‘Ministro extraordinário para assuntos eleitorais’, ex-presidente vai negociar acordos para as eleições municipais do ano que vem
No comando de uma base com 17 partidos e problemas de sobra, a presidente Dilma Rousseff decidiu ficar longe das querelas da montagem das chapas que vão disputar as prefeituras nas eleições do ano que vem. A articulação partidária ficará a cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será uma espécie de ''ministro extraordinário para assuntos eleitorais''.
O cargo, claro, é fictício. Mas no Palácio do Planalto Lula é tratado assim. Quando alguém fala em articulação partidária e política, a presidente costuma lembrar que a função é de seu antecessor. Apesar da agenda interna e das articulações políticas, Lula não desarma a agenda internacional e só retorna ao País no início de outubro.
No Brasil, de acordo com informações da assessoria de Lula, ele já esteve reunido com líderes do PT de Belo Horizonte, Salvador, Rio, Goiânia e Recife. A todos, pediu que busquem manter coligações com os partidos da base aliada, evitem disputas internas e procurem candidatos que representem renovação.
O que mais gosta
Daqui até a definição dos candidatos, em junho do ano que vem, Lula deverá percorrer 26 Estados - a 27 unidade, o Distrito Federal, não tem eleição municipal - para montar chapas que fiquem dentro do perfil da base de apoio de Dilma. Por enquanto, ele tem a intenção de conversar muito - só terá uma atuação mais próxima da intervenção quando não for possível resolver os problemas pelas vias amigáveis.
São duas as razões para que Lula se transforme no articulador das eleições municipais e para que Dilma se recolha, afirmam dirigentes do PT e assessores da presidente da República. Primeiro, Lula é um político que tem à sua disposição as 24 horas do dia. E que gosta, e muito, de fazer política. Segundo, Dilma não tem o mesmo traquejo do antecessor para resolver os impasses políticos. Portanto, é natural que ela cuide da administração do País e Lula saia por aí a fazer acordos eleitorais.
Leva-se em conta ainda no Palácio do Planalto que a presidente tem trabalho demais pela frente, como a conclusão das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Minha Casa, Minha Vida, dos estádios de futebol e dos aeroportos para a Copa de 2014 e das obras da Olimpíada de 2016. Tem ainda de administrar uma base aliada gigante, ideológica e fisiologicamente diversificada, além de enfrentar as consequências da crise econômica internacional.
Por enquanto, Lula está procurando resolver os problemas internos do PT. Ao mesmo tempo, trabalha para repetir, nas eleições municipais, o que fez na presidencial, quando apadrinhou Dilma, que nunca havia disputado uma eleição, e a transformou em sua sucessora. Sob o argumento de que ''é preciso renovar'', Lula trabalha para fazer do ministro Fernando Haddad (Educação) o candidato a prefeito de São Paulo.
O cargo, claro, é fictício. Mas no Palácio do Planalto Lula é tratado assim. Quando alguém fala em articulação partidária e política, a presidente costuma lembrar que a função é de seu antecessor. Apesar da agenda interna e das articulações políticas, Lula não desarma a agenda internacional e só retorna ao País no início de outubro.
No Brasil, de acordo com informações da assessoria de Lula, ele já esteve reunido com líderes do PT de Belo Horizonte, Salvador, Rio, Goiânia e Recife. A todos, pediu que busquem manter coligações com os partidos da base aliada, evitem disputas internas e procurem candidatos que representem renovação.
O que mais gosta
Daqui até a definição dos candidatos, em junho do ano que vem, Lula deverá percorrer 26 Estados - a 27 unidade, o Distrito Federal, não tem eleição municipal - para montar chapas que fiquem dentro do perfil da base de apoio de Dilma. Por enquanto, ele tem a intenção de conversar muito - só terá uma atuação mais próxima da intervenção quando não for possível resolver os problemas pelas vias amigáveis.
São duas as razões para que Lula se transforme no articulador das eleições municipais e para que Dilma se recolha, afirmam dirigentes do PT e assessores da presidente da República. Primeiro, Lula é um político que tem à sua disposição as 24 horas do dia. E que gosta, e muito, de fazer política. Segundo, Dilma não tem o mesmo traquejo do antecessor para resolver os impasses políticos. Portanto, é natural que ela cuide da administração do País e Lula saia por aí a fazer acordos eleitorais.
Leva-se em conta ainda no Palácio do Planalto que a presidente tem trabalho demais pela frente, como a conclusão das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Minha Casa, Minha Vida, dos estádios de futebol e dos aeroportos para a Copa de 2014 e das obras da Olimpíada de 2016. Tem ainda de administrar uma base aliada gigante, ideológica e fisiologicamente diversificada, além de enfrentar as consequências da crise econômica internacional.
Por enquanto, Lula está procurando resolver os problemas internos do PT. Ao mesmo tempo, trabalha para repetir, nas eleições municipais, o que fez na presidencial, quando apadrinhou Dilma, que nunca havia disputado uma eleição, e a transformou em sua sucessora. Sob o argumento de que ''é preciso renovar'', Lula trabalha para fazer do ministro Fernando Haddad (Educação) o candidato a prefeito de São Paulo.
João Domingos
Agência Estado
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