Antes de se tornar presidente, Lula foi protagonista de uma jornada tão dramática quanto as três disputas presidenciais perdidas antes de ser eleito. Em "Lula, o Filho do Brasil", que estreia amanhã nos cinemas, Luiz Inácio tem um destino grandioso.
A viagem para São Paulo, deixando para trás o sertão árido, é feita em pau-de-arara com seis irmãos, depois de uma carta recebida do primogênito, Jaime, em que ele ordena, fingindo ser ordem do pai, que a mãe venda tudo e vá com a família viver com ele em Santos, onde é estivador. Aí começam as desavenças: o pai, Aristides (Milhem Cortaz), fica enfurecido com a chegada da família.
Como num conto de fadas, a infância do menino Lula é cheia de privações, mas a pobreza é driblada com a pureza das crianças. Por ordem do pai, os meninos têm que trabalhar, mas Lula vai escondido à escola.
A professora (Lucélia Santos) percebe que o garoto tem talento, é dedicado, e propõe à Dona Lindu que o deixe adotá-lo. "Só quero que seu filho seja alguém", apela a mulher. Lindu tem a resposta pronta: "Ele já é alguém, é meu filho Luiz Inácio."
Lula (Rui Ricardo Diaz) segue nos estudos, incorruptível, e mesmo quando se apaixona por Lurdes (Cléo Pires), o namoro é de portão, comportado. O sonho do operário se desfaz logo quando a mulher morre no parto do primeiro filho, que também não resiste. E Lula busca abrigo na política.
A atuação de Rui Ricardo Diaz se ilumina quando seu personagem também se torna o líder de massas. A motivação aos companheiros vem em voz empostada no famoso discurso do estádio lotado da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. "Quando eu entrei lá, fiquei até assustado", lembra Diaz.
"Nunca tentei imitar o Lula, nem saberia. A preocupação é não ficar caricato, a caracterização está além disso", diz Rui Ricardo Diaz, e admite que teve que responder a isso por mais de uma vez.
Se com a barba cerrada ele parece nascido para o papel, mais magro (foram dez quilos ganhos em dois meses de gravações), de rosto limpo, mal parece o mesmo ator da telona.
"Quando me chamaram, até desconfiei. Achei que alguém tinha errado. Demorei para entender que eu era o Lula. Não me pareço com ele", comenta o ator, que passou dois meses estudando meticulosamente entrevistas do presidente dadas a programas de TV.
No filme, Lula ainda enfrenta a ditadura, casa-se novamente, agora com Marisa Letícia, recompõe a família, dá a volta por cima mais uma vez. "Esqueçamos a política, a história do cara é incrível mesmo", resumiu o diretor Fábio Barreto, antes de sofrer o grave acidente de carro que o impedirá de estar na estreia de sua obra. As informações são do Jornal da Tarde.
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