terça-feira, 22 de dezembro de 2009

::: BETO RICHA ELOGIA ANISTIA A DÍVIDAS DOS MUNICÍPIOS

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, elogiou o projeto do Governo do Estado que prevê a anistia de R$ 960 milhões, para Curitiba e mais sete cidades: São José dos Pinhais, Londrina, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Piên, Araucária e Maringá.

“É uma medida a favor do desenvolvimento do Paraná, de novos investimentos e geração de mais oportunidades de trabalho”, diz o prefeito Beto Richa.

A dívida da implantação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), iniciada nos anos 70, está incluída no projeto, que será sancionado nesta terça-feira (22). A dívida da implantação da CIC, atualmente, é de R$ 464 milhões. “A CIC fortalece a capital, toda a Região Metropolitana e todo o Estado do Paraná”, diz Richa.

A dívida da implantação da CIC era contestada na Justiça pela Prefeitura de Curitiba desde a década de 80. “A anistia arquiva o debate judicial e resgata este passivo para o Município”, diz Richa.

Em carta enviada ao governador, o prefeito agradece pela decisão em propor a iniciativa que passa a produzir os efeitos legais pretendidos. “Consolidada ao longo das últimas quatro décadas como pólo gerador de empregos, renda e impostos, a Cidade Industrial de Curitiba tem agora a oportunidade, por esse ato do Governo do Estado, de ver a correção de um passivo que ainda ensejava um longo e desgastante debate judicial sobre a sua solução”.

O projeto da CIC, lançado em 1973, detalhava para fins de desapropriação cerca de 27,6 milhões de metros quadrados na região sul de Curitiba, onde foi implantada a Cidade Industrial.

Hoje, a CIC configura-se como um bairro de grande concentração de tecnologia, produtos estratégicos e empregos de alta qualificação. Atualmente estão instaladas 6.200 empresas, com cerca de 1.200 indústrias, 3 mil comércios e 2 mil empresas de serviços. Estas empresas geram, formalmente, cerca de 30 mil empregos diretos e 80 mil empregos indiretos.

A CIC foi criada para substituir o então esgotado distrito industrial do bairro Rebouças. O projeto também foi impulsionado pela política nacional de descentralização industrial e pela necessidade de alterar a dinâmica produtiva baseada no setor primário.

Foram oferecidos incentivos fiscais, como isenção de ICMS e IPTU e áreas com financiamento direto e de longo prazo, e físicos (serviços de demarcação de áreas e terraplanagem). O período mais intenso de industrialização ocorreu na década de 90, quando cerca de 60% das empresas iniciaram suas atividades.

Praticamente toda a infraestrutura urbana foi adaptada para proporcionar condições adequadas à nova organização espacial exigida para o bairro que, hoje, concentra o maior número de indústrias do município, além de ser o mais populoso de Curitiba, com cerca de 180 mil habitantes, cerca de 10% da população do município.

“A implantação da CIC alterou para sempre a configuração de Curitiba, transformou-a em um dos mais importantes polos industriais do Brasil, promovendo desenvolvimento urbano, geração de emprego e renda”, diz Richa.

Curitiba é hoje o quinto município mais rico do País, com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 37,79 bilhões em 2007, dado mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB de Curitiba representa 1,42% do PIB brasileiro, que foi de R$ 2,66 trilhões em 2007. A participação de Curitiba no PIB do Paraná é de 23,4%.

A pesquisa também mostra crescimento no PIB do Paraná. Em 2007, ele somava R$ 161,58 bilhões (6% do PIB nacional); em 2006, era de R$ 136,61 bilhões (5,7% do PIB nacional).

Curitiba foi o município brasileiro com o maior crescimento do PIB, de 17,5%, em relação a 2006, quando o PIB da cidade foi de R$ 32,15 bilhões. Desde 2002, quando era de R$ 20,5 bilhões, o PIB de Curitiba cresceu 90%, com estimativa de chegar a R$ 39 bilhões em 2008.

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