Na cidade, por determinação do Ministério Público, só o lixo devidamente separado é recolhido pela prefeitura. Medida auxilia cooperativa de catadores de recicláveis
Enquanto na maioria dos municípios os materiais recicláveis, que poderiam voltar para o ciclo de produção como novos produtos, além do resíduo orgânico, que poderia ser destinado à fertilização do solo, continuam sendo enterrados em lixões irregulares, em Nova Esperança (a 45 quilômetros de Maringá), quase que a totalidade das 25 toneladas diárias de lixo é devidamente separada e destinada à reciclagem.
Além de alterar a concepção que a população tinha sobre lixo, essa mudança de hábito está proporcionando uma nova vida a dezenas de pessoas carentes, que antes viviam de revirar o lixão e hoje trabalham em ambiente mais confortável, menos insalubre e ganhando o dobro .
Tudo começou em março deste ano, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um projeto da prefeitura e liberou R$ 933 milhões para a constituição de uma cooperativa de recicladores, a Cocamare. Dessa forma, o ex-zelador Francisco Almeida de Santana, 61 anos, que há 20 anos trabalhava “catando coisas” no lixão, tornou-se presidente da nova entidade.
A prefeitura cede seus próprios caminhões coletores para levar a reboque carretinhas da cooperativa e catadores trabalham lado a lado com os lixeiros.
Mas, decisiva foi a entrada na Promotoria de Justiça na história. O promotor Nivaldo Bazotti baixou uma determinação para que os coletores da prefeitura não recolham lixo que não esteja separado e hoje, oito meses depois, mais de 90% dos domicílios de Nova Esperança deixam na calçada sacolas em que estão separados papel, plástico, garrafas PET, vidro e resíduos orgânicos.
O material recolhido é vendido e, assim, os membros da Cocamare conseguem um ganho de cerca de R$ 500 por mês, o dobro que ganhavam no lixão insalubre e fétido. “Em apenas 5% das casas os moradores estão deixando de separar o lixo”, diz Benedito Baeta, motorista de caminhão coletor da prefeitura.
Para Adriana dos Santos Peres, 35 anos, mãe de dois filhos, o sistema de recolhimento de lixo é uma nova vida. Ela cresceu no lixão com a família inteira, até dormia lá, mas conseguiu estudar, terminou o 2º grau e agora, ainda mexendo com lixo no galpão improvisado no antigo armazém do IBC, estuda informática para trabalhar na administração da cooperativa que ajudou criar. “Agora sei que posso realizar o sonho de fazer uma faculdade”, diz.
quero saber mais sobre a coperativa .
ResponderExcluirum meio de preserva o meio ambiente e mais enprego .
meu nome e ana barcki .
sou de foz do iguaçu
tenho minha enbresa mas me interesei muito por este negocio espro uma resposta
ana_barcki@hotmail.com