segunda-feira, 1 de agosto de 2011

::: VANDALISMO - VASOS DE BRONZE E IMAGENS SACRAS SÃO ROUBADOS DO CEMITÉRIO DE NOVA ESPERANÇA

Francisco Gomes da Silva, Zelador do Cemitério Municipal aponta o local em um dos inúmeros  túmulos que foram arrancados peças de bronze
Zelador do Cemitério revelou à reportagem que aproximadamente dezenas  de vasos de bronze, inúmeras imagens sacras, molduras contendo a foto da pessoa falecida são furtados constantemente.

Nem mesmo os espaços considerados sagrados escapam à ação dos criminosos. Imagens sacras são frequentemente furtadas de igrejas seculares, templos e monumentos religiosos sofrem constantemente a ação dos chamados vândalos.
 A paz dos cemitérios também já não encontra paz: o vandalismo é cada vez mais comum nestes lugares, como demonstram inúmeras reportagens nas mais diferentes localidades.
         De acordo com Francisco Gomes da Silva, Zelador do Cemitério Municipal de Nova Esperança, o número de roubos no local tem aumentado diariamente. “Os vândalos roubam tudo o que podem, desde vasos de bronze a imagens sacras. Não poupam nem as molduras com as fotos das pessoas falecidas. Este é um problema antigo e que precisa de solução”, conta o zelador, que acompanha diariamente a rotina do Cemitério.
         Informações dão conta de que os ladrões costumam entrar em grupo no cemitério e que os roubos aumentam a noite e em dias de chuva. Tem noite que eles chegam a roubar de 50 a 60 túmulos.
         De acordo com um visitante, que preferiu não se identificar, "Os ladrões estão levando  tudo que é de bronze. E este tipo de roubo é triste para nós, as famílias, porque não esperamos enfrentar uma situação desse tipo. Quando a gente vem  visitar o túmulo dos parentes acabamos encontrando tudo desfalcado", relatou, bastante entristecida a visitante.
         “Eu fui até o cemitério visitar o túmulo do meu cunhado e fiquei sabendo do fato, quebraram a base do vaso no túmulo, quebraram imagens e roubaram um vazo de bronze”, é difícil esta situação, pois temos que arcar com os prejuízos da reposição das peças”, contou outro visitante.

Previsão legal
O Código Penal brasileiro inclui entre os crimes contra o respeito aos mortos o delito de violação de sepultura, ao destacar em seu art. 210 a conduta de quem viola ou profana sepultura ou urna funerária. A pena aplicável ao ofensor é a de reclusão, de um a três anos, além de multa. Com a incriminação a lei busca basicamente assegurar o respeito ao sentimento coletivo que os vivos têm pelas pessoas que já morreram.

Violar e profanar sepultura ou urna funerária
Violar corresponde a abrir, a escavar, a alterar o túmulo ou a urna funerária, expondo muitas vezes o cadáver ou seus restos, as suas cinzas. Profanar a sepultura ou urna funerária é degradá-la, ultrajá-la ou aviltá-la, por qualquer ação desrespeitosa. Qualquer ato de vandalismo sobre a sepultura, como arrancar a lápide ou pichar palavras grosseiras sobre o túmulo, por exemplo, constitui profanação. O conceito de sepultura ou urna funerária corresponde ao local onde repousam os restos mortais humanos, o que compreende não só a cova onde está enterrado o cadáver, mas também os ornamentos e construções conexos, acrescentados para a proteção ou embelezamento da sepultura. O conceito abrange, portanto, também a lápide, os ornamentos permanentes como as estátuas de anjos, as placas metálicas, os vasos - ou seja - tudo o que compõe a construção acima da própria cova. Urna funerária, mais especificamente, é o local onde são colocadas as cinzas ou os ossos da pessoa falecida.

Consumação do crime
O crime em questão fica caracterizado havendo a violação ou profanação, independentemente de ter havido ou não a remoção do cadáver ou das suas cinzas. Claro que a exumação do cadáver por perito, amparada legalmente, não se confunde com a conduta incriminada no art. 210.
Texto e Fotos: Alex Fernandes França - Jornal Noroeste

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