quinta-feira, 30 de junho de 2011

::: GOVERNO - Previdência deverá pagar em agosto metade do 13º de aposentados e pensionistas

A Previdência Social deverá antecipar para agosto o pagamento de metade do 13º salário referente a 2011 dos aposentados e pensionistas. As centrais sindicais e os sindicatos ligados aos aposentados reivindicaram a definição de uma política de antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas. Os ministérios da Previdência e da Fazenda estão negociando os termos dessa política. A proposta em pauta prevê a antecipação de 2011 para agosto e a de 2012 para julho. A partir de 2013, metade do 13° seria paga em junho.

::: NORTE DO ESTADO - Ônibus com passageiros de Paranavaí é assalto na PR-445

Veículo de turismo estava com 26 passageiros que iriam para o interior de São Paulo. Vítimas ficaram quatro horas trancadas dentro do bagageiro do ônibus

Um ônibus de turismo com passageiros de Paranavaí, Noroeste do estado, que iria para Assis (SP) foi assaltado, na madrugada desta quinta-feira (30), na PR-445 próximo à cidade de Sertanópolis. Os ladrões usaram um carro para abordar o ônibus e trancaram as vítimas dentro do bagageiro.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o veículo usado no assalto, um Voyage, tinha sido furtado em Sarandi. Os passageiros relataram que o crime teria sido cometido por dois homens armados. Após abordarem o ônibus, os ladrões obrigaram o motorista a dirigir até um milharal próximo à cidade de Cambé.
As vítimas permaneceram trancadas no bagageiro por quase quatro horas, quando o motorista conseguiu sair e acionar a polícia. Conforme a PRE, os ladrões levaram o dinheiro dos passageiros, além de celulares e pertences pessoais.

GzMga

::: CARROS - Tem muita gordura pra queimar

O Azera, da Hyundai, chegou a ser vendido por R$ 110 mil

Quem deseja um Míni Cooper vai pagar a pequena fortuna de R$ 105 mil. 


A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, apresentou ontem (29) o seu Estudo de Competitividade no Setor Automobilístico, para mostrar ao governo o que considera uma “injusta concorrência” da indústria instalada no Brasil em relação aos importadores. 
Cledorvino Belini, presidente da entidade, responsabiliza os custos dos insumos pelo alto preço do carro feito no Brasil. Disse que o aço custa 50% mais caro no Brasil em relação a outros países e que a energia no País é uma das mais caras do mundo. 
Os fabricantes consideram que o custo dos insumos encarece e prejudica a competitividade da indústria nacional. “O aço comprado no Brasil é 40% mais caro do que o importado da China, que usa minério de ferro brasileiro para a produção”, disse Belini. Ele apontou também os custos com a logística como um problema da indústria nacional e criticou a oneração do capital: “É preciso que o governo desonere o capital nos três setores: cadeia produtiva, na infraestrutura e na exportação de tributos”. 
Mas para os importadores, o que os fabricantes querem é se defender de uma queda na participação das vendas internas, o que vem acontecendo desde a abertura do mercado, há duas décadas. 
“As montadoras tradicionais tentam evitar a perda de participação tanto para as novas montadoras quanto para as importadoras”, disse José Carlos Gandini, presidente da Kia e da Abeiva, a associação dos importadores de veículos. “Mas o dólar é o mesmo pra todo mundo. As montadoras também compram componentes lá fora.” 
Gandini disse que os carros importados já são penalizados; que as fábricas instaladas aqui estão protegidas por uma alíquota de 35% aplicada no preço do carro estrangeiro, por isso não se trata de uma concorrência desleal: “ao contrário, as grandes montadoras não querem é abrir mão da margem de lucro”. 
Na verdade, o setor tem (muita) gordura pra queimar, tanto às fábricas instaladas aqui quanto os importadores. O preço de alguns carros baixou até 20% ou 30% depois da crise econômica, por causa da grande concorrência. 
O Azera, da Hyundai, chegou a ser vendido por R$ 110 mil. Hoje custa R$ 70 mil. Claro que a importadora não está tendo prejuízo vendendo o carro por R$ 70 mil. Então, tinha um lucro adicional de R$ 40 mil, certo? Se você considerar que o carro paga mais 35% de alíquota de importação, além de todos os impostos pagos pelos carros feitos no Brasil, dá pra imaginar o lucro das montadoras. 
Um exemplo recente revela que o preço pode ser remanejado de acordo com as condições do mercado: uma importadora fez um pedido à matriz de um novo lançamento, mas foi apenas parcialmente atendida, recebeu a metade do volume solicitado. Então, “reposicionou” o carro para um patamar de preço superior, passando de R$ 75 mil para R$ 85 mil. 
A GM chegou a vender um lote do Classic com desconto de 35% para uma locadora paulista, segundo um ex-executivo da locadora em questão.
Entre os carros fabricados aqui, Fiesta, C3, Línea receberam mais equipamentos e baixaram os preços, depois da chegada dos chineses, que vieram completos e mais baratos que os concorrentes. 
Um consultor explicou como é feita a formação do preço: ao lançar o carro, o fabricante verifica a concorrência. Caso não tenha referência no mercado, posiciona o preço num patamar superior. Se colar, colou. Caso contrário passa a dar bônus para a concessionária até reposicionar o produto num preço que o consumidor está disposto a pagar. 
A propósito, a estratégia vale para qualquer produto, de qualquer setor.

Mini no tamanho, big no preço 
Míni Cooper, Cinquecento e Smart, são conceitos diferentes de um carro comum: embora menores do que os carros da categoria dos pequenos, eles proporcionam mais conforto, sem contar o cuidado e o requinte com que são construídos. São carros chiques, equipados, destinados a um público que quer se exibir, que quer estar na moda, que paga R$ 50 ou R$ 60 mil por um carro menor do que o Celta, que custa R$ 30 mil. 
O Smart (R$ 50 mil) tem quatro airbags, ar-condicionado digital, freios ABS com EBD, controle de tração e controle de estabilidade. O Cinquencento (R$ 60 mil) vem com sete airbags, banco de couro, ar-condicionado digital, teto solar, controle de tração. E quem comprar o minúsculo Míni Cooper vai pagar a pequena fortuna de R$ 105 mil. 
Mesmo com todos esses equipamentos, os preços desses carros são muito altos, incomparáveis com os preços dos mesmos carros em seus países de origem. (A Fiat vai lançar no mês que vem o Cinquecento feito nom México, o que deve baratear o preço final.) 
Os chineses estão mudando esse quadro. O QQ, da Chery, vem a preço de popular mesmo recheado de equipamentos, alguns deles inexistentes mesmo em carros de categoria superior, como airbag duplo e ABS, além de CD Player, sensor de estacionamento. O carro custa R$ 22.990,00, isso porque o importador sofreu pressão das concessionárias para não baixar o preço ainda mais. 
“A idéia original – disse o presidente da Chery no Brasil, Luiz Curi – era vender o QQ por R$ 19,9 mil”. Segundo Curi, o preço do QQ poderá chegar a menos de R$ 20 mil na versão 1.0 flex, que chega no ano que vem. Hoje o carro tem motor 1.1 litro e por isso recolhe o dobro do IPI do 1000cc, ou 13%, isso além dos 35% de Imposto de Importação. 
Por isso não dá para acreditar que as montadoras têm “um lucro de R$ 500,00 no carro de 1000cc”, como costumam alardear alguns fabricantes.
Tem é muita gordura pra queimar 
As fábricas reduzem os custos com o aumento da produção, espremem os fornecedores, que reclamam das margens limitadas, o governo reduz impostos, como fez durante a crise, as vendas explodem e o Brasil se torna o quarto maior mercado consumidor e o sexto maior produtor. E o Lucro Brasil permanece inalterado, obrigando o consumidor a comprar o carro mais caro do mundo.

Joel Leitte - UOL Carros

::: PRIMEIRA LEITURA

Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para Ti. 2 Crônicas 20:12

quarta-feira, 29 de junho de 2011

::: ESPORTE - Altoparanaense disputará no Colorado-EUA, Pan Americano de Taekwondo

Prefeito Cláudio Golemba recebeu em seu gabinete o atleta de Alto Paraná, Felipe Kenji que em setembro estará embarcando para o Pan Americano de Taekwondo no estado do Colorado-EUA. Na foto, o chefe do Departamento de Desportos e Cultura, Professor José Luiz Bellini, atleta Felipe Kenji e o prefeito de Alto Paraná, dr. Cláudio Golemba

Felipe Kenji Enju, atleta da Seleção Brasileira de Taekwondo em recente visita aos seus familiares no Distrito de Santa Maria, município de Alto Paraná, esteve visitando o prefeito Claudio Golemba e que o recebeu juntamente com o Chefe do Departamento de Desportos e Cultura, Professor José Luiz Bellini.
Felipe da categoria juvenil até 59kg conseguiu vaga para o Campeonato Pan-Americano de Taekwondo que acontecerá no mês de setembro no estado do Colorado, nos Estados Unidos.
Antes desse desafio internacional, em julho Felipe Kenji participará do Campeonato Brasileiro em Porto Velho-RO.
O atleta Felipe Kenji, tem o apoio imprescindível da Prefeitura Municipal de Alto Paraná e do Departamento de Desportos e Cultura.

::: UNIFLOR - Essa não é “estória” de pescador...


Em mais um final de semana de pesca, num domingo do mês de junho, o pescador Alceu Serijolli, acompanhado do filho David e do amigo Itamar Arenque (Nenê), todos da cidade de Uniflor, sentiram a linha da vara de pesca no limite.
E, nas profundezas do Rio Paranapanema, no local mais conhecido como “Poção da Guanabara”, o trio uniflorense foi surpreendido, pois um belíssimo Pacú de quase 17 kilos, que após muita cautela e domínio por parte dos pescadores conseguiram tirar o peixe da água.
Segundo alguns pescadores entendidos do assunto, um Pacú para chegar a esse tamanho em um rio como o Paranapanema leva mais de dez anos.
Parabéns ao pescador Alceu Serijolli, do Mercado Mineiro de Uniflor, e ao filho David e amigo Itamar Arenque( Nenê) que testemunharam a façanha e compravam através do registro fotográfico o feito, para ninguém pensar que foi apenas mais uma “estória” de pescador.

::: FICOU NA HISTÓRIA

A partir de hoje esse blog irá abrir uma nova coluna com o título: "Ficou na história".
Aqui vou postar sempre que possível fotos que fazem parte da história de Nova Esperança e região.
Fotos do comércio, de pessoas, de manifestações políticas e muito mais...
Enfim, tudo o que "Ficou na história", tendo como base o arquivo fotográfico do Jornal Noroeste

Ano de 1997 - Como o outdoor anunciava estava para acontecer em Nova Esperança o "Radade Rodeo", que com a audácia do empresário Pedro Radade e o apoio dos Independentes de Barretos, realizariam naquele ano uma grande festa. No momento da foto, a Kombi subia a avenida 14 de Dezembro que até então tinha duplo sentido de circulação. Ao fundo o Condomínio Residencial Caiuá estava sendo erguido e a bonita parte comercial que hoje existe ainda sequer aparecia. "Ficou na história"... 

::: LITERATURA - 7ª Feira do Livro da Escola Ana Rita de Cássia


A Escola Municipal Ana Rita de Cássia, convida a toda comunidade para a 7ª Feira do Livro, com o tema: "Ler e preservar o meio ambiente é coisa de gente inteligente".
Dia: 07 de julho
Horário: 08h às 18h30
No pátio da Escola Ana Rita

::: FESTA - VI IFEJEAP – ALTO PARANÁ

::: Esse final de semana tem festa em Alto Paraná, é a VI IFEJEAP - Integração das Festas Juninas Escolares de Alto Paraná, abaixo está o convite :::

ATENÇÃO PESSOAL!!!
Convidamos você e sua família para a VI IFEJEAP, que estará pra lá de boa!
Compareçam para prestigiar as danças, participar do Show de Prêmios, da pescaria e saborear um delicioso chá de amendoim, cachorro quente, quentão, pipoca e muito mais...
SÁBADO, 02 de Julho à partir das 19h30 lá no Centro de Eventos de Alto Paraná

::: AGRICULTURA/ FRIO - Geada destrói grande parte das lavouras de milho

Um ano ótimo, outro ruim. Se 2010 foi um dos melhores para a produtividade e a qualidade do milho safrinha na região, 2011 tem tudo para não deixar saudade. Depois de uma largada promissora, com bastante chuva, a lavoura enfrentou um período de prolongada estiagem. A volta das chuvas ocorreu com tempestades que promoveram, em algumas regiões, o acamamento das plantas. Para completar, as duas últimas noites foram de geadas. No amanhecer de ontem, os produtores se surpreenderam com a forte intensidade do frio e o cenário é de perdas generalizadas.

O engenheiro agrônomo João Carlos de Souza, gerente da Unidade Maringá da Cocamar, informa que ainda não é possível quantificar os prejuízos, pois isto ainda vai depender de um levantamento que poderá levar dias.

“De domingo para segunda-feira, geou nas baixadas. Mas na noite de segunda para terça, o frio atingiu todas as partes das propriedades, incluindo a cabeceira”, informa. A lavoura foi afetada em sua fase mais suscetível, a de granação.

ZERO GRAU - Na região da Cocamar, a temperatura média ficou em torno de 2 graus positivos, mas há lugares onde os termômetros chegaram a níveis ainda mais baixos.

Na propriedade do cooperado Dirceu Tezolin, situada na gleba Pinguim, em Maringá, a temperatura apontou zero grau. O produtor diz que a dimensão do estrago só pode ser avaliada daqui a uma semana, mas seus 12 alqueires de milho sofreram perdas acentuadas. Metade da lavoura, segundo ele, estava em fase de maturação; a outra metade, em enchimento de grão. “As folhas congelaram. Vamos acionar o Proagro. A geada pegou em cheio”, lamenta Tezolin.

O gerente João Carlos de Souza prevê danos gerais na agricultura, incluindo as lavouras de café - muitas ainda em fase de colheita - e pastagens.

“Nos últimos dias, alertados pelos anúncios meteorológicos, cafeicultores procuraram proteger as plantas mais jovens, com o chegamento de terra, o que ajudou um pouco”, cita, acrescentando que o frio deve ter causado prejuízos inclusive na região do arenito caiuá.
(Flamma)

::: SAÚDE - Sem acordo, médicos devem deixar planos

Em assembleia realizada ontem à noite, ao menos 2,9 mil profissionais sinalizaram o descredenciamento de uma ou mais operadoras


Pelo menos 2,9 mil médicos de 14 especialidades – dos quais 1,4 mil ginecologistas e 1,1 mil pediatras – devem deixar um ou mais planos de saúde nos próximos meses. Dirigentes das sociedades de especialidades e representantes da Associação Médica do Paraná (AMP), do Conselho Re­­gional de Medicina (CRM) e do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) se reuniram ontem à noite, em Curitiba, para discutir os resultados das negociações feitas até agora e, diante dos poucos avanços, manifestaram a vontade de deixar os planos. A maneira como isso será feito varia de acordo com a especialidade – algumas delas devem, no início, deixar de atender consultas de conveniados, mas sem pedir o descredenciamento.
Fortemente articulados desde março, eles dizem ter conseguido apenas uma proposta, da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) – de R$ 54, em média, a partir de 1.º de julho (20% de reajuste) e R$ 60, em média, a partir de janeiro de 2012 (11,11% de reajuste). “Algo muito longe do esperado e do que é justo como pagamento. Também ficamos no aguardo de propostas da Fundação Copel e da Saúde Ideal, mas elas não chegaram. As demais operadoras nem mesmo se manifestaram”, relata o presidente da AMP e também da Comissão Estadual de Honorários Médicos, o médico José Fernando Macedo.
A classe médica exige que os honorários médicos sejam reajustados pelas operadoras de saúde de acordo com os valores da 6.ª edição da Classificação Brasileira Hierar­quizada de Procedimentos Médi­cos (CBHPM), entre R$ 60 e R$ 80, em média – ao longo das negociações, a Comissão e algumas especialidades, como endocrinologia, chegaram a determinar um valor exato: R$ 100. O superintendente da Unidas no Paraná, Mauro Pe­­reira, diz que as associadas da entidade não têm condições de arcar com esse valor. Diante do impasse, o descredenciamento dos planos tem sido uma das saídas na luta por melhor remuneração. Nos últimos meses, 40 médicos de Ivaiporã (Norte do estado) optaram pela saída dos planos de saúde e outros 50 anestesiologistas pediram para deixar a cooperativa da Unimed Curitiba – a operadora diz que isso não afetará o atendimento dos usuários. Em União da Vitória e Porto União (SC), os 60 médicos que atendem planos também estão pedindo, gradativamente, seu descredenciamento, com exceção das cooperativas, como a Unimed. O mesmo movimento ocorre em Foz do Iguaçu. Os cerca de 250 médicos que atendem por operadoras – 90% do corpo médico da cidade – decidem hoje se saem dos planos.
Reembolso
Os médicos dizem que os usuários não serão prejudicados porque, na ausência de médicos credenciados, poderão se consultar e pedir o reembolso aos planos de saúde. Na prática, no entanto, a dor de cabeça é grande. “A negociação com a operadora muitas vezes não chega a lugar algum, aí é preciso o cidadão reclamar, procurar a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] e, mais tarde, a Justiça para garantir seus direitos. O caminho, por vezes, é bastante longo”, avalia Clayton de Albuquerque Maranhão, promotor de Justiça da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba.
A administradora Vera Luiza Gonçalves sabe bem como é isso. Ela diz que sua mãe, Helena Reguine Gonçalves, 74 anos, usuária do DIX – antigo Clinihauer, que foi comprado pela Amil –, está há 15 dias à espera de uma consulta com um especialista de coluna. “Minha mãe foi atendida no hospital do plano [Hospital Vitória], foi medicada e indicada para uma consulta com um especialista de coluna, pois está com um desvio. De lá para cá, ligamos todo dia e o plano não tem um especialista para indicar. Cheguei a voltar ao hospital e ela agora está sob efeito de remédios para enfrentar a dor até conseguir a consulta”, afirma. A DIX informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o primeiro atendimento de Helena ocorreu em 18 de junho, prazo menor que o informado por Vera e dentro ainda das normativas de atendimentos da ANS. Também ressaltou que o plano já entrou em contato com a usuária e que Helena deve ser atendida.
Tirar consultas da cobertura do plano seria uma das saídas
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Alexandre Gustavo Bley, diz que uma das possibilidades para aliviar os custos dos planos de saúde e tornar a remuneração dos médicos mais justa seria tirar as consultas da cobertura dos planos. “A proposta está em estudo pelo Conselho Federal de Medicina e deve ser apresentada à ANS e às operadoras até agosto. A ideia é que todo o resto, exames, cirurgias e outros procedimentos, continuem cobertos, à exceção das consultas, que seriam pagas, particularmente aos médicos”, descreve. Segundo ele, o entendimento das entidades é de que muitos usuários veem os planos como “um produto de consumo” e não sabem avaliar a consulta ao médico como uma necessidade em si. “O pagamento particular da consulta obrigaria o usuário a avaliar melhor a ida ao médico, o que ajudaria a tornar o sistema mais saudável financeiramente”, argumenta.
Especialistas da área de gestão dizem que o descredenciamento em massa é uma medida justa, mas ajudaria a aumentar ainda mais os custos da saúde suplementar, que crescem ano após ano, acompanhando de perto o faturamento das operadoras. “E, na verdade, um movimento assim só teria o resultado pretendido pelos médicos se fosse mesmo tomado pela maior parte da categoria. Aí o risco de termos planos com problemas financeiros e consumidores sem atendimento é grande”, alerta Benno Kreisel, presidente da Associação dos Hos­pitais do Paraná, vice-presidente da Federação Brasileira de Hospitais e pesquisador da remuneração da saúde suplementar.
Serviço
Em caso de falta de médico de determinada especialidade, o usuário deve pedir alternativas ao seu plano de saúde. Caso continue desassistido e tenha de pagar por uma consulta, deve guardar o recibo e pedir ressarcimento à operadora. A negativa, se existir, deve ser recebida por escrito pelo paciente. Com isso ele poderá procurar a ANS (0800-7019656) e fazer uma denúncia. Se o caso não for resolvido administrativamente, ainda pode procurar o Juizado Especial para exigir o reembolso.

Fabiane Ziolla Menezes - GP

::: TRABALHADOR - Abono salarial 2011/2012 começa a ser pago no dia 18 de julho


O Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) aprovou ontem o calendário de pagamento do abono salarial do exercício 2011/2012, ano-base 2010.

De acordo com o Ministério do Trabalho, 19,6 milhões de trabalhadores poderão receber o benefício, cerca de 6% a mais que no ano anterior. No total, serão pagos cerca de R$ 10,7 bilhões provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Os pagamentos começarão em julho, quando trabalhadores que possuem conta corrente ou poupança na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil terão o benefício creditado direto na conta.

O depósito do benefício para os 5,4 milhões de trabalhadores de empresas que têm convênio será feito no dia 18 do próximo mês.

Já os saques poderão ser feitos diretamente nas agências bancárias a partir do dia 11 de agosto, de acordo com o mês de aniversário do beneficiário, no caso dos trabalhadores cadastrados no PIS (Programa de Integração Social), ou pelo final da inscrição no Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Púbico).

Já podem sacar o benefício em agosto trabalhadores nascidos em julho, agosto e setembro. Os inscritos no Pasep com final entre 0 e 7 também poderão sacar neste mês. O prazo para realizar o saque termina em 29 de junho de 2012.

Têm direito a receber o benefício pessoas que trabalharam com vínculo empregatício por pelo menos 30 dias em 2010, recebendo, em média, até dois salários mínimos, que naquele ano teve o valor de R$ 510. Também é preciso estar inscrito no PIS ou no Pasep há cinco anos, ou seja, pelo menos desde 2006, e ter sido informado corretamente pelo empregador na Rais 2010 (Relação Anual de Informações Sociais).



Calendário PIS - pagamento na Caixa Econômica Federal:

Nascidos em julho: de 11 de agosto de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em agosto: de 17 de agosto de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em setembro: de 24 de agosto de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em outubro: de 14 de setembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em novembro: de 21 de setembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em dezembro: de 28 de setembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em janeiro: de 18 de outubro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em fevereiro: de 20 de outubro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em março: de 27 de outubro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em abril: de 10 de novembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em maio: de 17 de novembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Nascidos em junho: de 22 de novembro de 2011 a 29 de junho de 2012

Folhapress

::: ESTADUAL - Ricardo Barros deixa governo para disputar eleição da Fiep

O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, pediu licença do cargo ontem para disputar a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), marcada para 3 de agosto. Além da função no governo estadual, Barros também deixou a presidência do Partido Progressista (PP) no Paraná. Até a definição do processo eleitoral, o diretor-geral Ercílio Santinoni assume o comando da secretaria. O deputado federal Nelson Meurer será o presidente do PP pelos próximos quatro anos.
A falta de consenso entre situação e oposição foi o principal motivo que levou Barros a lançar a sua candidatura. Antes mesmo da publicação do edital, os empresários Edson Cam­pagnolo, candidato da situação, e Carlos Walter, da oposição, já haviam confirmado a inscrição de chapas na eleição da entidade – o prazo termina em 8 de julho. Apesar do anúncio, Barros ainda acredita na possibilidade de consenso entre as partes. “A minha candidatura é para forçar a discussão. Vamos aguardar as próximas reuniões”, afirma.
Campanha
Apesar da indefinição do cenário, Barros já iníciou uma campanha. Ontem, o candidato visitou alguns sindicatos em Curitiba, tarefa que vai repetir hoje em Maringá. “Até o fim da semana vou visitar todo o Paraná”, afirma.
Sobre um eventual apoio do governador Beto Richa (PSDB) à sua candidatura, Barros deixou aberta a possibilidade. “Nós trabalhamos juntos no passado e vamos continuar trabalhando juntos”, diz, fazendo referência à eleição do ano passado, quando era candidato ao Senado e participou de diversas ações ao lado de Richa. Ainda de acordo com Barros, a possibilidade de deixar a administração estadual já estava acordada com o governador antes mesmo de assumir o cargo de secretário de Indústria e Comércio.
A experiência como prefeito de Maringá e deputado federal por quatro mandatos será a plataforma de campanha de Barros. De acordo com o candidato, a indústria paranaense precisa retomar a competitividade, processo que somente é possível se questões como legislação trabalhista, desburocratização e investimentos avançarem. “Os conhecimentos que detenho são suficientes para que esses problemas se resolvam”, diz.
Caso seja eleito presidente da Fiep, Barros não vai retomar as funções de secretário, apesar de não existir impedimento legal para o acúmulo de cargos. Ele apenas utilizaria o período entre agosto e outubro, quando ocorre a posse, para conduzir o processo de substituição.

Carlos Guimarães Filho e Heliberton Cesca - GP

::: PRIMEIRA LEITURA

Ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios 12:9

terça-feira, 28 de junho de 2011

::: FRIO - Paraná tem a madrugada mais fria em 11 anos: - 6,1ºC


Mínima no estado foi registrada em Guarapuava. Curitiba também teve a manhã mais fria do ano, com - 0,9ºC

Pelo segundo dia consecutivo, houve quebra de recorde de temperatura no Paraná. Os termômetros marcaram -6,1ºC em Guarapuava, na região Centro-Sul do estado, na madrugada desta terça-feira (28). Essa foi a menor temperatura registrada nos últimos 11 anos no estado, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar. Uma massa de ar polar causou a queda nas temperaturas no Paraná.

Temperatura mais baixa do que a de Guarapuava nesta terça-feira havia ocorrido no ano 2000. Os termômetros marcaram - 6,4ºC em Palmas, no Sul do Paraná, naquele ano.
Antes do recorde desta terça-feira, os termômetros tinham atingido -3,4ºC no distrito de Entre Rios, na região de Guarapuava, , na madrugada de segunda-feira (27).
Outras cidades que registraram temperaturas negativas foram Ponta Grossa, Cascavel, Palotina, Palmas, Fernandes Pinheiro, Lapa, Campo Mourão, São Mateus do Sul, Pinhão, Pato Branco, Francisco Beltrão e General Carneiro.
Curitiba também teve temperatura negativa. Os termômetros marcaram -0,9ºC nesta manhã na capital e esse foi o recorde do ano. A mínima registrada na segunda-feira foi de 0,2ºC.
O Instituto Tecnológico Simepar informou que geou em todas as regiões do Paraná nesta terça.
O sol deve aparecer em todas as regiões do Paraná nesta terça-feira, mas as temperaturas seguem baixas no estado.
A temperatura em Curitiba deve variar entre -1ºC e 14ºC. Os termômetros marcam entre -2ºC e 15ºC em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Em Guarapuava, a mínima foi de -6,1ºC e a temperatura máxima deve ser de 13ºC.

Próximos dias
Áreas de instabilidade estão se formando no Paraná e há previsão de chuva para a quarta-feira (29). As temperaturas devem subir entre 5ºC e 6ºC, em média, no estado.
O tempo deve seguir instável no Paraná até sábado (2).

GzMga

::: LATROCÍNIO - Agricultor de Alto Paraná foi assassinado a facadas

Na imagem cedida pela Polícia Civil, localidade rural onde o corpo da vítima foi encontrado Foto: Divulgação

O agricultor Ivan Golveia de Oliveira, 36 anos, morador em Alto Paraná, foi morto a facadas e quatro pessoas foram presas acusadas do crime. Os envolvidos na morte levaram o carro da vítima, caracterizando-se o crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Além de facadas pelo corpo, o assassino fez dois cortes profundos no pescoço (degola) da vítima. Quatro pessoas foram detidas, três envolvidas diretamente no crime e uma acusada de receptação.

O corpo foi encontrado neste final de semana num pasto próximo a uma roça de mandioca, situado na estrada que liga Paranavaí a São João do Caiuá, perto do Distrito de Santa Maria. As mãos estavam amarradas para trás. O corpo passou por autópsia (popularmente conhecida como necropsia), em Paranavaí.

Oliveira desapareceu na noite da última quinta-feira, depois de ter levado a esposa até a Estação Rodoviária de Paranavaí. Ele fez o último contato telefônico com a mãe por volta das 21h45, informando que estaria retornando para casa. Desde então, não foi mais visto e o seu telefone estava na caixa postal.

Já no sábado, a Polícia Militar foi informada que um carro com as características do Gol, placas AHW-8343, pertencente à vítima, estava circulando em São João do Caiuá. Com as investigações através da P2 (Polícia Reservada), o motorista, de 24 anos, foi identificado e acabou confessando que escondeu o carro em um canavial.

Ele também contou que adquiriu o carro de três homens, sendo um deles conhecido do tempo em que havia ficado preso na Cadeia Pública de Alto Paraná. Com a identificação, as polícias Civil e Militar conseguiram prender os três suspeitos, todos de 19 anos.

O delegado da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Carlos Henrique Rossato Gomes, confirmou que já estão esclarecidas a autoria e a participação de cada envolvido. Há pequenos detalhes quanto à motivação, ainda em investigação.

De forma concreta, o rapaz que estava com o carro foi autuado em flagrante por receptação de produto de roubo. Há uma dúvida sobre o que ele pretendia fazer com o carro. Não está descartada a troca por drogas no Paraguai. O suspeito disse que pagaria R$ 1.500,00 pelo carro, ainda assim, de forma parcelada.

Os outros três também confirmaram as suas participações, inclusive o suspeito de ter dado as facadas. O que está em investigação é em qual momento eles resolveram matar a vítima. Há informações de que Oliveira conhecia seus assassinos.
ADÃO RIBEIRO - DN

::: COPA 2014 - Comitê da Copa vai avaliar estádios de Maringá e Paranavaí nesta terça

Estádio Regional Willie Davids, em Maringá, será vistoriado pelo comitê na tarde desta terça
O Estádio Regional Willie Davids, em Maringá, e o Estádio Municipal Dr. Waldemiro Wagner, em Paranavaí, receberão nesta terça-feira (28) a visita de integrantes da equipe técnica da Federação Internacional de Futebol (Fifa). O comitê está avaliando os estádios paranaenses para que possam servir de Centros de Treinamento (CTs) para as 32 seleções que disputarão a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Além dos estádios, a equipe também faz um levantamento da estrutura da cidade. “Nosso objetivo é vistoriar os estádios. Oferecemos 14 centros de treinamento para a Fifa e vamos precisar destes centros. Além dos estádios, anotamos a estrutura hoteleira, transporte e como são os aeroportos destas cidades”, disse o secretário de Estado para Assuntos da Copa do Mundo 2014, Mario Celso Cunha, que vai acompanhar o comitê.
Em Paranavaí, a visita ao Estádio Municipal Dr. Waldemiro Wagner está agendada para as 10h desta terça. O Estádio Regional Willie Davids, em Maringá, será vistoriado também nesta terça, só que no período da tarde, previsto para acontecer entre 14h e 14h30.
Nesta segunda-feira (27), o comitê visitou o Estádio Arnaldo Busato e o campus da Faculdade Assis Gurgacz, em Cascavel. Ainda na segunda, a equipe visitou o Estádio do ABC e o Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu.
Na quarta-feira (29), a equipe estará em Londrina, onde visitarão o Centro de Treinamento da SM Sports, o Estádio do Café e o Centro de Treinamento do PSTC.

GzMga

::: PRIMEIRA LEITURA

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!
Filipenses 4:4

segunda-feira, 27 de junho de 2011

::: BOLSAS - Confira o resultado da primeira chamada do ProUni do meio do ano

Pré-selecionados devem procurar instituição de ensino superior. Segunda chamada sai em 12 de julho

O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira (27) o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Veja aqui se você foi aprovado (link para a página do ProUni).

As inscrições acabaram na sexta-feira (24). O ProUni distribui bolsas de estudo em instituições de educação superior privadas. São oferecidas bolsas integrais (100%) e parciais (50% e 25%). Segundo o MEC, a oferta, de 92.107 bolsas — 46.970 integrais e 45.137 parciais, é um recorde na história do programa.
A segunda chamada sai em 12 de julho e a terceira chamada sai em 25 de julho.
O candidato pré-selecionado deverá comparecer à respectiva instituição de ensino superior para aferição das informações prestadas em sua ficha de inscrição e eventual participação em processo seletivo próprio da instituição.
Para concorrer às bolsas, os candidatos tinham de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, ter atingido no mínimo 400 pontos na média das cinco notas do exame (ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias, e a redação) e ter nota superior a zero na Redação.
Puderam se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. O estudante não pode ter nenhum curso superior. As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. Além de ter feito o Enem 2010 e ter alcançado a pontuação mínima, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em escola particular na condição de bolsista integral.
Também há bolsas para professores da rede pública de educação básica, que concorrem ao benefício em cursos de licenciatura, Normal Superior ou Pedagogia. Nesses casos, não é preciso cumprir o critério de renda, desde que o candidato esteja em efetivo exercício e integre o quadro permanente da escola.

::: DINHEIRO SUJO - Empresária do Paraná é suspeita de lavar dinheiro da quadrilha de Beira-Mar

PF está apurando ligação de empresária paranaense com a quadrilha de Beira-Mar

A PF (Polícia Federal) e a Justiça Federal do Paraná estão investigando uma empresária que é suspeita de usar firmas de sua propriedade, contas bancárias e até fundos de previdência privada para lavar o dinheiro da quadrilha do traficante fluminense Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, atualmente preso na penitenciária federal de Mossoró (RN).
O inquérito, que foi aberto em 2009, é um desdobramento da Operação Fênix que foi desencadeada pela PF em 2007 e resultou na condenação de Beira-Mar e outras 13 pessoas ligadas ao seu grupo.
Em razão da suspeita da ligação da empresária com Beira-Mar, a Justiça Federal paranaense determinou o bloqueio de todos o seus ativos financeiros, bens e valores depositados em fundos de previdência privada. Pelo menos R$ 3 milhões guardados em duas contas bancárias da investigada estão à disposição da Justiça. O nome dela é mantido em sigilo.
A suspeita de ligação da empresária com Beira-Mar surgiu a partir de uma conta bancária de um aposentado que, segundo investigações, foi usada para lavar o dinheiro da quadrilha do criminoso fluminense.
Nela, o bando do traficante guardava o dinheiro dos "caquiados" que é o codinome usado para identificar a mistura de substâncias como lidocaína e cafeína, que são adicionadas à cocaína. Essa mistura também é comercializada pelos traficantes.
Nesta mesma conta, de acordo com relatório da Justiça Federal, duas empresas de comércio de pneus que pertencem a suspeita fizeram depósitos que somaram R$ 935 mil entre os anos de 2006 e 2007.
Em um único dia, por exemplo, uma das firmas da investigada chegou a colocar na conta do aposentado R$ 115.985. Em uma outra data, a mesma empresa fez uma transferência de R$ 73.150, de acordo com os autos.
Segundo a investigação, esses valores eram incompatíveis com os rendimentos do aposentado que declarava ter vencimentos mensais de R$ 300 na época.
De acordo com a Justiça, a PF pediu explicações sobre os depósitos. Pessoas ligadas à empresária disseram que se tratavam de empréstimos, se comprometeram em entregar documentações que comprovavam as transações mas não o fizeram.
A conta do aposentado também apresentou outras movimentações expressivas além dos depósitos das empresas. Nela, foram feitos também, por outras pessoas cujos nomes são mantidos em sigilo, dois saques de R$ 50 mil e R$ 52 mil em menos de 24 horas. Em um único dia, houve ainda um crédito de R$ 99 mil.
Essas operações também foram consideradas suspeitas pela Justiça. A situação atual do aposentado (se está preso ou responde ao inquérito) também não foi revelada pela PF.
Movimentações de R$ 11 milhões
Além dos depósitos na conta do aposentado, a Justiça obteve informações junto ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) de que a empresária movimentou em uma única conta bancária, entre janeiro de 2003 e julho de 2004, um total de R$ 8.636.419 quantia que, segundo os autos, seria incompatível com sua capacidade econômica-financeira na época.
Foi descoberto também que a empresária realizou aportes e resgates superiores a R$ 300 mil em quatro fundos de previdência privada. Em um deles, havia sido depositado cerca de R$ 1 milhão.

A Justiça foi informada ainda de que a mesma empresária realizou sete transferências no valor total de R$ 11.059.195,00 para uma firma de sua propriedade que é especializada em administração de bens.

Os valores expressivos das movimentações financeiras e o fato de depósitos terem sido feitos em uma mesma conta usada por Fernandinho Beira-Mar levaram a PF a desconfiar da empresária e iniciar a investigação.
Rio já detectou R$ 62 milhões de Beira-Mar

O esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha de Beira-Mar também está sendo investigado pelo Núcleo de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro.  O trabalho foi iniciado no ano passado a partir de bilhetes que foram apreendidos durante a
ocupação do Complexo do Alemão e que teriam sido escritos por Beira-Mar de dentro do presídio federal de Campo Grande (MS).

Segundo o delegado Flávio Porto, titular do Núcleo, a polícia já conseguiu identificar que contas bancárias usadas para guardar o dinheiro do traficante movimentaram cerca de R$ 62 milhões no ano passado.

Pelo menos 182 pessoas foram usadas como "laranjas" ou emprestaram suas contas para movimentar a quantia. O delegado, no entanto, não revelou em quais negócios o traficante teria investido o dinheiro sob alegação de que a investigação é sigilosa.
Uma fonte da polícia informou, no entanto, que, em uma das cartas apreendidas, Beira-Mar falaria sobre a abertura de uma clínica em Botafogo, na zona sul do Rio e de uma fábrica de tijolos, na comunidade Parque das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O principal homem da quadrilha de Beira-Mar hoje na rua é Marcelo Leandro da Silva, o Marcelinho Niterói. Segundo policiais, ele se esconderia atualmente na favela Parque União, no Complexo da Maré, na zona norte.
Durante a Operação Fênix, a Justiça conseguiu detectar os negócios usados pelo bando de Beira-Mar para lavar o dinheiro. O traficante montou uma empresa de lava jato e uma fornecedora de gás. Também tinha até uma fazenda no Paraguai, uma lancha e um avião.
Tramita também no STJ (Superior Tribunal de Justiça), uma ação em que outras cinco pessoas tentam desbloquear suas contas bancárias. O bloqueio também ocorreu por suspeita de as contas estarem sendo movimentadas com dinheiro de Beira-Mar.
Leilão de bens
Por determinação da Justiça fluminense, bens do traficante Fernandinho Beira-Mar que foram apreendidos desde a década de 90 estão sendo leiloados.
Um deles, um apartamento no Jardim Guanabara, área nobre da Ilha do Governador, na zona norte da capital, foi arrematado no último dia 21. O imóvel estava avaliado em R$ 190 mil.
Nos últimos meses, outros bens do traficante também foram vendidos em leilões. Entre eles, um prédio comercial onde funcionava um motel, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que estava avaliado em R$ 850 mil, um apartamento na praia do Poço, em Cabedelo (PB), um terreno na praia Ponta da Campina, na mesma cidade paraibana, e uma casa no Jardim Guanabara, na Ilha do Governador.
Ainda não foi vendido um lote de terreno localizado na cidade de Colombo, no Estado do Paraná. A área tem 487 metros quadrados e foi avaliada em R$ 91.991.
Consta ainda na relação da Justiça outros bens a serem leiloados também como uma casa no bairro do Varadouro, em João Pessoa (PB), avaliada em R$ 15 mil e um apartamento em Cruz das Almas, na capital paraibana, cujo valor estipulado é de R$ 150 mil.
Beira-Mar também teve bens sequestrados por determinação da Justiça de Minas Gerais. Entre eles, dois apartamentos em Belo Horizonte, uma casa em Curitiba, uma loja e três lotes em Guarapari (ES), além de vários outros lotes em Betim (MG). As propriedades poderão ir a leilão.

último segundo

::: LATROCÍNIO - Trio é preso e confessa assassinato de produtor rural de Alto Paraná

O delegado da Polícia Civil de Paranavaí, Carlos Henrique Gomes, autuou como latrocidas os três elementos que confessaram o assassinato do produtor rural Ivan Gouveia de Oliveira, de 37 anos, na noite de quinta (23) para sexta-feira (24). Também foram presas como receptadoras outras duas pessoas com quem foram encontrados pertences da vítima.

Wellington Henrique Ferreira de Souza Breves, mais conhecido como Sucuri, Anderson Silva de Aguiar, o Pimenta, e Marciano Pansera da Silva, o Careca, abordaram Ivan na noite do feriado de Corpus Christi no distrito de Maristela, no município de Alto Paraná (a 59 km de Maringá), amarram-no com as mãos para trás e o levaram no seu próprio veículo, um VW Gol, em direção a São João do Caiuá (a 94 km de Maringá). Na estrada, levaram a vítima até um matagal e o mataram com uma facada no pescoço.

O desaparecimento de Ivan Gouveia foi comunicado à polícia pela família na sexta-feira e na manhã de sábado (25) a Polícia Militar localizou o veículo do agricultor em São João do Caiuá, usado por Sandro Duarte Bernardo, que, pressionado, confessou de quem havia recebido o veículo. Com base nas informações, as polícias Civil e Militar agiram juntas e prenderam, ainda no sábado, Sucuri, Pimenta e Careca no distrito de Maristela, que confessaram o crime e revelaram onde se encontrava o corpo de Ivan Gouveia.

Luiz de Carvalho - O Diário

::: CASA CIVIL - Gleisi: a senadora que se tornou ministra após três meses de mandato



Muito trabalho e confiança. É assim que esta paranaense de 45 anos pretende ajudar a presidente Dilma Rousseff no vasto cenário de articulação política do Brasil. Vejam a entrevista com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann: Muitas obras, muita distribuição de recursos por parte do governo. Isso tem que ser muito bem gerenciado. Em relação ao Paraná, o estado se encaixa nesse contexto de mudanças e crescimento?

Gleisi - Obviamente o Paraná está neste contexto, mas vocês sabem que a questão da infra-estrutura não é algo que se resolve de forma rápida, nós dependemos dos estados de licenças ambientais previsão e são sempre obras de grande magnitude e valor, mas nós tivemos grandes avanços, primeiro com o PAC1, várias obras foram retomadas no Paraná, uma delas é a Estrada da Boiadeira, que é uma estrada grande,importante, que terá a ordem de serviço assinada agora em julho, queríamos que a presidenta estivesse presente lá para assinar. São 250 km, R$500 milhões de investimento e que há muito tempo estava parada, fundamental para produção no estado, assim como outras rodovias, que estavam com dificuldades e foram retomadas. Para se ter idéia, daqui para 2014, o governo federal vai destinar R$3,2 bilhões para investimentos em rodovias. Todas as rodovias vão ser adequadas, o que tiver que ser duplicado será duplicado e o governo está acompanhando de perto as concessões para empresas privadas

Em termo de ferrovias, nós retomamos a Ferroeste, que infelizmente não tinha entrado no PAC por iniciativa do governo do estado, que tinha contradições em relação ao valor apresentado e nós conseguimos retomar. A Valec está fazendo o estudo, são mais de 1.100 km, que entram por Guaíra passam por Cascavel, Guarapuava até o porto de Paranaguá

É um valor de R$ 8 milhões para esse estudo de viabilidade técnica, ambiental e econômica e vai sair daí um projeto básico e nós já temos um acerto com o governo. Já falei com a ministra Miriam Belchior pra que essa ferrovia integre o PAC novamente, seja feito o projeto de engenharia e depois a construção. É uma obra que vai demorar alguns anos, 1,2,3, talvez 4 anos, mas é uma obra estruturante pro estado. E o porto, nós estamos em conversação, você sabe que o porto é uma concessão e está nas mãos do governo do estado. A presidenta Dilma já falou com o governador Beto Richa, eu também já tive a oportunidade de falar com ele e o governo federal está aberto pra receber as propostas e fazer um bom projeto de investimento porque o porto também tem o interesse nacional.

A senhora foi diretora financeira de Itaipu durante 4 anos. O empresário Eike Batista disse que investimento em energia não é nem investimento, tamanho o retorno. A senhora tem algo a falar sobre a Itaipu e a energia no Paraná?

Gleisi - Itaipu é uma usina fundamental pro Paraná e pro Brasil, responde por quase 25% do consumo de energia nacional. E hoje a tarifa da Itaipu para o Brasil é uma das mais baixas, está na casa de R$80 o megawatt/hr. Só para você ter idéia, as usinas novas que foram licitadas agora, que são com procedimentos muito direcionados para ter moticidade tarifária, para ter custos mais baixos, Belo Monte e outras, nós vamos ter uma média de custo de R$75 o megawatt/hr a energia nova no Brasil de outras usinas e PCH têm uma média de R$130. A energia de Itaipu é uma energia barata e vai ficar mais barata a partir de 2023, que é quando Itaipu pára de pagar sua dívida que foi constituída para ela ser construída, então nós vamos ter uma das energias mais baixas do mundo em relação à Itaipu. E nós não podemos esquecer as concessões, por que agora em 2015 vencem várias concessões de energia, que ou o governo vai renovar ou vai licitar novamente, isso está sendo estudado no interior do governo, mas uma das orientações da presidenta é a moticidade tarifaria. Qualquer que seja a situação adotada pelo governo com base em pareceres no TCU, jurídicos, discussões no ministério, qualquer que seja, nós queremos uma tarifa de energia mais barata e isso se dá em termos da renovação de se refazer a concessão, mas nós temos que conversar com os estados.

Itaipu é um exemplo de energia mais barata?

Gleisi - Na realidade, Itaipu tem uma história, conforme vai baixando seu custo, ela vai reduzindo, porque ela é uma contratação e o preço da tarifa dela é pelo custo, então é uma contratação diferente, mas no início tinha muitas críticas. Então pode ser um exemplo para mostrar que um empreendimento grande, um empreendimento de fôlego pode trazer muitos benefícios, como trouxe, e ser barato para o país num longo prazo. Uma outra discussão que temos que fazer com os estados, é sobre o custo do ICMS na energia, que é um dos mais altos, nós temos estados com alíquotas muito altas para energia elétrica, então é claro que eu espero nessa condição que nós vamos ter, sobre essa discussão tributária que a presidenta quer levar ao Congresso Nacional. Ele quer discutir junto com a presidenta uma proposta sobre a revisão das alíquotas interestaduais de energia, para que a gente possa ter uma conversa com os estados sobre isso, quanto isso custa para o povo, para o desenvolvimento econômico, as alíquotas de ICMS sobre a energia.

Enquanto senadora, a senhora cultivou uma relação muito próxima com os prefeitos do seu estado. Chegou a visitar muitas associações depois que foi eleita no Senado, fez negociações. E agora, como vai ser isso?

Gleisi - Eu espero ter uma relação muito próxima com os prefeitos. Obviamente que agora, a proximidade que eu tinha no Senado fique mais difícil aqui, porque como a minha função na Casa Civil é interna, de governo, eu tenho que estar voltada para que a máquina funcione para que os projetos andem e os programas aconteçam. Eu tenho uma ação mais interiorizada, então, são muitas ações, muito trabalho aqui e muitas conversas com ministros. Me sobra pouco tempo para que eu possa visitar municípios ou receber os prefeitos. Mas não quero perder esse vínculo de maneira nenhuma, eu sei muito bem o que me trouxe a Brasília, eu fui eleita senadora porque tive o apoio do meu estado, o estado do Paraná e em especial dos prefeitos do meu estado. Então, no que eu puder ajudá-los no que eu puder orientá-los pra que os projetos sejam bem feitos pra que eles tenham propostas e o governo federal puder ajudar, eu vou fazer .
A senhora tem projetos já encaminhados como senadora, como o da aposentadoria das donas de casa. O seu suplente, Sergio Sousa vai dar continuidade?

Gleisi - Eu conversei com o senador Sergio, pedi p ele ter um carinho muito especial para acompanhar os meus projetos. Principalmente esse das donas de casa, que já foi aprovado no Senado e agora foi para a Câmara. E se for aprovado na Câmara, nós temos que implementar, e então vem pra presidenta. Então, por enquanto gente não está interferindo do ponto de vista do governo, porque é um projeto que está no Legislativo, mas eu pedi pro Sergio sim, para acompanhar.
Falando da regionalização, das reuniões com os prefeitos que a senhora teve logo que eleita, poderia destacar projetos nas regiões Sudoeste, Noroeste, Litoral, o que dá para destacar?

Gleisi - Eu fiz várias reuniões com associações de prefeitos, até porque eu achei que era a melhor forma de melhor poder ouvi-los e corresponder e sempre dizia o seguinte, nós temos que pensar além das questões municipais, também nos projetos de desenvolvimento regional. Na região Noroeste, nós construímos junto com as associações de prefeitos e com os prefeitos e lideranças da sociedade, um projeto muito interessante que está a cargo da orientação do Banco do Brasil e se chama Arenito Caiuá, que é um projeto de desenvolvimento da economia regional com foco em algumas áreas, fruticultura, mandioca, bovinocultura, frango. São questões que já estão sendo produzidas naquela região, mas que se nós tivermos estímulos e organizarmos a cadeia produtiva e a cadeia de comercialização e consumo, isso poderá ter uma ação muito mais efetiva, beneficiando todos os municípios. Atinge mais de 100 municípios lançamos lá, inclusive junto com o ex-senador, Osmar Dias, que é o vice-presidente de agronegócios do BB e todas as agências estão muito empenhadas e o governo está observando.

Então todo esse projeto se trata de uma organização da cadeia produtiva?

Gleisi - É organização na cadeia produtiva, nesses produtos que eu listei e também na cadeia de consumo. Então aí tem crédito mais barato, assistência técnica, recuperação de terra, uma série de coisas, entre a prefeitura, entre o governo estadual, entre o governo federal. Então isso dá sustentabilidade pra região. Claro que todos os outros programas do governo vão continuar, vai ter Pronaf, o Bolsa Família, todos os programas, mas essa organização econômica dá sustentabilidade. E na questão do Sudoeste, nós fizemos algo parecido, mas com muito foco na Bacia Leiteira, o Sudoeste é a região do Paraná com maior produção de leite do estado e a segunda maior do Brasil, então é muito importante nós darmos sustentação. Nós podíamos estar muito mais avançados, mas nós temos problemas lá, de matrizes, de pasto, de vacinação, de articulação entre os produtores, armazenamento, de venda, a qualidade do leite. Então o que nós discutimos aí incluindo o BNDES e o BB, também. O projeto da Bacia Leiteira deve ser lançado agora em julho ou agosto. O Osmar Dias também está à frente, e a idéia é um crédito mais barato, subsidiado, principalmente com foco em matrizes, melhoria do rebanho, melhoria de pastagem, acompanhamento pra melhorar a qualidade do leite e melhorar o preço para o produtor, mas também para agregar valor. Nós não queremos que o Sudoeste produza leite, nós queremos que o Sudoeste produza queijo. E tem condições de fazer isso, bons queijos e bons derivados do leite. Então, o projeto que está sendo montado com o BNDES, inclusive com recursos a fundo perdido serve para capacitar o nosso produtor pra além do leite, produzir seus derivados.

No litoral, temos o pré-sal, é por aí?

Gleisi - É por aí, temos o pré-sal, com uma capacidade de investimento grande. A gente já tem conversado com a Petrobras sobre isso, nós queremos plataformas lá também, para construção de embarcações do pré-sal. Estamos conversando, junto com o governo do estado, com várias empresas da iniciativa privada e a Petrobras tem orientado. Se nós conseguirmos, lá, colocar um estaleiro, como estava previsto. A gente tem feito várias ações no governo pra ajudar isso a acontecer, desde acompanhamento de licença, e, problemas que tinham, relativos à área de Marinha e a Petrobras está nos orientando. Nós vamos gerar no litoral mais de 3 mil empregos diretos. Isso é um impacto muito grande, além claro, da modernização do porto de Paranaguá, em conjunto com o governo do estado, um porto de passageiros é o que nós queremos. Tem no âmbito do PAC e do governo federal, uma série de iniciativas que tendo resposta do governo do estado e dos municípios, nós temos condição de avançar bastante.

A senhora falou bastante dos programas que apóia que são subsidiado pelo PAC. E o que o Paraná pode esperar do PAC 2?

Gleisi - Muita coisa, nós temos o Minha Casa, Minha Vida, que faz parte desse arcabouço do PAC, vai ser aberto para que os municípios inscrevam seus projetos. E eu espero que tendo bons projetos a gente consiga direcionar bastante recursos ao Paraná pra fazer moradias, que é uma das coisas que nós mais precisamos. Temos R$3 bilhões de investimentos em rodovias, tem a Ferroeste que nós estamos investindo, a questão do porto, para a Copa, todo um investimento direcionado para mobilidade urbana, principalmente Curitiba e nos aeroportos que vão servir de base, como é o caso de Foz do Iguaçu. Além disso tem o PAC geral, a questão de investimentos na capital para melhorar a mobilidade, como é o metrô e estamos começando a discutir novamente o contorno ferroviário. É um conjunto de ações que nós queremos fazer, que estão previstas no PAC e que precisamos dar as devidas correspondências, coisas que precisam de projetos. Nós vamos ter um grande investimento na área do saneamento, o PAC Funasa, principalmente para os pequenos municípios, por que é um problema grande, mas nós sabemos que temos problemas de projeto, então, se não tiver um projeto bem feito, é difícil você retirar o recurso. Então no PAC 2, nós vamos ter dinheiro também para a realização de projetos. Então os municípios que tiverem alguma dificuldade de apresentar um projeto nessas áreas, seja de saneamento, seja de investimento em infra-estrutura urbana, vão poder antes recorrer a um recurso pra fazer projetos.

A senhora citou os aeroportos. O que o governo planeja em relação aos aeroportos do Paraná?

Gleisi - Nós temos dois focos principais agora por causa da Copa, que são os aeroportos de Curitiba e o de Foz do Iguaçu. Curitiba, nós temos a intenção de fazer uma pista adicional, mas nós temos alguns problemas locais, não houve ainda a desapropriação da áreas, o governo do estado precisa desapropriar as famílias, retirar do local pra poder investir. Estão previstos pra isso R$ 310 milhões, para São José dos Pinhais, que atende Curitiba. A outra, são investimentos de quase R$80 milhões para melhorias de infraestrutura no aeroporto, em terminais de cargas, de passageiros, melhorias de pista, de estacionamento. Então isso já começou a ser feito e para a Copa, nós vamos ter esse aeroporto condizente com a necessidade. E em Foz do Iguaçu, nós temos duas ações, a primeira é um investimento de R$ 30 milhões da Infraero e já começaram os processos de licitação para aumentar a capacidade de passageiros, melhorar a situação de embarque e desembarque, adequações de pista. Estamos discutindo no âmbito do governo federal, também, a possibilidade de o aeroporto de Foz do Iguaçu ser uma concessão, como está se estudando agora para Guarulhos e alguns outros aeroportos, para melhorar a situação dos investimentos, para melhorar. Talvez não seja nessa primeira fase, talvez na segunda fase, mas o aeroporto de Foz é um forte candidato à concessão. Aí ele se tornaria um dos grandes aeroportos do Brasil, primeiro pelo fluxo, que tem aí 24, 26 vôos diários, já, mas é um local estratégico, porta do MERCOSUL, tríplice fronteira, então é um aeroporto que se tiver investimento, vai ser um aeroporto importantíssimo pro país.


E sobre a transição Senado-Casa Civil? Era algo que a senhora não esperava, como está sendo lidar com isso?

Gleisi - É uma fase de diagnóstico e depois de aprendizagem, porque embora eu acompanhasse os programas de governo, eu via de fora e não envolvida na execução. Então eu to fazendo muitas reuniões com os ministros, com as equipes. Então eu credito que eu ainda tenha um tempo pra me adaptar aqui. Eu saí do Senado e já vim aqui, parar no meio do coração do governo, porque quase tudo passa pela Casa Civil. Então é óbvio que eu vou precisar de um tempo um pouquinho maior para poder fazer essa adaptação. A transição foi o que foi. Ela não foi planejada, ela aconteceu de uma hora para a outra, eu simples mente repassei o Senado para o Sergio Sousa, e assumi o posto aqui já com uma série de questões andando de compromissos, mas tenho certeza de que vou ter apoio de todos os ministérios. A gente tem conversado muito e isso é um programa, um projeto de governo, a gente tem que se esforçar muito pra que as coisas aconteçam.

Em relação ao governo Lula, que era mais político e o da presidenta Dilma, que é mais técnico, onde a senhora se encaixa? Qual é o seu perfil dentre esses dois contextos?

Gleisi - Eu gosto dos dois estilos de governo, o presidente Lula foi fundamental para o país porque trouxe interlocução direto com a população, colocou o Planalto aberto ao povo, disse que teria que ter projetos que pudessem realmente melhorar a vida do povo brasileiro. Ele fez um corte do que vinha acontecendo e devolveu ao povo sua dignidade e auto-estima. O governo da presidenta Dilma precisa, muito mais, qualificar as intervenções do governo, é como se a gente tivesse vencido uma fase muito emergencial de um país que estava desestruturado e o presidente Lula iniciou. Agora, daqui para frente, nós precisamos qualificar cada projeto, cada programa, porque o Brasil está se tornando grandioso vai ser logo a quinta economia mundial, o povo está em um processo de inclusão, a nossa realidade macroeconômica está muito sólida, então, as exigências do momento são outras e por isso, eu acho que o perfil da presidenta Dilma se adéqua muito a esse momento.

Em relação ao combate à miséria, que é a bandeira da presidenta Dilma. O Paraná é considerado um estado rico do ponto de vista produtivo. Qual experiência a senhora como paranaense pode trazer para cá, para a Casa Civil?

Gleisi - Esclarecer um pouco, porque na verdade, nós somos vistos como um estado rico, mas nós temos muitos problemas. Se você pegar regiões como no Norte Velho do estado, a Região Metropolitana de Curitiba, mais afastada, uma faixa do Noroeste, onde estamos levando programas, nós temos um Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo e que precisa ter estímulo para que a gente possa recuperar essas regiões. Então, com certeza, esse olhar na hora de discutir os programas, definir as prioridades, de estar junto com a presidenta, com a ministra Miriam Belchior, que é gestora do PAC, esse é um olhar que eu quero trazer e vai ajudar a melhorar a situação e tornar de fato um estado rico. Porque como diz a presidenta e é slogan de governo, “um país rico é um país sem miséria.”

Vamos falar alguns nomes da política do Paraná e a senhora resume em uma frase.

Gleisi - Perigoso isso, uma avaliação, um julgamento, mas vamos.

Osmar Dias

Grande companheiro que eu tive o prazer de conviver durante a campanha. É um homem muito sério, muito trabalhador. E com certeza vai colaborar muito com o governo federal aonde está.

Roberto Requião

Nosso governador por três mandatos, um homem que tem uma caminhada política intensa no Paraná. Firme nos seus propósitos, muitas vezes agressivo nas suas idéias, o que o torna deveras polêmico e eu acho que cumpriu um ciclo muito importante na política paranaense.

Rafael Greca

O Rafael é uma alegria. É um homem muito inteligente, capacitado e sempre quando converso com ele aprendo muito com o nosso ex-deputado.

Jaime Lerner

Referência em desenvolvimento urbano. Marcou a cidade de Curitiba para o Brasil e para o mundo. Infelizmente, em relação ao governo do estado não conseguiu levar esse propósito. Mas é um urbanista e um profissional de grande qualidade a quem respeito muito.

Beto Richa

Governador do estado, foi prefeito da capital. Está iniciando o mandato e eu desejo muita sorte e que faça o melhor para o nosso estado.



A senhora se tornou uma grande liderança política no Paraná, teve mais votos do que o governador do estado. Isso quer dizer que podemos esperar alianças em 2012 e seu nome nas urnas em 2014?

Gleisi - Não, não estou aqui para me projetar. Quando eu estava no Senado me perguntavam se eu queria ser candidata para governadora e eu dizia que quando você está na vida pública, eleitoral, você não pode tirar uma perspectiva da sua frente. Assim como fui candidata ao Senado e me elegi, eu posso ser candidata ao governo e me eleger, mas o meu foco não é esse, o meu foco é ajudar a presidenta Dilma aqui na Casa Civil. É ajudá-la a fazer com que os projetos e os programas se concretizem e que a gente continue fazendo com que o Brasil avance.



E qual é a análise da senhora do trio Gleisi, Dilma e Ideli, as três mulheres nos cargos mais importantes do país?

Gleisi - Foi uma surpresa para o Brasil, nós não temos nenhum país que tenha tantas mulheres num núcleo de governo, no núcleo de poder. Todas nós entendemos o poder como um serviço. Não é um poder que nos afeta. Nós vemos a situação como um exercício daquilo que nós podemos fazer, é um exercício do serviço que nós podemos prestar ao país, é isso que nos une.



A senhora gostaria de mandar um recado para o povo paranaense?

Gleisi - Muita gratidão, pela minha eleição no Senado, por acreditar em mim. Carinho e gratidão pela comemoração pela indicação na Casa Civil. Espero sinceramente, mais do que orgulhar o estado do Paraná. Prestar um bom serviço ao Paraná e ao Brasil aqui e dizer que não esqueço de onde eu vim, eu estou aqui, mas estou de olho no meu estado, em todas as regiões e quero ajudar muito o Paraná. Fui eleita senadora para defender meu estado na Federação, vou continuar a defender e defender o crescimento do Brasil.



Quem é a Gleisi ministra?

Gleisi - Uma mulher decidida a acertar muito, ou a errar menos. Com muito propósito de servir, fazer com que as coisas aconteçam e fazer com que o pai de família, a mãe de família sintam que os programas de governo estão fazendo diferença nas suas vidas.



Hoje é uma quinta-feira, um feriado, é esse o ritmo de trabalho?

Gleisi - É esse o ritmo, porque estou muito no início. Então preciso pegar pé da situação. Sempre trabalhei muito, não tenho medo disso, não. E aqui é um lugar onde eu vou ter que trabalhar muito. Então estou aproveitando essa quinta-feira pra despachar temas que eu não consegui fazer durante a semana e também estudar um pouco outros temas e aproveitar o momento que eu estou em Brasília. Não voltei ao Paraná ainda e possivelmente farei isso no sábado, porque dá uma dinâmica ao trabalho. Queria aproveitar e agradecer à ADI e à ADIPAR, todas as rádios, os meio de comunicação do meu estado, principalmente os regionais o tratamento dado pelos meios regionais, que sempre foram muito corretos comigo e sempre me deram muito espaço, sempre me deram o direito do contraditório e me colocaram junto com a população. Então eu tenho um carinho muito grande pela imprensa regional. Eu queria deixar aqui a minha gratidão à maneira que me tratam, que é muito especial.