Para sindicalista, em Nova Esperança existem dois grupos políticos que brigam pelo poder e se revezam há anos, por isso é hora de mudança.
O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Esperança, Paulo Sérgio Hermínio Lucas, concedeu na manhã de terça-feira, 23 de agosto, entrevista ao Jornal Noroeste, e dentre diversos assuntos, falou da política, local, destacando que “a hora de mudança, dois grupos brigam pelo poder e se revezam há anos, fazendo do povo massa de manobra para manterem seus cargos, seus negócios, onde quem está dentro sangra pra não sair e quem está fora se esperneia para voltar, somos o novo que quer com o povo governar”, frisou o sindicalista, confira abaixo alguns pontos importantes da entrevistas.
Jornal Noroeste: Você tem desenvolvido através do convenio com o FETAEP/ Caixa a construção de casas populares no Campo, nos explique a respeito deste projeto?
Paulo Lucas: De fato há aproximadamente 2 anos a Fetaep/Sindicato, firmou um convênio com a Caixa no sentido de viabilizar a construção de casas para os agricultores e também aos assalariados rurais, foram feitas mais de 200 inscrições e na ocasião foi dito que o prazo para concluir seria de 2 a 3 anos porque o programa minha casa minha vida estava em construção, desta forma temos 1 ano para concluirmos este trabalho e dar esta alegria a estas pessoas que acreditaram e estão aguardando.
JN: Eleições 2012 - Paulinho Lucas, sua experiência frente ao Sindicato e como líder dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) o tem colocado como pré-candidato à prefeitura de Nova Esperança, qual seu posicionamento a respeito?
PL: Sempre estive a disposição do povo e do meu partido para representá-los tanto no legislativo quanto no executivo. Sou, até a presente data, indicado como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores tendo como inspiração a visão do sindicalista que mudou o Brasil e a expectativa de que mude também Nova Esperança.
JN: Em quanto a sua experiência no ramo sindical (Sindicato e Santa Casa) pode ser aplicada frente à administração municipal?
PL: Na Santa Casa aprendi que poucos recursos não deve ser sinônimo de má administração, é nesta hora que temos que mostrar a eficiência de todos os colaboradores para o serviço prestado. Já como sindicalista aprendemos a valorizar o ser humano não as coisas, a valorizar o outro e não a trabalhar em função própria ou de um grupo de pessoas e tive que buscar conhecimento sobre o trabalho e o trabalhador, sobre a empresa e o empregador, sobre o campo e sobre a cidade, a implantação de todos estes valores seriam eficazes em uma administração municipal.
JN: O que Nova Esperança, particularmente a população mais carente (a que mais necessita do Poder Público) pode esperar de uma eventual administração petista?
PL: Se a gente analisar a administração petista a nível nacional vê um grande avanço nas políticas públicas voltadas para as populações de baixa renda, valorização do salário mínimo, distribuição de renda com mais de 40 milhões de pessoas saindo do estado de miséria, diminuição das taxas de desemprego com criação de mais de 10 milhões de emprego, moradia com subsídios aos mais pobres e tantos outros que poderíamos citar, mas todos os programas têm que serem complementados pelo governo municipal para realmente terem sua eficácia e atingirem seus objetivos, vamos citar apenas um exemplo que é o bolsa família, onde o governo federal repassa o recurso para a família matar a fome. E onde estão os cursos que o Estado ou o município tem que fomentar para que estas famílias adquiram condições para saírem da condição de miséria?
JN: A sua influência junto ao poder federal (Dep. Fed. Assis do Couto, Ministra Gleisi) poder ser útil na sua eventual gestão?
PL: A grande maioria dos recursos que movem a máquina pública dos municípios são do Governo Federal, se com a atual administração que não é petista somente a Gleisi e os Deputados do PT já viabilizaram mais de 2 milhões em recursos para Nova Esperança com certeza recursos não haverão de faltar para alavancar Nova Esperança ao crescimento.
JN: Para ser eleito, além de um nome de consenso, a formação de um forte grupo político é imprescindível para o sucesso no pleito, o senhor se considera dentro deste perfil?
PL: É hora de mudança, dois grupos que brigam pelo poder e se revezam há anos, fazendo do povo massa de manobra para manterem seus cargos, seus negócios, onde quem está dentro sangra pra não sair e quem está fora se esperneia para voltar, somos o novo que quer com o povo governar, já conclamamos os que se dizem oposição para discutir o mandato em torno desta grande aliança popular e provavelmente como o PT tem no governo federal uma aliança com o PMDB não faltarão sugestões para que abramos espaços também para repetir a mesma dobrada, o tempo dirá.
JN: Se de fato o senhor for candidato e eleito, qual seria seu primeiro ato frente a administração, como prefeito?
PL: Preparar o Orçamento Participativo, ouvindo a população, suas representações, os comerciantes, os industriais, os prestadores de serviços, os agricultores e os servidores municipais, analisando o que, como, quando e onde fazer, quem não ouve o que precisa certamente não fará o que esperam dele.
JN: Nova Esperança é um micro pólo regional, o que o senhor planeja para reafirmar e ampliar esta condição?
PL: Nova Esperança deveria ser um pólo regional, nós temos aqui varias situações que se assemelham a um pólo regional, pois os governantes que por aqui passaram nas últimas décadas, quais deles trouxeram um plano de desenvolvimento regional e sustentável para Nova Esperança, quantos empregos foram gerados baseados nas ações destes prefeitos/as? Devido à minha pouca idade não me lembro, lembro-me de vários empresários que cresceram por conta própria e de varias empresas que se foram, ou melhor nem vieram, Paranacitrus, Citri agroindustrial, Fábrica de óleos, Leite Líder e tantas outras, com certeza nos seriamos um grande pólo regional, mas ainda é tempo e nós vamos planejar juntos.
JN: Nova Esperança tem um comércio forte, mantido pela sua população e cidades circunvizinhas. Como o senhor pretende transformar esta cidade num pólo industrial?
PL: Fazendo o inverso do que é realizado hoje, ao invés de brigar para que as empresas de ônibus coloquem mais ônibus para levar os nossos trabalhadores para fora da cidade, temos que fomentar para que estas mesmas empresas venham para cá, mantendo não só o trabalhador mais perto de casa como também a renda dele na nossa própria cidade, pois se aqui ele ganhar aqui ele vai gastar, e gastando aqui teremos que produzir mais, desta forma o comércio e a cidade cresce, o povo fica independente do poder publico e o município assume o papel de protagonista de vários municípios em seu entorno.
JN: Suas considerações finais fique à vontade!
PL: Segundo um princípio bíblico “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Um administrador público não deveria, baseado em sua fonte de arrecadação, dar a cada setor o retorno necessário para que esta fonte aumente ou mantenha sua arrecadação? O quanto se investe hoje na agricultura de nosso município, na indústria, no comércio, nos serviços? Pense nisto, obrigado pela oportunidade de tecer estas palavras.
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