No intervalo de uma palestra, ao assistir a posse do Deputado Everardo Oliveira da Silva, ex-Tiririca, me perguntei o que leva um artista a seguir a carreira política?
Para refletir a respeito partirei de dois crimes recentes: o do goleiro acusado de mandar matar a amante, sumindo com o corpo, e o do advogado acusado de afogar a ex-namorada na represa. A coisa mais importante para solucionar esses crimes é simples: a motivação.
Encontrada a motivação, a solução aparece. No caso do goleiro Bruno, a motivação foram as ameaças da vítima de contar o que sabia. No crime contra a advogada, a motivação não está clara e o suspeito continua livre.
Tudo que fazemos (tá bem, quase tudo), fazemos por algum motivo, já dizia Miguel de Cervantes: “Tirado o motivo, tirado o pecado”.
Existem várias definições para “motivação”. Uma que gosto muito é: motivação é o processo físico e psicológico que nos impulsiona em direção a um objetivo definido. Portanto motivação é um processo, uma somatória de forças. Se a motivação vem de dentro, é impulso. Vinda de fora, é incentivo.
Por exemplo, digamos que você é um homem heterossexual, essa coisa tão fora de moda. Sua necessidade de sexo (de dentro para fora) é o impulso que leva você a sair para “azarar” na noite. E a visão (de fora para dentro) da Mulher-Pêra na pista de dança da balada é o incentivo para que você tente abordá-la. É a soma do impulso com o incentivo que motiva a ação.
Se a única “moça” que você encontrar na balada for um travesti, o impulso terá que ser muito forte para complementar o fraco incentivo. A não ser que você seja chegado, é claro... E a recíproca é verdadeira. Uma mulher maravilhosamente sexy é o incentivo que desperta um fraco impulso.
Bem, mas esse é tema pra psicólogos. O que quero aqui é refletir sobre a motivação para alguém escolher a carreira de político.
Pensando no impulso (de dentro para fora) conclui que pode ser a vontade de fazer o bem a seus semelhantes, de contribuir como cidadão. Pode ser a necessidade de impedir que bandidos tomem conta do bem público; a vontade de contribuir para o progresso do país. Legal, né?
Mas ao refletir sobre o incentivo (de fora para dentro), tomei um susto: ganhar muito dinheiro fácil; ter todo tipo de mordomia; ser bajulado como autoridade; arrumar aposentadoria com pouco tempo de trabalho; arranjar a vida de parentes; faltar no trabalho sem problemas...
Ué, é claro! O incentivo não vem de fora pra dentro, das coisas e exemplos que vejo? Então...
Tô aqui pensando. O que será que foi mais forte pro Deputado Tiririca e para a maioria de seus colegas?
Impulso ou incentivo?
Para refletir a respeito partirei de dois crimes recentes: o do goleiro acusado de mandar matar a amante, sumindo com o corpo, e o do advogado acusado de afogar a ex-namorada na represa. A coisa mais importante para solucionar esses crimes é simples: a motivação.
Encontrada a motivação, a solução aparece. No caso do goleiro Bruno, a motivação foram as ameaças da vítima de contar o que sabia. No crime contra a advogada, a motivação não está clara e o suspeito continua livre.
Tudo que fazemos (tá bem, quase tudo), fazemos por algum motivo, já dizia Miguel de Cervantes: “Tirado o motivo, tirado o pecado”.
Existem várias definições para “motivação”. Uma que gosto muito é: motivação é o processo físico e psicológico que nos impulsiona em direção a um objetivo definido. Portanto motivação é um processo, uma somatória de forças. Se a motivação vem de dentro, é impulso. Vinda de fora, é incentivo.
Por exemplo, digamos que você é um homem heterossexual, essa coisa tão fora de moda. Sua necessidade de sexo (de dentro para fora) é o impulso que leva você a sair para “azarar” na noite. E a visão (de fora para dentro) da Mulher-Pêra na pista de dança da balada é o incentivo para que você tente abordá-la. É a soma do impulso com o incentivo que motiva a ação.
Se a única “moça” que você encontrar na balada for um travesti, o impulso terá que ser muito forte para complementar o fraco incentivo. A não ser que você seja chegado, é claro... E a recíproca é verdadeira. Uma mulher maravilhosamente sexy é o incentivo que desperta um fraco impulso.
Bem, mas esse é tema pra psicólogos. O que quero aqui é refletir sobre a motivação para alguém escolher a carreira de político.
Pensando no impulso (de dentro para fora) conclui que pode ser a vontade de fazer o bem a seus semelhantes, de contribuir como cidadão. Pode ser a necessidade de impedir que bandidos tomem conta do bem público; a vontade de contribuir para o progresso do país. Legal, né?
Mas ao refletir sobre o incentivo (de fora para dentro), tomei um susto: ganhar muito dinheiro fácil; ter todo tipo de mordomia; ser bajulado como autoridade; arrumar aposentadoria com pouco tempo de trabalho; arranjar a vida de parentes; faltar no trabalho sem problemas...
Ué, é claro! O incentivo não vem de fora pra dentro, das coisas e exemplos que vejo? Então...
Tô aqui pensando. O que será que foi mais forte pro Deputado Tiririca e para a maioria de seus colegas?
Impulso ou incentivo?
Fonte: Por Luciano Pires
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