Executando um serviço que demanda um esforço físico descomunal, pois são centenas e até milhares de golpes dados para desgastar a raiz, Daniel Corrêa da Silva realiza um trabalho para poucos.
Caminhando pela rua Governador Bento Munhoz da Rocha Neto a reportagem encontrou um trabalhador que presta um serviço diferente e pelo que consta, exclusivo no município. Com seu machado em punho e sempre acompanhado por Maria Aparecida dos Santos, sua esposa, Daniel Corrêa da Silva arranca desde a raiz até a copa, árvores que estão doentes e portanto condenadas. Há casos também que a retirada das árvores se dá por motivo de construção de calçadas e outras benfeitorias, mas sempre novas espécies são plantadas no local.
Um serviço digno e que demanda um esforço físico descomunal, pois são centenas e até milhares de golpes dados, desgastando a raiz, parte que sustenta a árvore em pé. Daniel conta que gasta aproximadamente um dia e meio para a execução do arranque, normalmente da espécie Sibipiruna, árvore de grande porte, nativa no Brasil e que foi plantada em larga escala no município no final da década de 70, na gestão do ex-prefeito dr. Severino Ramos Bezerra, com a finalidade de promover paisagismo e embelezamento da cidade. Estima-se que 80% das árvores plantadas em Nova Esperança sejam desta espécie.
BENEFÍCIOS
Se você perguntar a uma pessoa que benefícios para o meio ambiente trazem as árvores, como por exemplo uma Sibipiruna, rapidamente ela lembrará da sua sombra e de sua beleza paisagística. Realmente essas características são altamente relevantes especialmente em dias muito quentes, quando se deseja uma boa sombra.
Especificamente na árvore em que arrancava na manhã de terça-feira, 30 de agosto, Daniel explicou que no local será plantada uma outra espécie. “O dono da casa vai plantar a “Oiti”, uma árvore que a raiz cresce em um ínico sentido e não se esparrama. Uma das vantagens é que não quebra a calçada. A desvantagem é que seu crescimento demorado.”, contou o trabalhador, enquanto enxugava o suor que escorria por sua face.
Questionado sobre qual a profundidade a ser cavada para que a árvore seja arrancada do chão, Daniel informou que varia de 1 metro a 1,5 metros. “Dá muito trabalho, principalmente porque tem muitas pedras e é necessário tomar muito cuidado, principalmente com os canos d’água que passam por baixo do calçamento. Outros já tentaram fazer este serviço, mas eles, da Sanepar, gostam que eu faça o trabalho, porque nunca danifiquei nenhum encanamento”, orgulha-se Daniel.
“Não faço trabalhos só em Nova Esperança. Vou para Alto Paraná, Uniflor, várias cidades... O pessoal vem aqui me buscar”, contou à reportagem, informando ainda que durante os 15 anos em que executa seu trabalho, já deve ter arrancado pais de 300 árvores, todas condenadas e com riscos de desabarem e causarem danos a terceiros. Antes Daniel trabalhava cuidando de gado em propriedades rurais da região. O trabalhador cobra de R$80,00 a R$100,00 por cada árvore, incluindo a raiz, arrancada. O preço varia de acordo com o grau de dificuldade do serviço a ser executado.
Serviço:
Daniel Correa da Silva
Cel. - 9857-2388
Nova Esperança
Sempre acompanhado por Maria Aparecida dos Santos, sua esposa, Daniel Correa da Silva arranca desde a raiz até a copa, árvores que estão doentes e portanto, condenadas. |
Matéria:
Alex Fernandes França
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