Ontem pela manhã tomou posse na presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) o prefeito de Alto Paraná, Cláudio Golemba, que substitui Álvaro de Freitas Netto (Arapongas), prefeito de Loanda. No seu pronunciamento, Golemba lamentou que algumas prefeituras paguem outros fornecedores de maneira prioritária em detrimento ao compromisso com o CIS. “Aqui é prioridade”, ressalta, informando que vai solicitar que os prefeitos mantenham o repasse em dia.
O orçamento do CIS é de R$ 9 milhões ao ano. Porém, como diz o presidente, nem sempre o montante previsto entra nos cofres. Apenas a folha de pagamento dos 104 funcionários totaliza cerca de R$ 270 mil ao mês.
Médico, o novo presidente pediu a participação de todos os municípios para a melhoria continuada dos serviços de saúde prestados à população. Também quer mobilização para que seja aprovada a proposta de emenda constitucional 29 (PEC 29) em trâmite na Câmara dos Deputados Federais.
A PEC 29 prevê o aumento dos percentuais a serem investidos em saúde pelo Governo Federal para 10% do orçamento. Hoje esse investimento não passa de 6%. Enquanto isso, municípios como Paranavaí chegam a investir mais de 25%.
Além da luta por mais investimentos federais, o presidente lembra que os prefeitos têm a palavra do governador Beto Richa de que deve melhorar o repasse para consultas especializadas. Ele lembra a responsabilidade que recai sobre os prefeitos quando o assunto é saúde.
Golemba informou ainda que o Consórcio tem cerca de R$ 600 mil para receber, contabilizando repasses do Governo do Estado e das prefeituras. Esse é também o montante de compromissos financeiros que precisam ser honrados pelo CIS, ou seja, é uma situação de equilíbrio se as partes estiverem em dia com os repasses.
O novo presidente reconhece que alguns profissionais não recebem o valor ideal, mas o possível para o CIS. Ainda assim, trabalham com amor e dedicação, elogia, complementando que carinho e profissionalismo são características que não podem faltar nos serviços de saúde.
Por fim, contenta-se que a região não apresenta dramas de erros ou negligência, como tem sido comum em outros estados, virando notícia de grande repercussão. O mandato de presidente do Consórcio é de dois anos.
A posse do Consórcio foi marcada para ontem por questões legais, já que o presidente tem uma série de papéis para assinar já no começo do ano. Não poderia esperar até o final do mês quando haverá reunião da Amunpar.
DN - Texto: ADÃO RIBEIRO Foto: Fabiano Fracarolli
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