulamentada ontem por Beto Richa, é uma oportunidade para ''despolitizar'' os pedágios
 
 
Será divulgado na próxima semana o reajuste das tarifas do pedágio no Paraná, informa o diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto. A proposta anual de revisão dos preços já foi entregue ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER), onde passa por análise do órgão. ''Nós mandamos a proposta como reza o contrato, explicando o cálculo utilizado para o reajuste. O DER também está dentro do prazo, que vai até o dia 26'', confirmou Chiminazzo Neto.

Em 2011, no primeiro ano do governo Beto Richa (PSDB), as tarifas subiram 4,53% em dezembro. Na época, essa correção foi inferior à inflação correspondente, de 6,6%. ''Não existe estrada feita de graça, ou foi feita através de impostos, ou com pedágio. A participação da iniciativa privada no processo devia ser elogiada, não criticada'', argumenta o diretor da ABCR. Chiminazzo Neto vê na criação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) uma oportunidade para ''despolitizar'' os pedágios.

''Queríamos a criação da Agepar faz muito tempo, por uma razão basante específica. No Paraná o pedágio se transformou num tema de discussão política, foi usado como plataforma eleitoral. Isso dificultou a relação com o poder concedente. O relacionamento com o governo anterior era difícil'', diz Chiminazzo Neto, se referindo aos oito anos em que o atual senador Roberto Requião (PMDB) estava no posto ocupado hoje por Beto Richa. ''A Agepar vem com características técnicas, sem nuances políticas. Vai normalizar esse relacionamento'', diz o representante das concessionárias de pedágio.

Beto assinou ontem o decreto que regulamenta os serviços da Agepar, que ficará responsável pelo controle e fiscalização das rodovivas e ferrovias repassadas à iniciativa privada, além dos transportes rodoviários e inspeção de segurança veicular. Todas essas empresas passam agora a recolher uma taxa de 0,25% da sua receita operacional bruta para a Agepar, que utilizará o dinheiro para custear as suas próprias atividades. ''Não é preocupante, pois terá baixo impacto na tarifa'', alega Chiminazzo Neto, sob os boatos de que o índice seria repassado ao preço do pedágio. Dentro do governo estadual, não há um cálculo aproximado de quanto essa taxa vai arrecadar para a manutenção da agência reguladora.
José Lazaro Jr. - Folha Web

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