quarta-feira, 16 de novembro de 2011

::: GRANA EXTRA - Pagamento de dívidas será principal uso do 13.º salário

Pensar primeiro na saúde financeira para depois presentear as pessoas é a orientação dos especialistas em finanças pessoais

A compra de presentes e o gasto com festas estão na retaguarda das intenções de uso do 13.º salário pelos curitibanos, de acordo com um levantamento da Paraná Pesquisas feito com exclusividade para a Gazeta do Povo. Pouco mais da metade dos entrevistados (50,57%) coloca em primeiro lugar o pagamento de dívidas, seguido pela poupança (14,18%), pelo investimento em viagens (9,20%) e pela construção ou reforma da casa (8,43%). A pesquisa mostra ainda que o valor de cada presente deve ficar próximo de R$ 50, confirmando as expectativas da Associação Comercial do Paraná (ACP), que vem percebendo redução na intenção de gastos desde outubro e prevê um Natal de consumo mais modesto em 2011.
Pensar primeiro na saúde financeira para depois presentear as pessoas é a orientação dos especialistas em finanças pessoais, que destacam as contas do início de ano como uma das razões para que o dinheiro vá para a poupança. “Aqueles que vão pagar dívidas devem aprender a lição para no ano que vem poder fazer como os outros, que vão investir ou viajar com o dinheiro extra”, recomenda o consultor de finanças pessoais Altemir Farinhas.
O assessor executivo e estudante de Direito Roberto Simoni Neto, de 20 anos, já definiu o destino do seu primeiro 13.º salário: aplicações na previdência privada. Todo o mês ele investe entre R$ 150 e R$ 200 nesta aplicação, e coloca outros R$ 50 na poupança. “Meu décimo terceiro vai inteiro para a previdência. Já aprendi a viver com o meu salário mensal e este extra vai para o planejamento do futuro. Posso usar a remuneração das férias e do abono para gastar”, avalia.
Infelizmente, na opinião do professor de finanças de MBA do ISAE/FGV Marco Cunha, o perfil do estudante não é a média do brasileiro, que no geral usa o dinheiro para pagar contas ou gastar com as festas de fim do ano. “É preciso ter responsabilidade financeira para planejar o décimo terceiro como aplicação. As pessoas precisam deixar de ser imediatistas e pensar em investimentos”, alerta.
De acordo com a pesquisa, apenas 7% dos entrevistados pretendem gastar o dinheiro extra com presentes de Natal. Mesmo assim, três em cada quatro curitibanos comprarão ao menos uma lembrança neste fim de ano, 57% vão dar pelo menos quatro presentes e 66% gastarão até R$ 50 com cada compra.
Pelo número de lembranças e pelo preço delas, os moradores de Curitiba devem deixar ao menos R$ 200 no comércio, para a alegria dos lojistas da cidade. O dinheiro, à vista, ainda é a forma preferida de pagamento entre os curitibanos.
O consultor econômico da ACP, Claudio Shimoyama, ressalta que apesar dos tíquetes médios mais baixos que no ano passado, os consumidores irão às compras neste ano. “Eles vão quitar suas contas e voltar a consumir. Por isso um alerta aos comerciantes: negociem as dívidas porque os clientes estão dispostos a voltar ao comércio”, salienta.

Comércio
Lojistas apostam em alta de 8% nas vendas
O levantamento da Paraná Pesquisas demonstra que o comportamento de mais cautela do consumidor neste fim de ano já era o esperado pelos lojistas. A última pesquisa da Associação Comercial do Paraná (ACP), feita em outubro, revela que o otimismo do comércio caiu nos últimos meses. A expectativa de crescimento também mudou. Em setembro, estimava-se alta nas vendas de 14%, mas agora se fala em 8%.
Apesar de 57% dos comerciantes responderem que vão incrementar seus estoques, houve uma queda significativa desse porcentual, que já foi de 80% em setembro, revelando maior prudência dos lojistas. A diminuição do poder aquisitivo, a queda de expectativa futura do consumidor e a desaceleração das vendas depois do Dia das Crianças explicariam essa cautela.
A sondagem da ACP, encomendada ao Instituto Datacenso, ouviu 200 comerciantes de Curitiba, entre 25 e 28 de outubro, com margem de erro de 7%.
Orientações
O professor de Finanças do MBA do ISAE/FGV Marco Cunha cita três dos perfis mais comuns de consumo entre os brasileiros. Veja qual o seu e saiba o que fazer com o dinheiro extra que chega nas próximas semanas:
-> Endividado: a chegada do 13º salário é o momento certo para quitar as dívidas. Procure dar preferência às contas com juros mais altos, como o cartão de crédito e o cheque especial. Tente quitar o máximo de dívidas possível; pense bem antes de fazer novas contas nesse período; e foque na poupança.
-> Gastador: o brasileiro tem o hábito histórico de planejar a chegada do 13º salário com gastos, seja com a compra de produtos que têm anseio de ter ou para presentear os familiares. A recomendação é que se tenha um pouco mais de paciência na hora de tomar a decisão de gastar o dinheiro extra – se possível, separe um pouco para as contas de início do ano.
-> Consciente: uma opção prudente para “gastar” o 13º salário é guardá-lo para quitar as dívidas que provavelmente pesarão no bolso no próximo ano. Nesse caso, a dica é separar o dinheiro extra para o pagamento de impostos, como o IPTU e o IPVA, e despesas referentes à escola dos filhos, como material e uniforme. Quem gasta todo o dinheiro no fim do ano pode voltar à rotina no ano que vem com descontrole das finanças.
Pensar primeiro na saúde financeira para depois presentear as pessoas é a orientação dos especialistas em finanças pessoais, que destacam as contas do início de ano como uma das razões para que o dinheiro vá para a poupança. “Aqueles que vão pagar dívidas devem aprender a lição para no ano que vem poder fazer como os outros, que vão investir ou viajar com o dinheiro extra”, recomenda o consultor de finanças pessoais Altemir Farinhas.
O assessor executivo e estudante de Direito Roberto Simoni Neto, de 20 anos, já definiu o destino do seu primeiro 13.º salário: aplicações na previdência privada. Todo o mês ele investe entre R$ 150 e R$ 200 nesta aplicação, e coloca outros R$ 50 na poupança. “Meu décimo terceiro vai inteiro para a previdência. Já aprendi a viver com o meu salário mensal e este extra vai para o planejamento do futuro. Posso usar a remuneração das férias e do abono para gastar”, avalia.
Infelizmente, na opinião do professor de finanças de MBA do ISAE/FGV Marco Cunha, o perfil do estudante não é a média do brasileiro, que no geral usa o dinheiro para pagar contas ou gastar com as festas de fim do ano. “É preciso ter responsabilidade financeira para planejar o décimo terceiro como aplicação. As pessoas precisam deixar de ser imediatistas e pensar em investimentos”, alerta.
De acordo com a pesquisa, apenas 7% dos entrevistados pretendem gastar o dinheiro extra com presentes de Natal. Mesmo assim, três em cada quatro curitibanos comprarão ao menos uma lembrança neste fim de ano, 57% vão dar pelo menos quatro presentes e 66% gastarão até R$ 50 com cada compra.
Pelo número de lembranças e pelo preço delas, os moradores de Curitiba devem deixar ao menos R$ 200 no comércio, para a alegria dos lojistas da cidade. O dinheiro, à vista, ainda é a forma preferida de pagamento entre os curitibanos.
O consultor econômico da ACP, Claudio Shimoyama, ressalta que apesar dos tíquetes médios mais baixos que no ano passado, os consumidores irão às compras neste ano. “Eles vão quitar suas contas e voltar a consumir. Por isso um alerta aos comerciantes: negociem as dívidas porque os clientes estão dispostos a voltar ao comércio”, salienta.
Comércio
Lojistas apostam em alta de 8% nas vendas
O levantamento da Paraná Pesquisas demonstra que o comportamento de mais cautela do consumidor neste fim de ano já era o esperado pelos lojistas. A última pesquisa da Associação Comercial do Paraná (ACP), feita em outubro, revela que o otimismo do comércio caiu nos últimos meses. A expectativa de crescimento também mudou. Em setembro, estimava-se alta nas vendas de 14%, mas agora se fala em 8%.
Apesar de 57% dos comerciantes responderem que vão incrementar seus estoques, houve uma queda significativa desse porcentual, que já foi de 80% em setembro, revelando maior prudência dos lojistas. A diminuição do poder aquisitivo, a queda de expectativa futura do consumidor e a desaceleração das vendas depois do Dia das Crianças explicariam essa cautela.
A sondagem da ACP, encomendada ao Instituto Datacenso, ouviu 200 comerciantes de Curitiba, entre 25 e 28 de outubro, com margem de erro de 7%.
Orientações
O professor de Finanças do MBA do ISAE/FGV Marco Cunha cita três dos perfis mais comuns de consumo entre os brasileiros. Veja qual o seu e saiba o que fazer com o dinheiro extra que chega nas próximas semanas:

-> Endividado: a chegada do 13º salário é o momento certo para quitar as dívidas. Procure dar preferência às contas com juros mais altos, como o cartão de crédito e o cheque especial. Tente quitar o máximo de dívidas possível; pense bem antes de fazer novas contas nesse período; e foque na poupança.

-> Gastador: o brasileiro tem o hábito histórico de planejar a chegada do 13º salário com gastos, seja com a compra de produtos que têm anseio de ter ou para presentear os familiares. A recomendação é que se tenha um pouco mais de paciência na hora de tomar a decisão de gastar o dinheiro extra – se possível, separe um pouco para as contas de início do ano.

-> Consciente: uma opção prudente para “gastar” o 13º salário é guardá-lo para quitar as dívidas que provavelmente pesarão no bolso no próximo ano. Nesse caso, a dica é separar o dinheiro extra para o pagamento de impostos, como o IPTU e o IPVA, e despesas referentes à escola dos filhos, como material e uniforme. Quem gasta todo o dinheiro no fim do ano pode voltar à rotina no ano que vem com descontrole das finanças.

Pensar primeiro na saúde financeira para depois presentear as pessoas é a orientação dos especialistas em finanças pessoais, que destacam as contas do início de ano como uma das razões para que o dinheiro vá para a poupança. “Aqueles que vão pagar dívidas devem aprender a lição para no ano que vem poder fazer como os outros, que vão investir ou viajar com o dinheiro extra”, recomenda o consultor de finanças pessoais Altemir Farinhas.

O assessor executivo e estudante de Direito Roberto Simoni Neto, de 20 anos, já definiu o destino do seu primeiro 13.º salário: aplicações na previdência privada. Todo o mês ele investe entre R$ 150 e R$ 200 nesta aplicação, e coloca outros R$ 50 na poupança. “Meu décimo terceiro vai inteiro para a previdência. Já aprendi a viver com o meu salário mensal e este extra vai para o planejamento do futuro. Posso usar a remuneração das férias e do abono para gastar”, avalia.

Infelizmente, na opinião do professor de finanças de MBA do ISAE/FGV Marco Cunha, o perfil do estudante não é a média do brasileiro, que no geral usa o dinheiro para pagar contas ou gastar com as festas de fim do ano. “É preciso ter responsabilidade financeira para planejar o décimo terceiro como aplicação. As pessoas precisam deixar de ser imediatistas e pensar em investimentos”, alerta.

De acordo com a pesquisa, apenas 7% dos entrevistados pretendem gastar o dinheiro extra com presentes de Natal. Mesmo assim, três em cada quatro curitibanos comprarão ao menos uma lembrança neste fim de ano, 57% vão dar pelo menos quatro presentes e 66% gastarão até R$ 50 com cada compra.
Pelo número de lembranças e pelo preço delas, os moradores de Curitiba devem deixar ao menos R$ 200 no comércio, para a alegria dos lojistas da cidade. O dinheiro, à vista, ainda é a forma preferida de pagamento entre os curitibanos.

O consultor econômico da ACP, Claudio Shimoyama, ressalta que apesar dos tíquetes médios mais baixos que no ano passado, os consumidores irão às compras neste ano. “Eles vão quitar suas contas e voltar a consumir. Por isso um alerta aos comerciantes: negociem as dívidas porque os clientes estão dispostos a voltar ao comércio”, salienta.

João Pedro Schonarth

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá Leitor (a) do Blog Opinião do Zé!
Obrigado por participar e deixar este espaço ainda mais democrático...