Companhias do estado lideram em receita, lucro e rentabilidade, e apresentam o menor índice de endividamento
Pelo terceiro ano consecutivo, as empresas paranaenses são as campeãs em receita bruta, rentabilidade e lucro líquido do Sul do país, segundo ranking 500 Maiores do Sul, divulgado ontem pela revista Amanhã e pela consultoria PwC.
A hegemonia do Paraná começa pelo principal critério de classificação do ranking, calculado pelo Valor Ponderado de Grandeza (VPG), que resulta da soma ponderada de três grandes números de um balanço: patrimônio (com peso de 50%), receita bruta (peso de 40%) e lucro líquido (10%). A soma dos VPGs das empresas paranaenses foi de R$ 111,1 bilhões ante R$ 109,8 bilhões das gaúchas. No lucro líquido, Paraná somou R$ 13,0 bilhões e o Rio Grande do Sul, R$ 9,1 bilhões.
VPG
O Valor Ponderado de Grandeza (VPG) é o principal critério para classificação das empresas no levantamento da revista Amanhã. É um índice composto, que resulta da soma ponderada de três grandes números de um balanço: patrimônio (com peso de 50%), receita bruta (peso de 40%) e lucro líquido (10%).
Somadas, as 179 companhias do estado que figuram no levantamento somaram R$ 170 bilhões em receita bruta no ano passado – 38% do total da região. O Rio Grande do Sul, que tem o maior número de empresas (202) ficou com R$ 167 bilhões – 37% das vendas. As 119 empresas de Santa Catarina somaram R$ 113 bilhões (25%).
A Vivo se manteve como a maior empresa do Paraná e a terceira maior da região Sul, seguida pelo HSBC e pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), que no ano passado trocaram de posições. Em termos regionais, a Gerdau repetiu o desempenho do ano passado e se manteve como a maior do Sul do país.
O aumento do poder de compra e do consumo do brasileiro, graças principalmente ao aumento do acesso ao crédito e às políticas de transferência de renda tiveram reflexo nas vendas das empresas do Sul. A receita das 500 empresas cresceu 14% em 2011 na comparação com o ano anterior, para R$ 450 bilhões.
Governança
O VPG das empresas da região avançou 11,9% em relação a 2010, para R$ 293,5 bilhões, mostrando um vigor da economia do Sul superior à média nacional, segundo o sócio da PwC Carlos Bierdemann. De acordo com ele, as empresas do Sul vêm registrando melhores práticas de governança corporativa e gestão, o que lhes garante bons resultados. Apesar do crescimento, houve poucas mudanças nos rankings de empresas, segundo Eugenio Esber, diretor de redação da revista Amanhã.
No Paraná, o grande destaque foi o parque automotivo. “O alto grau de investimento e o aumento do patrimônio dessas empresas, em especial da Renault, elevaram os índices do estado”, afirma. A montadora francesa, que na edição anterior estava em décimo lugar no ranking das 500 maiores em 2010, subiu para sétima posição em 2011. A maior participação do sistema financeiro, com o HSBC, também contribuiu para o resultado do estado, ao desbancar a Copel da segunda colocação no Paraná.
Em contrapartida, as empresas registraram margens mais apertadas e maiores prejuízos do que em 2010. Entre as 100 maiores do Paraná, a soma dos lucros cresceu 14,9%, para R$ 12,3 bilhões, mas os prejuízos mais que triplicaram, passando de R$ 117,2 bilhões, em 2010, para R$ 434,4 bilhões em 2011. O resultado no vermelho foi puxado pelos grupos Positivo Informática, com prejuízo de R$ 67,9 milhões, Cia Iguaçu (45,2 milhões) e Apaba Batistella (R$ 47,8 milhões). O estado campeão em prejuízos foi o Rio Grande do Sul, com R$ 1,4 bilhão. As empresas catarinenses, por outro lado, tem a maior taxa de endividamento sobre os ativos, com 54%.
Cristina Rios - A repórter viajou a convite da Revista Amanhã
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