Valter Pagliosa, ex-chefe regional do IAP, foi demitido do órgão, em abril, após o senador Roberto Requião tornar pública a participação dele no filme erótico A Outra Metade
O ex-chefe regional do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em Cascavel, no Oeste do Paraná, Valter Pagliosa, entrou com uma ação por danos morais contra o Estado e cobra R$ 1 milhão em indenização. Ele foi demitido do órgão, em abril, após o senador Roberto Requião (PMDB) tornar pública a participação de Pagliosa no filme erótico “A Outra Metade”, rodado em 2006. Pelo Twitter, Requião disse que o governador Beto Richa (PSDB) havia nomeado um “ator pornô” para fazer parte do governo. Pascoal Muzzelli Neto, advogado de Pagliosa, disse que seu cliente foi taxado de ator pornô sem ter feito filmes pornográficos. O filme estrelado por Pagliosa tem classificação de erótico. Ainda de acordo com o advogado, a repercussão do caso fez com que o ex-chefe do IAP virasse motivo de piadas. “Ele passou a ser chamado de Valter Surfistinha”, diz, em referência ao filme “Bruna Surfistinha”, que conta a história de uma garota de programa de luxo.
Para o advogado, houve preconceito e discriminação contra seu cliente. Segundo ele, Pagliosa não foi julgado por sua atividade profissional, mas por uma conduta do passado. Na ação, Pagliosa ainda quer que o governo corrija sua exoneração que foi publicada como se ele tivesse pedido para deixar o cargo. “O decreto o exonera a pedido, mas ele nega ter pedido exoneração, foi exonerado a força. Estamos pedindo que se anule o decreto corrigindo a informação. Ele não pretende se reintegrar ao cargo, só quer a correção”, afirma.
Muzzelli Neto informou ainda que por conta da polêmica em torno do assunto, Pagliosa está desempregado. Segundo ele, o ex-chefe do IAP tem procurado trabalho na área de técnica ambiental, mas ainda não conseguiu uma ocupação.
O governo do estado não se manifestou sobre a ação.
Luiz Carlos da Cruz - Gz
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