terça-feira, 12 de julho de 2011

::: CONTORNO NORTE - Empreiteira de Maringá que fez doações eleitorais ampliou contratos em 1.237%

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, empreiteira Sanches Tripoloni fez doações de campanha a partidos da base aliada e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann

Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (12), a empreiteira Sanches Tripoloni, que tem sede administrativa em Maringá, aumentou em 1.273% seus contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de TransportesDnit) entre 2004 e 2010.
A reportagem mostra que a empreiteira fez diversas doações de campanha para partidos como PT, PMDB e PR - este responsável pelo Ministério dos Transportes. A atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), recebeu R$ 510 mil em doações da empresa na última campanha eleitoral.
Gleisi é casada com o ministro das comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR), que, em 2008, esteve presente no lançamento de um anel viário da Sanches Tripoloni em Maringá, ao lado do diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot.
Segundo o jornal, Pagot tem afirmado que recebia "ordem superiores" para adicionar aditivos nos contratos de prestação de serviços, o que poderia encarecer o custo das obras do departamento.
Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a Tripoloni fez doações que chegam a R$ 7,2 milhões em 2010, com um total de R$ 6,4 milhões (89,5%) reservado para políticos da base aliada do governo, e o restante para a oposição, com cerca de R$ 180 mil para José Serra (PSDB). A reportagem também diz que desde o governo Lula, a empresa cresceu nos contratos de R$ 20 milhões, em 2004, para R$ 267 milhões em 2010.
Em Maringá, a empreiteira Sanches Tripoloni aguarda a liberação de um contrato pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para a realização da segunda etapa do anel viário Contorno Norte.
Outro lado
Os ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann negaram ter feito qualquer tipo de intervenção para a realização dos contratos com o Dnit. Sobre as doações para a campanha de Gleisi, a ministra afirmou ao jornal que a iniciativa partiu da Tripoloni.
A reportagem da Folha de S. Paulo não conseguiu contato com os responsáveis da empresa Sanches Tripoloni.

GM

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