Trabalhos realizados em cidades como Nova Esperança, Ibiporã e Umuarama envolvem a comunidade e se tornam referência nacional
O aumento na geração de resíduos tem causado uma série de problemas em vários municípios do país, tais como a redução da vida útil dos aterros sanitários e o recorrente uso dos “lixões”, que geram prejuízos ao meio ambiente. Neste cenário, algumas cidades do Paraná têm se destacado pelo trabalho realizado com a destinação final do lixo. Em comum, esses projetos buscam envolver a comunidade no processo de conscientização ambiental.
Em Nova Esperança, desde 2009 todos os moradores devem deixar o material reciclável separado para a coleta, o que reduz a quantidade de resíduos encaminhados ao aterro. Quem desrespeita a norma não tem o lixo removido, medida que teve apoio da Promotoria de Proteção do Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná. A Promotoria firmou um termo de ajuste com as empresas da cidade para que elas deem uma destinação correta aos resíduos.
O município tem feito uma campanha de conscientização, com a divulgação de informativos no jornal e na emissora de rádio da cidade e realização de palestras com estudantes e professores da cidade. Com as medidas, a secretária municipal do Meio Ambiente, Adélia Picheck Faganelo, estima que aproximadamente 90% dos moradores da cidade (que tem uma população de 26,5 mil habitantes) separem o lixo.
Catadores
Para facilitar a separação dos recicláveis, os caminhões que recolhem lixo em Nova Esperança são acompanhados por uma carreta da cooperativa de catadores da cidade, a Cocamare. Todo o material reciclável (cerca de 70 toneladas mensais) é encaminhado para a sede do grupo, que tem 40 trabalhadores.
O terreno da cooperativa foi cedido pela prefeitura, que arca com os custos de energia elétrica, água, motorista, combustível e cestas básicas. No fim do mês, cada catador recebe cerca de R$ 600 no rateio da produção. “Todo esse trabalho é como se fosse uma orquestra. Cada um vai tocando seu instrumento e cuidando para não desafinar”, comparou Adélia. No ano passado o projeto rendeu ao município um prêmio dado pela associação Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), que homenageia as iniciativas que ampliam e melhoram o processo de coleta seletiva no país.
Separação
Outra experiência que despertou o interesse de municípios (como Rondonópolis, em Mato Grosso, e Limeira, em São Paulo) é o projeto desenvolvido em Ibiporã, cidade com 47,9 mil habitantes no Norte do Paraná. Desde 2008, a população passou a ser conscientizada para a separação do lixo em três grupos: orgânico (como restos de comida), rejeitos (fraldas, papel higiênico, absorventes e papéis sujos) e recicláveis (plásticos, vidros, metais, alumínio, papel e papelão).
A medida foi adotada por causa da ameça de o aterro da cidade ficar sobrecarregado. Segundo o diretor de Limpeza Pública de Ibiporã, Miguel Gardini, o aterro recebia cerca de 30 toneladas de lixo por dia e hoje apenas aproximadamente 5 toneladas diárias.
Atualmente, 60% do material descartado em Ibiporã é reciclado. Outros 20% são lixo orgânico, que passa pelo processo de compostagem e é transformado em adubo. “Apenas 20% de rejeito fica no município, diminuindo o uso do aterro. A vala, que estava com a capacidade quase esgotada, hoje tem espaço para armazenar material por mais um ano e meio tranquilamente”, diz Gardini.
Educação
Em Umuarama, no Noroeste do estado, a meta é reduzir para quase zero o envio de lixo para o aterro sanitário. Para isso, o município de 100 mil habitantes está incentivando o trabalho de educação ambiental em escolas, igrejas e condomínios. A prefeitura também está instalando a usina de compostagem, orçada em R$ 1,2 milhão, na área do aterro.
Mesmo sem a conclusão da usina de compostagem, o município já faz o trabalho de coleta seletiva, por meio da cooperativa de catadores da cidade. Segundo o diretor da Divisão de Meio Ambiente da prefeitura de Umuarama, Rubens Sampaio, o grupo de 30 trabalhadores recolhe atualmente cerca de 1,5 mil kg de lixo reciclável por dia, em dez bairros. Até o fim deste ano, a prefeitura pretende dobrar a equipe de trabalho e ampliar a coleta para todo o município. A meta é reduzir quase a zero o envio de lixo para o aterro sanitário.
Moradores que não separam devem ser penalizados, diz MP
O promotor Sérgio Luiz Cardoni, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), defende que medidas como as adotadas em Nova Esperança, onde o morador que não faz a separação adequada deixa de ter o lixo removido, sejam adotadas em todo o Paraná. “O Ministério Público está disposto a levar essa situação para ser discutida em outras cidades. Vamos conversar com os prefeitos”, diz.
Na opinião da professora de Engenharia Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Patrícia Sottoriva, as experiências positivas no tratamento dos resíduos sólidos podem ser levadas para outros municípios, mas os resultados só serão positivos quando as grandes cidades criarem estruturas para agregar empresas de reciclagem.
“Hoje, a logística é o desafio, porque as grandes recicladoras estão em São Paulo e Minas Gerais. É necessário que os maiores municípios do estado se organizem para atrair esse tipo de empresa, criando polos de reciclagem”, diz Patrícia, que é doutora em gerenciamento de resíduos sólidos. “Aliado a isso, as cidades de pequeno porte devem fazer o gerenciamento dos seus resíduos e comercializar os materiais com as recicladoras. Isso facilitaria o trabalho e reduziria os custos.”
As experiências realizadas em Nova Esperança, Umuarama e Ibiporã foram debatidas no fim de abril durante o Fórum Municipal Lixo e Cidadania, em Sarandi, no Norte do estado. Segundo o prefeito Carlos de Paula, a prefeitura de Sarandi pretende reduzir os custos com a coleta de lixo, que hoje é feita por uma empresa terceirizada. Atualmente, o município paga cerca de R$ 250 mil mensais para que 45 toneladas de lixo sejam depositadas no aterro da cidade.
Marcus Ayres, da Gazeta Maringá, e Osmar Nunes, correspondente em Umuarama - Gz Mga
Tomo a liberdade neste e-mail de apresentar o PROGRAMA BITUCA ZERO, de gestão do resíduo do cigarro.
ResponderExcluirCom promulgação da Lei 16.239, proibindo o uso do cigarro em ambientes fechados, os usuários do tabaco passaram a exercer seu direito em ambientes abertos e públicos.
Sem a implantação de coletores específicos, e a consequenta destinação correta, nossas áreas públicas transformaram-se em cinzeiros. Ruas, praças, praias, parques, avenidas e nossos rios, recebem diáriamente toneladas de bitucas de cigarro.
Em 2.011, nossa empresa Paranaense ECOCITY Soluções Ambientais, criou o PROGRAMA BITUCA ZERO, visando minimizar o dano causado pelo resíduo.
Fomos escolhidos pelo ESCRITÓRIO VERDE/UTFPR a integrar o projeto de sustentabilidade ligado a UNESCO. Apenas 50 empresas de todo o Brasil fazem parte do E.V.. Somos uma delas e isso muito nos orgulha. A grande maioria das outras 49 escolhidas, são multinacionais ou grandes empresas nacionais.
Apesar do cunho empresarial do PROGRAMA, nossa solução é uma ferramenta de gestão ambiental de baixo custo e de premissa necessária. A coleta da bituca do cigarro, não se viabilizaria por meio de um programa social, como fazem diversas ONG´s com relação ao alumínio, PET e outros resíduos.
A bituca não tem valor comercial. Ela é pura e simplesmente um micro resíduo com uma geração diária de aproximadamente 5 toneladas dia apenas em Curitiba. Sua coleta não se viablilizaria por intermédio de associações de catadores, carrinheiros ou outras afins. Sem valor de mercado, não existe a disposição de carrega-la por quilometros a fim.
Peço sua gentileza em conhecer em nosso site(LINK ABAIXO), nossas atividades, vídeo de apresentação e outras informações.
Desde já me coloco a inteira disposição.
Roberto Façanha
ECOCITY Soluções Ambientais
PROGRAMA BITUCA ZERO
(41) 9255.6258
www.ecocitybrasil.blogspot.com