quinta-feira, 24 de novembro de 2011

::: RODOVIAS - Preço do pedágio no Paraná vai subir em dezembro. Reajuste será de 4,53%

Diferente do que ocorreu nos oito anos anteriores, empresas não precisarão recorrer à Justiça para assegurar reajuste
Quem sair de Nova Esperança com destino a Maringá, pagará R$ 7,90 de pedágio na Praça de Presidente Castelo Branco

A partir do próximo dia 1º, as tarifas de pedágio serão reajustadas em 4,53% em todas as praças das seis concessionárias que atuam no Anel de Integração do Estado (Econorte, Viapar, Ecocataratas, Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia). Esse reajuste, baseado em uma fórmula própria do setor, fica abaixo da inflação, que nos últimos 12 meses registrou índice de quase 7%.

Calculados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), os novos valores foram divulgados ontem, depois de aprovação pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná. De acordo com o DER, houve arredondamentos no valor das tarifas ''após feitos os cálculos aplicáveis aos preços, que podem ocasionar pequenas diferenças percentuais para mais ou para menos''. O governo estadual destacou que o aumento do preço também ficou abaixo da variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está em 6,97%, e do Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M), de 6,79%.

Com os novos valores, uma viagem de carro de Londrina para Curitiba, por exemplo, vai custar R$ 39,40, passando por cinco praças de pedágio. Embora o percentual seja o mesmo aplicado a todas as praças, os maiores valores pagos ficam na BR-277, administrada pela Ecovia. Um carro de passeio vai passar a pagar, em uma única praça (São José dos Pinhais), o preço de R$ 13,90, enquanto o valor para a moto fica em R$ 7,00. Um caminhão com dois eixos, por exemplo, que tenha o Porto de Paranaguá como destino, vai desembolsar R$ 23,40 e, um caminhão com reboque, de seis eixos, R$ 70,20, somente no trecho entre Curitiba e o litoral.

A explicação para que o aumento tenha ficado abaixo da inflação passa pela fórmula que agrega índices específicos, como terraplenagem, pavimentação, obras de artes especiais e serviços de consultoria, além dos índices Nacional do Custo da Construção Civil (INCC), e o Geral de Preços do Mercado (IGP-M). A conta é feita tendo como base pesos diferentes para cada um desses percentuais.

O reajuste das tarifas do pedágio do Anel de Integração é anual e está previsto em contrato firmado entre o governo do Estado e as concessionárias desde o início da operação das praças, em 1998. No ano passado, o reajuste foi de 5% em todas as praças. Nos outros anos, os valores variavam. Em 2009, foi 1,25% a mais nas praças administradas pela Econorte; 2,20% na Viapar; 1,53% na Ecocataratas; 1,40% na Caminhos do Paraná; 1,50% na Rodonorte e 1,60% na Ecovia. Em 2008, o reajuste chegou a 9,74% em todas elas.

Desta vez, diferente do que ocorreu durante os oito anos de governo Roberto Requião (PMDB), as concessionárias não precisarão recorrer à Justiça para garantir a aplicação do aumento. Com a bandeira ''ou abaixa ou acaba'', Requião recusava-se a conversar com as concessionárias e a autorizar os reajustes. Isso não impediu que, em todos os anos, as pedageiras obtivessem decisões favoráveis na Justiça. A concessão deve ser mantida até o ano de 2022.
Luciana Cristo
Equipe da Folha

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