terça-feira, 29 de novembro de 2011

::: POLICIAL - Polícia Civil prende três homens e uma mulher acusados de assassinar Paolicchi


Segundo polícia, companheiro do ex-secretário da Fazenda de Maringá teria planejado um seqüestro que não deu certo e terminou no homicídio no fim de outubro deste ano

Quatro acusados envolvidos na morte do ex-secretário da Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi foram presos em Paranavaí, na região Noroeste do Paraná, na manhã desta terça-feira (29). Paolicchi, de 54 anos, foi encontrado morto na noite de 27 de outubro, no porta-malas de seu carro, no distrito de Floriano.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Osnildo Lemes, o mandante do crime seria o companheiro de Paolicchi, Vagner Eizing Ferreira Pio, de 25 anos, que é um dos presos, ao lado de outros dois homens e uma mulher. Até as 9 horas, a informação divulgada era de que o companheiro havia planejado um sequestro para extorquir dinheiro do ex-secretário. No entanto, como a vítima teria descoberto seu envolvimento, o grupo decidiu pela morte dele.

A Polícia Civil ainda busca em Paranavaí outros envolvidos no crime, como é o caso de um homem que teria ficado responsável por esconder a arma utilizada. Segundo Lemes, o serviço de inteligência da polícia teria chegado aos suspeitos por meio de histórico telefônico e também de e-mails do ex-secretário morto.

Segundo a Polícia Civil de Paranavaí, as prisões ocorreram em torno das 6 horas desta terça, a maioria delas no bairro Jardim Simone.

O registro de um chip de celular foi essencial para a polícia chegar aos suspeitos do assassinato do ex-secretário da Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi, que foi encontrado morto na noite em 27 de outubro deste ano. Foi por meio dessa informação que os investigadores do caso descobriram que o companheiro de Paolicchi, Vagner Eizing Ferreira Pio, de 25 anos, teria planejado um sequestro para extorquir dinheiro dele. A decisão de matá-lo também teria vindo do companheiro, após a vítima descobrir que ele estaria envolvido no planejamento do sequestro.

Segundo o delegado da Polícia Civil de Maringá, Osnildo Lemes, Pio contou com a ajuda de três pessoas no plano - Arthur Vacelai Paulino, Eder Ribeiro da Costa e Vanessa Ferreira Eizing, estes dois últimos namorados e ela, irmã de Pio. A informação é de que Paulino e Costa sequestraram e mantiveram Paolicchi no cativeiro, cuja localidade ainda é desconhecida. Pio e Vanessa não apareceram, porque eram conhecidos pela vítima. Em algum momento depois de ter sido sequestrado, o ex-secretário da Fazenda teria descoberto que o companheiro estava por trás de tudo e, então, foi assassinado.

Lemes comentou que um dos sequestradores colocou em algum momento o próprio chip no celular de Paolicchi. Ele não teria usado o aparelho, mas o celular registrou o número. Ao pedir a quebra do sigilo do celular da vítima, a polícia passou a rastrear o número do chip. Foi assim que os investigadores ouviram várias conversas entre Pio, Costa, Paulino e Vanessa, comentando sobre a repercussão do crime na imprensa.

Paolicchi foi morto com quatro tiros, disparados a curta distância. As balas atingiram a cabeça, o pescoço, uma das axilas e o abdômen. Nessa época, ele já havia registrado pelo menos três boletins de ocorrência para relatar ameaças feitas por credores.

A operação que culminou na prisão dos quatro acusados foi denominada de Nero, referência ao imperador romano relacionado à homossexualidade, e deve ser encerrada até o final da manhã desta terça. Uma coletiva de imprensa está programada para 11h30.

Paolicchi não foi torturado
O Instituto Médico Legal (IML) de Maringá descartou a hipótese de que Paolicchi foi torturado antes de morrer. Segundo o médico legista responsável pela análise do corpo, Airton Severino Piazza, não havia sinais de violência, apenas tiros e a falta de alguns dentes.
“Os tiros arrancaram alguns dentes da vítima, o que provocou especulações porque algumas pessoas acharam que ele havia sido torturado e os dentes arrancados. Mas realmente foram as balas que arrancaram”, disse Piazza.

Maria Carolina Caiafa e Fábio Guillen - Gazeta maringá  

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