O grau de otimismo das famílias brasileiras em relação à situação socioeconômica do país aumentou em janeiro ante o mês anterior, apontou o índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O indicador atingiu seu patamar mais alto desde sua criação, há seis meses: 67,2 pontos de uma escala que varia de 0 a 100.
Há uma desconexão entre a expectativa das famílias e as medidas que estão sendo anunciadas. As famílias preveem que estarão com a situação melhor do que no ano passado”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, sobre a atuação do governo para reduzir o ritmo de crescimento da economia, com a elevação das taxas de juros. Quanto à expectativa das famílias sobre a situação econômica do Brasil nos próximos 12 meses, 64% disseram esperar melhoras. Já quando o período em questão abrange os próximos cinco anos, o porcentual dos que esperam melhores momentos cai para 60,9%.
Por outro lado, as famílias são mais moderadas com relação à compra de produtos de consumo duráveis.
Do total, 58,2% avaliam que o momento atual é propício para adquirir este tipo de produto. Este índice é o maior desde o início da pesquisa, há seis meses. Para Pochmann, no entanto, deve haver um ajuste nos próximos meses. Ele avalia que o governo poderá tomar medidas mais enérgicas para desacelerar o crescimento da economia.
Sobre a situação de segurança na ocupação do responsável pelo domicílio, 79,6% disseram achar não estarem ameaçados de perderem seus postos de trabalho. O porcentual é o maior desde agosto, quando a pesquisa foi iniciada. No entanto, o porcentual dos que têm expectativa de melhoria profissional é de apenas 39,1%.
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