O senador Álvaro Dias (PSDB) desafiou ontem os tucanos que duvidam da existência de um acordo entre ele e o senador Osmar Dias (PDT), no sentido de que se os tucanos o indicarem candidato ao governo seu irmão irá desistir da própria candidatura. “Quem duvida, dou oportunidade para me desautorizar. Chamem eu e Osmar para uma reunião frente a frente e deem o xeque-mate, perguntem a ele”, provocou Álvaro.
Ele mudou o discurso mais uma vez ontem, embora não tenha alterado o objetivo. Indiretamente Álvaro disse que se não houver entendimento até 8 de fevereiro, não vai aceitar a decisão do diretório estadual, que se reunirá naquela data para decidir, no voto, entre ele e o prefeito de Curitiba Beto Richa, para ser o candidato do partido a governador do Paraná. Defendeu que nesse caso, a convenção partidária de junho seja soberana e dê a palavra final.
Álvaro voltou a pedir a realização de novas pesquisas cujos critérios devem ser formulados em conjunto, conforme foi combinado no ano passado entre ele e Richa, com aval do diretório nacional.
Na época, a consulta popular foi o compromisso assumido por ambos. Entende que a direção nacional do PSDB deve se envolver no processo de indicação do candidato no Paraná. Nesse caso, se o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, for “convincente” nas motivações para que desista, Álvaro disse que poderá atender.
O senador ressaltou, entretanto: “Candidatura oficial só na convenção de junho. Se não houver entendimento, só em junho”. Álvaro entende que antes da convenção a questão só pode ser resolvida pelo consenso, não pelo confronto. “Antes disso não há fórum legítimo para um confronto.
Continuo defendendo o entendimento, mas é difícil. Não sei o que ocorrerá no dia 8. Candidatura oficial e legal, só no mês de junho. Até lá tem muita coisa que pode acontecer”, afirmou Álvaro nessa entrevista a rádio CBN de Cascavel.
Já o prefeito Beto Richa, cujo grupo tem o controle do diretório estadual, se mostra tranqüilo. Diz que vai aceitar a decisão do diretório estadual no dia 8 próximo, seja ela qual for. Se a escolha recair sobre ele, deixa a prefeitura no dia 3 de abril e começa a pré-campanha e as articulações políticas. Richa é tido como o preferido da maioria dos 45 integrantes do diretório paranaense e avalia que o diretório nacional não irá interferir no processo de indicação. “Intervenção nacional aqui no Paraná o risco é zero”, disse.
A executiva estadual do partido também não acredita que isso ocorra. Álvaro pensa o contrário. “Imagino que ele (Guerra) deve vir ao Paraná antes do dia 1º, quando retomamos as sessões no Senado. Não gosto da ideia de intervenção nacional. Acho que há outros meios, mas é preciso fazer uma análise inteligente do quadro eleitoral”, desconversa o senador. Mas, a princípio, Álvaro mantém-se fiel ao critério de que as pesquisas de intenção de voto a serem feitas de agora em diante é que decidam quem será o candidato. Esse foi o compromisso assumido entre ele e Beto diante de Sérgio Guerra, relembra.
Fonte: Roseli Valério - De Curitiba
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