Vanessa, Pio e Costa: envolvidos no assassinato de Paolicchi |
O pai de Vagner Eizing Ferreira Pio, acusado de ser o mentor intelectual do assassinato do ex-secretário de Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, crime, teve participação na trama criminosa. A afirmação é do delegado Nagib Nassif Palma, responsável pelas investigações, e foi feita durante a apresentação de quatro pessoas acusadas de participação na execução de Paolicchi, nesta terça-feira (29), na 9ª SDP, em Maringá.
De acordo com o delegado, o pai de Vagner tinha conhecimento do planejamento do crime e providenciou a vinda para Maringá de Éder Ribeiro da Costa, que é casado com Vanessa Eizing Ferreira, 22 anos, irmã de Vagner. Ainda segundo a polícia, Éder seria o responsável por desferir os tiros que mataram o ex-secretário.
Diante das revelações da participação do pai de Vagner no crime, a polícia está providenciando a representação para prisão do novo suspeito.
Réus confessos
Os dois rapazes confessaram o crime. A irmã de Vagner, Vanessa Eizing Ferreira, 22 anos, disse saber que o irmão e o marido haviam executado Paolicchi, mas ficou em silêncio. Ela nega qualquer participação no caso.
A chave do carro de Paolicchi foi encontrada na casa de Vagner. A arma utilizada para assassinar o ex-secretário ainda não foi localizada. Arthur Vacellai Paulino, 23 anos, que teria escondido a arma (um revólver calibre 32), nega o envolvimento na execução.
Álibi e execução
Segundo a polícia, no dia em que foi assassinado, Paolicchi deixou o prédio em que morava, acompanhado de Vagner. O ex-secretário deu uma carona em seu automóvel ao companheiro. Eles se dirigiram até o hospital, onde Vagner visitaria a mãe doente.
Quando parou o carro no estacionamento do hospital, Vagner desceu para ver a mãe - o que seria seu álibi. Paolicchi foi rendido por Costa, amarrado e amordaçado e colocado no porta-malas. Costa dirigiu até Floriano, onde executou Paolicchi no porta-malas.
Foram disparados cinco tiros e pelo menos um dos projéteis arrancou alguns dentes do executado. Inicialmente, havia a hipótese que Paolicchi havia sido torturado por conta dos dentes arrancados, fato que foi desmentido pela autópsia.
Dívida e drogas
Durante o depoimento, Vagner disse que Paolicchi era usuário de cocaína. Afirmou, ainda, que Costa seria o fornecedor da droga para o ex-secretário que, por conta do vício, teria adquirido uma dívida de R$ 4 mil com o traficante.
De olho na fortuna
Segundo o delegado Palma, a motivação do crime foi financeira. O intuito de Vagner, com quem Paolicchi celebrou uma união estável em comunhão universal, era herdar os bens de Paolicchi, bem como uma pensão a que teria direito.
Clóvis Augusto Melo , com informações de Roberto Silva - O Diário