quinta-feira, 9 de agosto de 2012

::: PRODUÇÃO - Atividade da mandiocultura vive tempos de estabilidade

O preço se fixou na casa dos R$ 200,00, com pequenas variações. Nesta semana, por exemplo, o preço é de R$ 204,00 a tonelada, como informa o Deral, da Secretaria de Estado da Agricultura - Núcleo Regional de Paranavaí
Atividade da mandiocultura vive tempos de estabilidade   
Farinha de mandioca ganhou mais espaço no Nordeste este ano - Foto: Fabiano Fracarolli/Arquivo
A mandiocultura, uma das principais atividades agrícolas de Paranavaí e da região, vive tempos de estabilidade. O preço se fixou na casa dos R$ 200,00, com pequenas variações.
Nesta semana, por exemplo, o preço é de R$ 204,00 a tonelada, como informa o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura - Núcleo Regional de Paranavaí. Na semana anterior a cotação estava em R$ 218,00. A safra se estende até setembro e a previsão é de cenário semelhante no ano que vem.
Coordenador do Centro Tecnológico da Mandioca, Claodemir Grolli informa que o mercado está equilibrado, sem excesso ou falta do produto. Ele explica que o período de maio a setembro é considerado safra porque coincide com o vencimento da maioria dos arrendamentos de terra. Mas, ressalva que a colheita acontece o ano todo.
Grolli é um dos que apostam na estabilidade no preço, já que a média histórica dos últimos seis anos aponta para isso. Em 2009, por exemplo, a média foi da cotação da tonelada foi de R$ 250,00; no ano passado ficou perto de R$ 230,00. Para esse ano, a expectativa é de números muito parecidos, portanto, não deve haver cenários parecidos com os de 2004, quando o preço chegou a R$ 40,00 a tonelada.
Técnico agrícola, Grolli lembra que o ponto de equilíbrio da atividade gira em aproximadamente R$ 150,00 a tonelada (custo total de produção). No caso de arrendamentos, o valor sobe um pouco, atingindo até R$ 180,00. No caso de terra arrendada, a margem de lucro é pequena, demonstra. Neste caso, o segredo é a busca da produtividade. Atingindo entre 70 e 80 toneladas por alqueire, o produtor consegue uma remuneração satisfatória.
A área plantada está em 57 mil hectares na região. A expectativa de produção se situa na faixa de 1,3 mil toneladas por hectare. Da produção, 250 mil toneladas serão destinadas à fécula e outras 200 mil toneladas para a produção de farinha. Para o próximo ano, reforça, a previsão é de estabilidade de área e de produção, com possibilidade de um pequeno crescimento na produção de fécula.
MERCADO NORDESTINO - A única alteração significativa no cenário atual é a baixa produção do Nordeste brasileiro, especialmente da Bahia. Isso tem levado a uma procura maior por farinha de mandioca. Na região, as farinheiras continuam trabalhando, enquanto as fecularias se encontram com a produção interrompida.
A estabilidade no mercado é reforçada pelo produtor Cleto Janeiro. Liderança do setor produtivo, ele reforça que o cenário deve ser parecido, já que a área plantada e a produção serão parecidas no ano que vem. Portanto, não haverá falta de matéria-prima, analisa. Ele também cita a queda de produção no Nordeste, mas analisa que o mercado se equilibra.
O que está cada vez mais raro é o produtor ocasional, chamado “aventureiro” pelo setor. Grolli lembra que cada vez mais é preciso profissionalismo. Contribui para esse cenário a estabilidade do segmento e a própria busca por terras arrendadas. Hoje há um acirramento nesta busca, até por conta da ampliação da área plantada com cana-de-açúcar.
 
Diário do Noroeste 

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