Muito trabalho e confiança. É assim que esta paranaense de 45 anos pretende ajudar a presidente Dilma Rousseff no vasto cenário de articulação política do Brasil. Vejam a entrevista com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann: Muitas obras, muita distribuição de recursos por parte do governo. Isso tem que ser muito bem gerenciado. Em relação ao Paraná, o estado se encaixa nesse contexto de mudanças e crescimento?
Gleisi - Obviamente o Paraná está neste contexto, mas vocês sabem que a questão da infra-estrutura não é algo que se resolve de forma rápida, nós dependemos dos estados de licenças ambientais previsão e são sempre obras de grande magnitude e valor, mas nós tivemos grandes avanços, primeiro com o PAC1, várias obras foram retomadas no Paraná, uma delas é a Estrada da Boiadeira, que é uma estrada grande,importante, que terá a ordem de serviço assinada agora em julho, queríamos que a presidenta estivesse presente lá para assinar. São 250 km, R$500 milhões de investimento e que há muito tempo estava parada, fundamental para produção no estado, assim como outras rodovias, que estavam com dificuldades e foram retomadas. Para se ter idéia, daqui para 2014, o governo federal vai destinar R$3,2 bilhões para investimentos em rodovias. Todas as rodovias vão ser adequadas, o que tiver que ser duplicado será duplicado e o governo está acompanhando de perto as concessões para empresas privadas
Em termo de ferrovias, nós retomamos a Ferroeste, que infelizmente não tinha entrado no PAC por iniciativa do governo do estado, que tinha contradições em relação ao valor apresentado e nós conseguimos retomar. A Valec está fazendo o estudo, são mais de 1.100 km, que entram por Guaíra passam por Cascavel, Guarapuava até o porto de Paranaguá
É um valor de R$ 8 milhões para esse estudo de viabilidade técnica, ambiental e econômica e vai sair daí um projeto básico e nós já temos um acerto com o governo. Já falei com a ministra Miriam Belchior pra que essa ferrovia integre o PAC novamente, seja feito o projeto de engenharia e depois a construção. É uma obra que vai demorar alguns anos, 1,2,3, talvez 4 anos, mas é uma obra estruturante pro estado. E o porto, nós estamos em conversação, você sabe que o porto é uma concessão e está nas mãos do governo do estado. A presidenta Dilma já falou com o governador Beto Richa, eu também já tive a oportunidade de falar com ele e o governo federal está aberto pra receber as propostas e fazer um bom projeto de investimento porque o porto também tem o interesse nacional.
A senhora foi diretora financeira de Itaipu durante 4 anos. O empresário Eike Batista disse que investimento em energia não é nem investimento, tamanho o retorno. A senhora tem algo a falar sobre a Itaipu e a energia no Paraná?
Gleisi - Itaipu é uma usina fundamental pro Paraná e pro Brasil, responde por quase 25% do consumo de energia nacional. E hoje a tarifa da Itaipu para o Brasil é uma das mais baixas, está na casa de R$80 o megawatt/hr. Só para você ter idéia, as usinas novas que foram licitadas agora, que são com procedimentos muito direcionados para ter moticidade tarifária, para ter custos mais baixos, Belo Monte e outras, nós vamos ter uma média de custo de R$75 o megawatt/hr a energia nova no Brasil de outras usinas e PCH têm uma média de R$130. A energia de Itaipu é uma energia barata e vai ficar mais barata a partir de 2023, que é quando Itaipu pára de pagar sua dívida que foi constituída para ela ser construída, então nós vamos ter uma das energias mais baixas do mundo em relação à Itaipu. E nós não podemos esquecer as concessões, por que agora em 2015 vencem várias concessões de energia, que ou o governo vai renovar ou vai licitar novamente, isso está sendo estudado no interior do governo, mas uma das orientações da presidenta é a moticidade tarifaria. Qualquer que seja a situação adotada pelo governo com base em pareceres no TCU, jurídicos, discussões no ministério, qualquer que seja, nós queremos uma tarifa de energia mais barata e isso se dá em termos da renovação de se refazer a concessão, mas nós temos que conversar com os estados.
Itaipu é um exemplo de energia mais barata?
Gleisi - Na realidade, Itaipu tem uma história, conforme vai baixando seu custo, ela vai reduzindo, porque ela é uma contratação e o preço da tarifa dela é pelo custo, então é uma contratação diferente, mas no início tinha muitas críticas. Então pode ser um exemplo para mostrar que um empreendimento grande, um empreendimento de fôlego pode trazer muitos benefícios, como trouxe, e ser barato para o país num longo prazo. Uma outra discussão que temos que fazer com os estados, é sobre o custo do ICMS na energia, que é um dos mais altos, nós temos estados com alíquotas muito altas para energia elétrica, então é claro que eu espero nessa condição que nós vamos ter, sobre essa discussão tributária que a presidenta quer levar ao Congresso Nacional. Ele quer discutir junto com a presidenta uma proposta sobre a revisão das alíquotas interestaduais de energia, para que a gente possa ter uma conversa com os estados sobre isso, quanto isso custa para o povo, para o desenvolvimento econômico, as alíquotas de ICMS sobre a energia.
Enquanto senadora, a senhora cultivou uma relação muito próxima com os prefeitos do seu estado. Chegou a visitar muitas associações depois que foi eleita no Senado, fez negociações. E agora, como vai ser isso?
Gleisi - Eu espero ter uma relação muito próxima com os prefeitos. Obviamente que agora, a proximidade que eu tinha no Senado fique mais difícil aqui, porque como a minha função na Casa Civil é interna, de governo, eu tenho que estar voltada para que a máquina funcione para que os projetos andem e os programas aconteçam. Eu tenho uma ação mais interiorizada, então, são muitas ações, muito trabalho aqui e muitas conversas com ministros. Me sobra pouco tempo para que eu possa visitar municípios ou receber os prefeitos. Mas não quero perder esse vínculo de maneira nenhuma, eu sei muito bem o que me trouxe a Brasília, eu fui eleita senadora porque tive o apoio do meu estado, o estado do Paraná e em especial dos prefeitos do meu estado. Então, no que eu puder ajudá-los no que eu puder orientá-los pra que os projetos sejam bem feitos pra que eles tenham propostas e o governo federal puder ajudar, eu vou fazer .
Gleisi - Obviamente o Paraná está neste contexto, mas vocês sabem que a questão da infra-estrutura não é algo que se resolve de forma rápida, nós dependemos dos estados de licenças ambientais previsão e são sempre obras de grande magnitude e valor, mas nós tivemos grandes avanços, primeiro com o PAC1, várias obras foram retomadas no Paraná, uma delas é a Estrada da Boiadeira, que é uma estrada grande,importante, que terá a ordem de serviço assinada agora em julho, queríamos que a presidenta estivesse presente lá para assinar. São 250 km, R$500 milhões de investimento e que há muito tempo estava parada, fundamental para produção no estado, assim como outras rodovias, que estavam com dificuldades e foram retomadas. Para se ter idéia, daqui para 2014, o governo federal vai destinar R$3,2 bilhões para investimentos em rodovias. Todas as rodovias vão ser adequadas, o que tiver que ser duplicado será duplicado e o governo está acompanhando de perto as concessões para empresas privadas
Em termo de ferrovias, nós retomamos a Ferroeste, que infelizmente não tinha entrado no PAC por iniciativa do governo do estado, que tinha contradições em relação ao valor apresentado e nós conseguimos retomar. A Valec está fazendo o estudo, são mais de 1.100 km, que entram por Guaíra passam por Cascavel, Guarapuava até o porto de Paranaguá
É um valor de R$ 8 milhões para esse estudo de viabilidade técnica, ambiental e econômica e vai sair daí um projeto básico e nós já temos um acerto com o governo. Já falei com a ministra Miriam Belchior pra que essa ferrovia integre o PAC novamente, seja feito o projeto de engenharia e depois a construção. É uma obra que vai demorar alguns anos, 1,2,3, talvez 4 anos, mas é uma obra estruturante pro estado. E o porto, nós estamos em conversação, você sabe que o porto é uma concessão e está nas mãos do governo do estado. A presidenta Dilma já falou com o governador Beto Richa, eu também já tive a oportunidade de falar com ele e o governo federal está aberto pra receber as propostas e fazer um bom projeto de investimento porque o porto também tem o interesse nacional.
A senhora foi diretora financeira de Itaipu durante 4 anos. O empresário Eike Batista disse que investimento em energia não é nem investimento, tamanho o retorno. A senhora tem algo a falar sobre a Itaipu e a energia no Paraná?
Gleisi - Itaipu é uma usina fundamental pro Paraná e pro Brasil, responde por quase 25% do consumo de energia nacional. E hoje a tarifa da Itaipu para o Brasil é uma das mais baixas, está na casa de R$80 o megawatt/hr. Só para você ter idéia, as usinas novas que foram licitadas agora, que são com procedimentos muito direcionados para ter moticidade tarifária, para ter custos mais baixos, Belo Monte e outras, nós vamos ter uma média de custo de R$75 o megawatt/hr a energia nova no Brasil de outras usinas e PCH têm uma média de R$130. A energia de Itaipu é uma energia barata e vai ficar mais barata a partir de 2023, que é quando Itaipu pára de pagar sua dívida que foi constituída para ela ser construída, então nós vamos ter uma das energias mais baixas do mundo em relação à Itaipu. E nós não podemos esquecer as concessões, por que agora em 2015 vencem várias concessões de energia, que ou o governo vai renovar ou vai licitar novamente, isso está sendo estudado no interior do governo, mas uma das orientações da presidenta é a moticidade tarifaria. Qualquer que seja a situação adotada pelo governo com base em pareceres no TCU, jurídicos, discussões no ministério, qualquer que seja, nós queremos uma tarifa de energia mais barata e isso se dá em termos da renovação de se refazer a concessão, mas nós temos que conversar com os estados.
Itaipu é um exemplo de energia mais barata?
Gleisi - Na realidade, Itaipu tem uma história, conforme vai baixando seu custo, ela vai reduzindo, porque ela é uma contratação e o preço da tarifa dela é pelo custo, então é uma contratação diferente, mas no início tinha muitas críticas. Então pode ser um exemplo para mostrar que um empreendimento grande, um empreendimento de fôlego pode trazer muitos benefícios, como trouxe, e ser barato para o país num longo prazo. Uma outra discussão que temos que fazer com os estados, é sobre o custo do ICMS na energia, que é um dos mais altos, nós temos estados com alíquotas muito altas para energia elétrica, então é claro que eu espero nessa condição que nós vamos ter, sobre essa discussão tributária que a presidenta quer levar ao Congresso Nacional. Ele quer discutir junto com a presidenta uma proposta sobre a revisão das alíquotas interestaduais de energia, para que a gente possa ter uma conversa com os estados sobre isso, quanto isso custa para o povo, para o desenvolvimento econômico, as alíquotas de ICMS sobre a energia.
Enquanto senadora, a senhora cultivou uma relação muito próxima com os prefeitos do seu estado. Chegou a visitar muitas associações depois que foi eleita no Senado, fez negociações. E agora, como vai ser isso?
Gleisi - Eu espero ter uma relação muito próxima com os prefeitos. Obviamente que agora, a proximidade que eu tinha no Senado fique mais difícil aqui, porque como a minha função na Casa Civil é interna, de governo, eu tenho que estar voltada para que a máquina funcione para que os projetos andem e os programas aconteçam. Eu tenho uma ação mais interiorizada, então, são muitas ações, muito trabalho aqui e muitas conversas com ministros. Me sobra pouco tempo para que eu possa visitar municípios ou receber os prefeitos. Mas não quero perder esse vínculo de maneira nenhuma, eu sei muito bem o que me trouxe a Brasília, eu fui eleita senadora porque tive o apoio do meu estado, o estado do Paraná e em especial dos prefeitos do meu estado. Então, no que eu puder ajudá-los no que eu puder orientá-los pra que os projetos sejam bem feitos pra que eles tenham propostas e o governo federal puder ajudar, eu vou fazer .
A senhora tem projetos já encaminhados como senadora, como o da aposentadoria das donas de casa. O seu suplente, Sergio Sousa vai dar continuidade?
Gleisi - Eu conversei com o senador Sergio, pedi p ele ter um carinho muito especial para acompanhar os meus projetos. Principalmente esse das donas de casa, que já foi aprovado no Senado e agora foi para a Câmara. E se for aprovado na Câmara, nós temos que implementar, e então vem pra presidenta. Então, por enquanto gente não está interferindo do ponto de vista do governo, porque é um projeto que está no Legislativo, mas eu pedi pro Sergio sim, para acompanhar.
A senhora falou bastante dos programas que apóia que são subsidiado pelo PAC. E o que o Paraná pode esperar do PAC 2?
Gleisi - Muita coisa, nós temos o Minha Casa, Minha Vida, que faz parte desse arcabouço do PAC, vai ser aberto para que os municípios inscrevam seus projetos. E eu espero que tendo bons projetos a gente consiga direcionar bastante recursos ao Paraná pra fazer moradias, que é uma das coisas que nós mais precisamos. Temos R$3 bilhões de investimentos em rodovias, tem a Ferroeste que nós estamos investindo, a questão do porto, para a Copa, todo um investimento direcionado para mobilidade urbana, principalmente Curitiba e nos aeroportos que vão servir de base, como é o caso de Foz do Iguaçu. Além disso tem o PAC geral, a questão de investimentos na capital para melhorar a mobilidade, como é o metrô e estamos começando a discutir novamente o contorno ferroviário. É um conjunto de ações que nós queremos fazer, que estão previstas no PAC e que precisamos dar as devidas correspondências, coisas que precisam de projetos. Nós vamos ter um grande investimento na área do saneamento, o PAC Funasa, principalmente para os pequenos municípios, por que é um problema grande, mas nós sabemos que temos problemas de projeto, então, se não tiver um projeto bem feito, é difícil você retirar o recurso. Então no PAC 2, nós vamos ter dinheiro também para a realização de projetos. Então os municípios que tiverem alguma dificuldade de apresentar um projeto nessas áreas, seja de saneamento, seja de investimento em infra-estrutura urbana, vão poder antes recorrer a um recurso pra fazer projetos.
A senhora citou os aeroportos. O que o governo planeja em relação aos aeroportos do Paraná?
Gleisi - Nós temos dois focos principais agora por causa da Copa, que são os aeroportos de Curitiba e o de Foz do Iguaçu. Curitiba, nós temos a intenção de fazer uma pista adicional, mas nós temos alguns problemas locais, não houve ainda a desapropriação da áreas, o governo do estado precisa desapropriar as famílias, retirar do local pra poder investir. Estão previstos pra isso R$ 310 milhões, para São José dos Pinhais, que atende Curitiba. A outra, são investimentos de quase R$80 milhões para melhorias de infraestrutura no aeroporto, em terminais de cargas, de passageiros, melhorias de pista, de estacionamento. Então isso já começou a ser feito e para a Copa, nós vamos ter esse aeroporto condizente com a necessidade. E em Foz do Iguaçu, nós temos duas ações, a primeira é um investimento de R$ 30 milhões da Infraero e já começaram os processos de licitação para aumentar a capacidade de passageiros, melhorar a situação de embarque e desembarque, adequações de pista. Estamos discutindo no âmbito do governo federal, também, a possibilidade de o aeroporto de Foz do Iguaçu ser uma concessão, como está se estudando agora para Guarulhos e alguns outros aeroportos, para melhorar a situação dos investimentos, para melhorar. Talvez não seja nessa primeira fase, talvez na segunda fase, mas o aeroporto de Foz é um forte candidato à concessão. Aí ele se tornaria um dos grandes aeroportos do Brasil, primeiro pelo fluxo, que tem aí 24, 26 vôos diários, já, mas é um local estratégico, porta do MERCOSUL, tríplice fronteira, então é um aeroporto que se tiver investimento, vai ser um aeroporto importantíssimo pro país.
E sobre a transição Senado-Casa Civil? Era algo que a senhora não esperava, como está sendo lidar com isso?
Gleisi - É uma fase de diagnóstico e depois de aprendizagem, porque embora eu acompanhasse os programas de governo, eu via de fora e não envolvida na execução. Então eu to fazendo muitas reuniões com os ministros, com as equipes. Então eu credito que eu ainda tenha um tempo pra me adaptar aqui. Eu saí do Senado e já vim aqui, parar no meio do coração do governo, porque quase tudo passa pela Casa Civil. Então é óbvio que eu vou precisar de um tempo um pouquinho maior para poder fazer essa adaptação. A transição foi o que foi. Ela não foi planejada, ela aconteceu de uma hora para a outra, eu simples mente repassei o Senado para o Sergio Sousa, e assumi o posto aqui já com uma série de questões andando de compromissos, mas tenho certeza de que vou ter apoio de todos os ministérios. A gente tem conversado muito e isso é um programa, um projeto de governo, a gente tem que se esforçar muito pra que as coisas aconteçam.
Em relação ao governo Lula, que era mais político e o da presidenta Dilma, que é mais técnico, onde a senhora se encaixa? Qual é o seu perfil dentre esses dois contextos?
Gleisi - Eu gosto dos dois estilos de governo, o presidente Lula foi fundamental para o país porque trouxe interlocução direto com a população, colocou o Planalto aberto ao povo, disse que teria que ter projetos que pudessem realmente melhorar a vida do povo brasileiro. Ele fez um corte do que vinha acontecendo e devolveu ao povo sua dignidade e auto-estima. O governo da presidenta Dilma precisa, muito mais, qualificar as intervenções do governo, é como se a gente tivesse vencido uma fase muito emergencial de um país que estava desestruturado e o presidente Lula iniciou. Agora, daqui para frente, nós precisamos qualificar cada projeto, cada programa, porque o Brasil está se tornando grandioso vai ser logo a quinta economia mundial, o povo está em um processo de inclusão, a nossa realidade macroeconômica está muito sólida, então, as exigências do momento são outras e por isso, eu acho que o perfil da presidenta Dilma se adéqua muito a esse momento.
Em relação ao combate à miséria, que é a bandeira da presidenta Dilma. O Paraná é considerado um estado rico do ponto de vista produtivo. Qual experiência a senhora como paranaense pode trazer para cá, para a Casa Civil?
Gleisi - Esclarecer um pouco, porque na verdade, nós somos vistos como um estado rico, mas nós temos muitos problemas. Se você pegar regiões como no Norte Velho do estado, a Região Metropolitana de Curitiba, mais afastada, uma faixa do Noroeste, onde estamos levando programas, nós temos um Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo e que precisa ter estímulo para que a gente possa recuperar essas regiões. Então, com certeza, esse olhar na hora de discutir os programas, definir as prioridades, de estar junto com a presidenta, com a ministra Miriam Belchior, que é gestora do PAC, esse é um olhar que eu quero trazer e vai ajudar a melhorar a situação e tornar de fato um estado rico. Porque como diz a presidenta e é slogan de governo, “um país rico é um país sem miséria.”
Vamos falar alguns nomes da política do Paraná e a senhora resume em uma frase.
Gleisi - Perigoso isso, uma avaliação, um julgamento, mas vamos.
Osmar Dias
Grande companheiro que eu tive o prazer de conviver durante a campanha. É um homem muito sério, muito trabalhador. E com certeza vai colaborar muito com o governo federal aonde está.
Roberto Requião
Nosso governador por três mandatos, um homem que tem uma caminhada política intensa no Paraná. Firme nos seus propósitos, muitas vezes agressivo nas suas idéias, o que o torna deveras polêmico e eu acho que cumpriu um ciclo muito importante na política paranaense.
Rafael Greca
O Rafael é uma alegria. É um homem muito inteligente, capacitado e sempre quando converso com ele aprendo muito com o nosso ex-deputado.
Jaime Lerner
Referência em desenvolvimento urbano. Marcou a cidade de Curitiba para o Brasil e para o mundo. Infelizmente, em relação ao governo do estado não conseguiu levar esse propósito. Mas é um urbanista e um profissional de grande qualidade a quem respeito muito.
Beto Richa
Governador do estado, foi prefeito da capital. Está iniciando o mandato e eu desejo muita sorte e que faça o melhor para o nosso estado.
A senhora se tornou uma grande liderança política no Paraná, teve mais votos do que o governador do estado. Isso quer dizer que podemos esperar alianças em 2012 e seu nome nas urnas em 2014?
Gleisi - Não, não estou aqui para me projetar. Quando eu estava no Senado me perguntavam se eu queria ser candidata para governadora e eu dizia que quando você está na vida pública, eleitoral, você não pode tirar uma perspectiva da sua frente. Assim como fui candidata ao Senado e me elegi, eu posso ser candidata ao governo e me eleger, mas o meu foco não é esse, o meu foco é ajudar a presidenta Dilma aqui na Casa Civil. É ajudá-la a fazer com que os projetos e os programas se concretizem e que a gente continue fazendo com que o Brasil avance.
E qual é a análise da senhora do trio Gleisi, Dilma e Ideli, as três mulheres nos cargos mais importantes do país?
Gleisi - Foi uma surpresa para o Brasil, nós não temos nenhum país que tenha tantas mulheres num núcleo de governo, no núcleo de poder. Todas nós entendemos o poder como um serviço. Não é um poder que nos afeta. Nós vemos a situação como um exercício daquilo que nós podemos fazer, é um exercício do serviço que nós podemos prestar ao país, é isso que nos une.
A senhora gostaria de mandar um recado para o povo paranaense?
Gleisi - Muita gratidão, pela minha eleição no Senado, por acreditar em mim. Carinho e gratidão pela comemoração pela indicação na Casa Civil. Espero sinceramente, mais do que orgulhar o estado do Paraná. Prestar um bom serviço ao Paraná e ao Brasil aqui e dizer que não esqueço de onde eu vim, eu estou aqui, mas estou de olho no meu estado, em todas as regiões e quero ajudar muito o Paraná. Fui eleita senadora para defender meu estado na Federação, vou continuar a defender e defender o crescimento do Brasil.
Quem é a Gleisi ministra?
Gleisi - Uma mulher decidida a acertar muito, ou a errar menos. Com muito propósito de servir, fazer com que as coisas aconteçam e fazer com que o pai de família, a mãe de família sintam que os programas de governo estão fazendo diferença nas suas vidas.
Hoje é uma quinta-feira, um feriado, é esse o ritmo de trabalho?
Gleisi - É esse o ritmo, porque estou muito no início. Então preciso pegar pé da situação. Sempre trabalhei muito, não tenho medo disso, não. E aqui é um lugar onde eu vou ter que trabalhar muito. Então estou aproveitando essa quinta-feira pra despachar temas que eu não consegui fazer durante a semana e também estudar um pouco outros temas e aproveitar o momento que eu estou em Brasília. Não voltei ao Paraná ainda e possivelmente farei isso no sábado, porque dá uma dinâmica ao trabalho. Queria aproveitar e agradecer à ADI e à ADIPAR, todas as rádios, os meio de comunicação do meu estado, principalmente os regionais o tratamento dado pelos meios regionais, que sempre foram muito corretos comigo e sempre me deram muito espaço, sempre me deram o direito do contraditório e me colocaram junto com a população. Então eu tenho um carinho muito grande pela imprensa regional. Eu queria deixar aqui a minha gratidão à maneira que me tratam, que é muito especial.
Gleisi - Eu conversei com o senador Sergio, pedi p ele ter um carinho muito especial para acompanhar os meus projetos. Principalmente esse das donas de casa, que já foi aprovado no Senado e agora foi para a Câmara. E se for aprovado na Câmara, nós temos que implementar, e então vem pra presidenta. Então, por enquanto gente não está interferindo do ponto de vista do governo, porque é um projeto que está no Legislativo, mas eu pedi pro Sergio sim, para acompanhar.
Falando da regionalização, das reuniões com os prefeitos que a senhora teve logo que eleita, poderia destacar projetos nas regiões Sudoeste, Noroeste, Litoral, o que dá para destacar?
Gleisi - Eu fiz várias reuniões com associações de prefeitos, até porque eu achei que era a melhor forma de melhor poder ouvi-los e corresponder e sempre dizia o seguinte, nós temos que pensar além das questões municipais, também nos projetos de desenvolvimento regional. Na região Noroeste, nós construímos junto com as associações de prefeitos e com os prefeitos e lideranças da sociedade, um projeto muito interessante que está a cargo da orientação do Banco do Brasil e se chama Arenito Caiuá, que é um projeto de desenvolvimento da economia regional com foco em algumas áreas, fruticultura, mandioca, bovinocultura, frango. São questões que já estão sendo produzidas naquela região, mas que se nós tivermos estímulos e organizarmos a cadeia produtiva e a cadeia de comercialização e consumo, isso poderá ter uma ação muito mais efetiva, beneficiando todos os municípios. Atinge mais de 100 municípios lançamos lá, inclusive junto com o ex-senador, Osmar Dias, que é o vice-presidente de agronegócios do BB e todas as agências estão muito empenhadas e o governo está observando.
Então todo esse projeto se trata de uma organização da cadeia produtiva?
Gleisi - É organização na cadeia produtiva, nesses produtos que eu listei e também na cadeia de consumo. Então aí tem crédito mais barato, assistência técnica, recuperação de terra, uma série de coisas, entre a prefeitura, entre o governo estadual, entre o governo federal. Então isso dá sustentabilidade pra região. Claro que todos os outros programas do governo vão continuar, vai ter Pronaf, o Bolsa Família, todos os programas, mas essa organização econômica dá sustentabilidade. E na questão do Sudoeste, nós fizemos algo parecido, mas com muito foco na Bacia Leiteira, o Sudoeste é a região do Paraná com maior produção de leite do estado e a segunda maior do Brasil, então é muito importante nós darmos sustentação. Nós podíamos estar muito mais avançados, mas nós temos problemas lá, de matrizes, de pasto, de vacinação, de articulação entre os produtores, armazenamento, de venda, a qualidade do leite. Então o que nós discutimos aí incluindo o BNDES e o BB, também. O projeto da Bacia Leiteira deve ser lançado agora em julho ou agosto. O Osmar Dias também está à frente, e a idéia é um crédito mais barato, subsidiado, principalmente com foco em matrizes, melhoria do rebanho, melhoria de pastagem, acompanhamento pra melhorar a qualidade do leite e melhorar o preço para o produtor, mas também para agregar valor. Nós não queremos que o Sudoeste produza leite, nós queremos que o Sudoeste produza queijo. E tem condições de fazer isso, bons queijos e bons derivados do leite. Então, o projeto que está sendo montado com o BNDES, inclusive com recursos a fundo perdido serve para capacitar o nosso produtor pra além do leite, produzir seus derivados.
No litoral, temos o pré-sal, é por aí?
Gleisi - É por aí, temos o pré-sal, com uma capacidade de investimento grande. A gente já tem conversado com a Petrobras sobre isso, nós queremos plataformas lá também, para construção de embarcações do pré-sal. Estamos conversando, junto com o governo do estado, com várias empresas da iniciativa privada e a Petrobras tem orientado. Se nós conseguirmos, lá, colocar um estaleiro, como estava previsto. A gente tem feito várias ações no governo pra ajudar isso a acontecer, desde acompanhamento de licença, e, problemas que tinham, relativos à área de Marinha e a Petrobras está nos orientando. Nós vamos gerar no litoral mais de 3 mil empregos diretos. Isso é um impacto muito grande, além claro, da modernização do porto de Paranaguá, em conjunto com o governo do estado, um porto de passageiros é o que nós queremos. Tem no âmbito do PAC e do governo federal, uma série de iniciativas que tendo resposta do governo do estado e dos municípios, nós temos condição de avançar bastante.
Gleisi - Eu fiz várias reuniões com associações de prefeitos, até porque eu achei que era a melhor forma de melhor poder ouvi-los e corresponder e sempre dizia o seguinte, nós temos que pensar além das questões municipais, também nos projetos de desenvolvimento regional. Na região Noroeste, nós construímos junto com as associações de prefeitos e com os prefeitos e lideranças da sociedade, um projeto muito interessante que está a cargo da orientação do Banco do Brasil e se chama Arenito Caiuá, que é um projeto de desenvolvimento da economia regional com foco em algumas áreas, fruticultura, mandioca, bovinocultura, frango. São questões que já estão sendo produzidas naquela região, mas que se nós tivermos estímulos e organizarmos a cadeia produtiva e a cadeia de comercialização e consumo, isso poderá ter uma ação muito mais efetiva, beneficiando todos os municípios. Atinge mais de 100 municípios lançamos lá, inclusive junto com o ex-senador, Osmar Dias, que é o vice-presidente de agronegócios do BB e todas as agências estão muito empenhadas e o governo está observando.
Então todo esse projeto se trata de uma organização da cadeia produtiva?
Gleisi - É organização na cadeia produtiva, nesses produtos que eu listei e também na cadeia de consumo. Então aí tem crédito mais barato, assistência técnica, recuperação de terra, uma série de coisas, entre a prefeitura, entre o governo estadual, entre o governo federal. Então isso dá sustentabilidade pra região. Claro que todos os outros programas do governo vão continuar, vai ter Pronaf, o Bolsa Família, todos os programas, mas essa organização econômica dá sustentabilidade. E na questão do Sudoeste, nós fizemos algo parecido, mas com muito foco na Bacia Leiteira, o Sudoeste é a região do Paraná com maior produção de leite do estado e a segunda maior do Brasil, então é muito importante nós darmos sustentação. Nós podíamos estar muito mais avançados, mas nós temos problemas lá, de matrizes, de pasto, de vacinação, de articulação entre os produtores, armazenamento, de venda, a qualidade do leite. Então o que nós discutimos aí incluindo o BNDES e o BB, também. O projeto da Bacia Leiteira deve ser lançado agora em julho ou agosto. O Osmar Dias também está à frente, e a idéia é um crédito mais barato, subsidiado, principalmente com foco em matrizes, melhoria do rebanho, melhoria de pastagem, acompanhamento pra melhorar a qualidade do leite e melhorar o preço para o produtor, mas também para agregar valor. Nós não queremos que o Sudoeste produza leite, nós queremos que o Sudoeste produza queijo. E tem condições de fazer isso, bons queijos e bons derivados do leite. Então, o projeto que está sendo montado com o BNDES, inclusive com recursos a fundo perdido serve para capacitar o nosso produtor pra além do leite, produzir seus derivados.
No litoral, temos o pré-sal, é por aí?
Gleisi - É por aí, temos o pré-sal, com uma capacidade de investimento grande. A gente já tem conversado com a Petrobras sobre isso, nós queremos plataformas lá também, para construção de embarcações do pré-sal. Estamos conversando, junto com o governo do estado, com várias empresas da iniciativa privada e a Petrobras tem orientado. Se nós conseguirmos, lá, colocar um estaleiro, como estava previsto. A gente tem feito várias ações no governo pra ajudar isso a acontecer, desde acompanhamento de licença, e, problemas que tinham, relativos à área de Marinha e a Petrobras está nos orientando. Nós vamos gerar no litoral mais de 3 mil empregos diretos. Isso é um impacto muito grande, além claro, da modernização do porto de Paranaguá, em conjunto com o governo do estado, um porto de passageiros é o que nós queremos. Tem no âmbito do PAC e do governo federal, uma série de iniciativas que tendo resposta do governo do estado e dos municípios, nós temos condição de avançar bastante.
A senhora falou bastante dos programas que apóia que são subsidiado pelo PAC. E o que o Paraná pode esperar do PAC 2?
Gleisi - Muita coisa, nós temos o Minha Casa, Minha Vida, que faz parte desse arcabouço do PAC, vai ser aberto para que os municípios inscrevam seus projetos. E eu espero que tendo bons projetos a gente consiga direcionar bastante recursos ao Paraná pra fazer moradias, que é uma das coisas que nós mais precisamos. Temos R$3 bilhões de investimentos em rodovias, tem a Ferroeste que nós estamos investindo, a questão do porto, para a Copa, todo um investimento direcionado para mobilidade urbana, principalmente Curitiba e nos aeroportos que vão servir de base, como é o caso de Foz do Iguaçu. Além disso tem o PAC geral, a questão de investimentos na capital para melhorar a mobilidade, como é o metrô e estamos começando a discutir novamente o contorno ferroviário. É um conjunto de ações que nós queremos fazer, que estão previstas no PAC e que precisamos dar as devidas correspondências, coisas que precisam de projetos. Nós vamos ter um grande investimento na área do saneamento, o PAC Funasa, principalmente para os pequenos municípios, por que é um problema grande, mas nós sabemos que temos problemas de projeto, então, se não tiver um projeto bem feito, é difícil você retirar o recurso. Então no PAC 2, nós vamos ter dinheiro também para a realização de projetos. Então os municípios que tiverem alguma dificuldade de apresentar um projeto nessas áreas, seja de saneamento, seja de investimento em infra-estrutura urbana, vão poder antes recorrer a um recurso pra fazer projetos.
A senhora citou os aeroportos. O que o governo planeja em relação aos aeroportos do Paraná?
Gleisi - Nós temos dois focos principais agora por causa da Copa, que são os aeroportos de Curitiba e o de Foz do Iguaçu. Curitiba, nós temos a intenção de fazer uma pista adicional, mas nós temos alguns problemas locais, não houve ainda a desapropriação da áreas, o governo do estado precisa desapropriar as famílias, retirar do local pra poder investir. Estão previstos pra isso R$ 310 milhões, para São José dos Pinhais, que atende Curitiba. A outra, são investimentos de quase R$80 milhões para melhorias de infraestrutura no aeroporto, em terminais de cargas, de passageiros, melhorias de pista, de estacionamento. Então isso já começou a ser feito e para a Copa, nós vamos ter esse aeroporto condizente com a necessidade. E em Foz do Iguaçu, nós temos duas ações, a primeira é um investimento de R$ 30 milhões da Infraero e já começaram os processos de licitação para aumentar a capacidade de passageiros, melhorar a situação de embarque e desembarque, adequações de pista. Estamos discutindo no âmbito do governo federal, também, a possibilidade de o aeroporto de Foz do Iguaçu ser uma concessão, como está se estudando agora para Guarulhos e alguns outros aeroportos, para melhorar a situação dos investimentos, para melhorar. Talvez não seja nessa primeira fase, talvez na segunda fase, mas o aeroporto de Foz é um forte candidato à concessão. Aí ele se tornaria um dos grandes aeroportos do Brasil, primeiro pelo fluxo, que tem aí 24, 26 vôos diários, já, mas é um local estratégico, porta do MERCOSUL, tríplice fronteira, então é um aeroporto que se tiver investimento, vai ser um aeroporto importantíssimo pro país.
E sobre a transição Senado-Casa Civil? Era algo que a senhora não esperava, como está sendo lidar com isso?
Gleisi - É uma fase de diagnóstico e depois de aprendizagem, porque embora eu acompanhasse os programas de governo, eu via de fora e não envolvida na execução. Então eu to fazendo muitas reuniões com os ministros, com as equipes. Então eu credito que eu ainda tenha um tempo pra me adaptar aqui. Eu saí do Senado e já vim aqui, parar no meio do coração do governo, porque quase tudo passa pela Casa Civil. Então é óbvio que eu vou precisar de um tempo um pouquinho maior para poder fazer essa adaptação. A transição foi o que foi. Ela não foi planejada, ela aconteceu de uma hora para a outra, eu simples mente repassei o Senado para o Sergio Sousa, e assumi o posto aqui já com uma série de questões andando de compromissos, mas tenho certeza de que vou ter apoio de todos os ministérios. A gente tem conversado muito e isso é um programa, um projeto de governo, a gente tem que se esforçar muito pra que as coisas aconteçam.
Em relação ao governo Lula, que era mais político e o da presidenta Dilma, que é mais técnico, onde a senhora se encaixa? Qual é o seu perfil dentre esses dois contextos?
Gleisi - Eu gosto dos dois estilos de governo, o presidente Lula foi fundamental para o país porque trouxe interlocução direto com a população, colocou o Planalto aberto ao povo, disse que teria que ter projetos que pudessem realmente melhorar a vida do povo brasileiro. Ele fez um corte do que vinha acontecendo e devolveu ao povo sua dignidade e auto-estima. O governo da presidenta Dilma precisa, muito mais, qualificar as intervenções do governo, é como se a gente tivesse vencido uma fase muito emergencial de um país que estava desestruturado e o presidente Lula iniciou. Agora, daqui para frente, nós precisamos qualificar cada projeto, cada programa, porque o Brasil está se tornando grandioso vai ser logo a quinta economia mundial, o povo está em um processo de inclusão, a nossa realidade macroeconômica está muito sólida, então, as exigências do momento são outras e por isso, eu acho que o perfil da presidenta Dilma se adéqua muito a esse momento.
Em relação ao combate à miséria, que é a bandeira da presidenta Dilma. O Paraná é considerado um estado rico do ponto de vista produtivo. Qual experiência a senhora como paranaense pode trazer para cá, para a Casa Civil?
Gleisi - Esclarecer um pouco, porque na verdade, nós somos vistos como um estado rico, mas nós temos muitos problemas. Se você pegar regiões como no Norte Velho do estado, a Região Metropolitana de Curitiba, mais afastada, uma faixa do Noroeste, onde estamos levando programas, nós temos um Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo e que precisa ter estímulo para que a gente possa recuperar essas regiões. Então, com certeza, esse olhar na hora de discutir os programas, definir as prioridades, de estar junto com a presidenta, com a ministra Miriam Belchior, que é gestora do PAC, esse é um olhar que eu quero trazer e vai ajudar a melhorar a situação e tornar de fato um estado rico. Porque como diz a presidenta e é slogan de governo, “um país rico é um país sem miséria.”
Vamos falar alguns nomes da política do Paraná e a senhora resume em uma frase.
Gleisi - Perigoso isso, uma avaliação, um julgamento, mas vamos.
Osmar Dias
Grande companheiro que eu tive o prazer de conviver durante a campanha. É um homem muito sério, muito trabalhador. E com certeza vai colaborar muito com o governo federal aonde está.
Roberto Requião
Nosso governador por três mandatos, um homem que tem uma caminhada política intensa no Paraná. Firme nos seus propósitos, muitas vezes agressivo nas suas idéias, o que o torna deveras polêmico e eu acho que cumpriu um ciclo muito importante na política paranaense.
Rafael Greca
O Rafael é uma alegria. É um homem muito inteligente, capacitado e sempre quando converso com ele aprendo muito com o nosso ex-deputado.
Jaime Lerner
Referência em desenvolvimento urbano. Marcou a cidade de Curitiba para o Brasil e para o mundo. Infelizmente, em relação ao governo do estado não conseguiu levar esse propósito. Mas é um urbanista e um profissional de grande qualidade a quem respeito muito.
Beto Richa
Governador do estado, foi prefeito da capital. Está iniciando o mandato e eu desejo muita sorte e que faça o melhor para o nosso estado.
A senhora se tornou uma grande liderança política no Paraná, teve mais votos do que o governador do estado. Isso quer dizer que podemos esperar alianças em 2012 e seu nome nas urnas em 2014?
Gleisi - Não, não estou aqui para me projetar. Quando eu estava no Senado me perguntavam se eu queria ser candidata para governadora e eu dizia que quando você está na vida pública, eleitoral, você não pode tirar uma perspectiva da sua frente. Assim como fui candidata ao Senado e me elegi, eu posso ser candidata ao governo e me eleger, mas o meu foco não é esse, o meu foco é ajudar a presidenta Dilma aqui na Casa Civil. É ajudá-la a fazer com que os projetos e os programas se concretizem e que a gente continue fazendo com que o Brasil avance.
E qual é a análise da senhora do trio Gleisi, Dilma e Ideli, as três mulheres nos cargos mais importantes do país?
Gleisi - Foi uma surpresa para o Brasil, nós não temos nenhum país que tenha tantas mulheres num núcleo de governo, no núcleo de poder. Todas nós entendemos o poder como um serviço. Não é um poder que nos afeta. Nós vemos a situação como um exercício daquilo que nós podemos fazer, é um exercício do serviço que nós podemos prestar ao país, é isso que nos une.
A senhora gostaria de mandar um recado para o povo paranaense?
Gleisi - Muita gratidão, pela minha eleição no Senado, por acreditar em mim. Carinho e gratidão pela comemoração pela indicação na Casa Civil. Espero sinceramente, mais do que orgulhar o estado do Paraná. Prestar um bom serviço ao Paraná e ao Brasil aqui e dizer que não esqueço de onde eu vim, eu estou aqui, mas estou de olho no meu estado, em todas as regiões e quero ajudar muito o Paraná. Fui eleita senadora para defender meu estado na Federação, vou continuar a defender e defender o crescimento do Brasil.
Quem é a Gleisi ministra?
Gleisi - Uma mulher decidida a acertar muito, ou a errar menos. Com muito propósito de servir, fazer com que as coisas aconteçam e fazer com que o pai de família, a mãe de família sintam que os programas de governo estão fazendo diferença nas suas vidas.
Hoje é uma quinta-feira, um feriado, é esse o ritmo de trabalho?
Gleisi - É esse o ritmo, porque estou muito no início. Então preciso pegar pé da situação. Sempre trabalhei muito, não tenho medo disso, não. E aqui é um lugar onde eu vou ter que trabalhar muito. Então estou aproveitando essa quinta-feira pra despachar temas que eu não consegui fazer durante a semana e também estudar um pouco outros temas e aproveitar o momento que eu estou em Brasília. Não voltei ao Paraná ainda e possivelmente farei isso no sábado, porque dá uma dinâmica ao trabalho. Queria aproveitar e agradecer à ADI e à ADIPAR, todas as rádios, os meio de comunicação do meu estado, principalmente os regionais o tratamento dado pelos meios regionais, que sempre foram muito corretos comigo e sempre me deram muito espaço, sempre me deram o direito do contraditório e me colocaram junto com a população. Então eu tenho um carinho muito grande pela imprensa regional. Eu queria deixar aqui a minha gratidão à maneira que me tratam, que é muito especial.
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