Vestibulandos foram flagrados pela Polícia Civil, durante o concurso na Faculdade Ingá (Uningá), após denúncias anônimas
Quatro jovens foram presos em flagrante usando celulares e aparelhos de ponto eletrônico durante o vestibular de medicina da Faculdade Ingá (Uningá), durante a manhã de domingo (11), em Maringá. Após receber denúncias anônimas por telefone, policiais civis foram para o local da prova e flagraram os alunos com os equipamentos. Segundo a Polícia Civil, os alunos disseram que um homem entregou os aparelhos a eles.
“Eles nos disseram que por volta das 12h receberiam o gabarito da prova no ponto eletrônico e no celular. Suspeitamos que seja uma quadrilha especializada em fraudes. Vamos investigar para saber quem são os envolvidos”, disse o delegado Gustavo de Pinho Alves.
De acordo com o delegado, os estudantes disseram que pagariam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil se passassem no vestibular. “Os alunos são do Mato Grosso e do Pará. Estamos ouvindo eles para tentar chegar ao homem que eles falam que passou os equipamentos. Cada um ia pagar um valor: três pagariam R$ 20 mil e o outro R$ 10 mil”, contou Alves.
Todos foram indiciados por formação de quadrilha, que tem pena de um a cinco anos de prisão, e por tentativa de estelionato, com pena de um a três anos de prisão. Um dos acusados pagou fiança de R$ 5 mil e foi solto. Os outros três estavam presos na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia de Maringá.
A reportagem entrou em contato com a diretoria da Faculdade Ingá. Por volta das 8h35 desta segunda-feira (12), o diretor geral da instituição não quis se pronunciar.
Universitárias ricas cursavam medicina na Uningá com bolsa do Prouni
O curso de medicina da Uningá já foi alvo de investigação da Polícia Federal por fraudes em bolsas de estudo.
Três estudantes, todas jovens de classe alta, cursavam medicina gratuitamente desde 2008, com o benefício do ProUni, voltado para estudantes carentes.
Com as bolsas, elas deixaram de pagar quase R$ 300 mil em mensalidades. O caso foi denunciado em maio de 2010 pela TV Globo.
A denúncia gerou revolta dos outros acadêmicos da instituição, que realizaram vários protestos em frente à faculdade. As três foram descredenciadas do ProUni.
Fábio Guillen - Gazeta Maringá
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