sexta-feira, 10 de junho de 2011

::: ALERTA - Matéria do Fantástico serve como alerta aos consumidores


Esquema da quadrilha envolvia da usina ao posto de combustível: todas as fases da produção, distribuição e comercialização do álcool. Segundo a polícia, fraudes renderam mais de R$ 120 milhões.
Quadrilhas de adulteração chegam a usar o metanol, que é um biocombustível altamente tóxico e prejudicial à saúde, que é capaz inclusive de causar câncer.
Os postos de combustíveis são um serviço essencial à sociedade. Ao mesmo tempo em que servem de ponto de abastecimento de combustíveis, são um porto seguro para quem se perde em uma grande cidade, para quem precisa de apoio na estrada, ou mesmo para quem usa os serviços de conveniência que a cada dia se expandem mais no setor.
Infelizmente, há quem veja nos postos objetivos não tão nobres como auxiliar a população no essencial ir e vir de cada dia.
Na edição de domingo, 05 de junho, a revista eletrônica da Rede Globo, o semanário “Fantástico” exibiu uma matéria onde a reportagem do programa, acompanhou uma mega-operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro para prender máfia do combustível.
Para desativar um esquema de fraudes que agia em quatro estados e no Distrito Federal a Polícia levou alguns meses de investigação. A quadrilha agia de ponta a ponta na indústria dos combustíveis: da usina de álcool até os postos.
Se o carro da sua família anda engasgando, vá logo ao mecânico, porque você pode ter enchido o tanque com combustível adulterado, alertou a reportagem.
A reportagem mostrou o drama do taxista Ricardo Torres, “caí na asneira de trocar de fornecedor de combustível, e o carro começou devagarzinho a aumentar os engasgos”, alertou.
Ricardo foi apenas uma das milhares de vítimas da máfia dos combustíveis. A gasolina misturada com solvente destruiu o motor do carro dele. “Quem é responsável por isso? A conta vai ficar sempre pro consumidor?”, diz o taxista.

ESQUEMA:
O esquema da quadrilha envolvia da usina ao posto de combustível: todas as fases da produção, distribuição e comercialização do álcool. Sem pagar imposto, garantia um lucro milionário. Segundo a polícia, as fraudes renderam aos envolvidos mais de R$ 120 milhões.
Funcionava assim: primeiro, a quadrilha tirava o álcool da usina com notas frias e depois usava distribuidoras de fachada. Resultado: o álcool chegava aos postos da máfia sem pagar imposto, bem mais barato. “Por trás desse preço baixo tem uma cadeia de crimes” explica Ângelo Ribeiro, da Delegacia Fazendário do estado do RJ.
“Formação de quadrilha, falsidade ideológica documental, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crime contra a saúde pública. Enfim, são diversos crimes”, enumera Isabela Santoni, da Delegacia Fazendária -RJ. “Eles passaram a fazer uso também do metanol, que é um biocombustível altamente tóxico e prejudicial à saúde, que é capaz inclusive de causar câncer”.
SONEGAÇÃO:
Os policiais comprovaram o que todo mundo sempre desconfiou: quem sonega também falsifica. O posto que está sob investigação por vender álcool sem pagar imposto tem gasolina adulterada.
O perito fez um teste na gasolina vendida como aditivada e descobriu mais uma fraude: a gasolina aditivada e a comum são iguais.
Em uma conversa gravada com autorização da Justiça, o dono de um dos postos envolvidos diz ao gerente para misturar as gasolinas. “Nós vamos botar os cinco (litros) da comum dentro da aditivada. Não tem problema, não. Não dá diferença nenhuma”, diz Daniel.
Mas a quadrilha também juntava solvente à gasolina o que causa prejuízo para o motorista. O taxista Ricardo Torres reclama: “Eu vou gastar em média de R$ 5 mil nesse veículo”.
“O motor é a parte mais cara, mas eu tenho bomba de combustível estragada, bicos injetores estragados, mangueiras. Quer dizer, tudo do carro se deteriora, porque os solventes dissolvem tudo”, enumerou o dono de oficina Flavio Ferraz.
“O cidadão paga aquela conta quando colocam um produto no seu carro de péssima qualidade”, apontou Ângelo Ribeiro, da Delegacia Fazendária do estado do RJ.
As prisões da semana passada mostram que a máfia dos combustíveis continua em ação. Por isso, desconfie de preços muito baixos e só procure postos que sejam da sua confiança.
Fonte: G1 – Fantástico |Edição: JAC

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