quinta-feira, 31 de março de 2011

::: NÃO AO SILICONE - Cirurgia nos seios é a nova inimiga da Venezuela de Chávez

Presidente culpa médicos por explosão do número de implantes; entre 30 mil e 40 mil se submetem ao procedimento estético por ano

O cirurgião Peter Romer, que costumam operar candidatas ao Miss Venezuela, examina paciente em seu consultório em Caracas, na Venezuela

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, é conhecido por ter expressado pouca paciência com atividades de lazer importadas como o golfe ou a degustação do uísque escocês. Agora ele tem demonstrado certa ira com uma outra prática que é amada na Venezuela: a cirurgia para aumento dos seios.
Em pronunciamento na TV estatal, Chávez disse que a culpa para a explosão no número desse tipo de cirurgia na Venezuela é dos médicos que "convencem algumas mulheres que se elas não tiverem seios grandes devem se sentir mal".
Para ele, é "algo monstruoso" que mulheres pobres passem pela cirurgia quando não conseguem nem mesmo arcar com as próprias despesas mensais. "O que é isso, meus amigos?!", Chávez questionou para os seus telespectadores.
Os comentários de Chávez acontecem no momento em que a Venezuela emerge como um dos principais mercados do mundo para a cirurgia para aumento dos seios. Entre 30 mil e 40 mil mulheres se submetem ao procedimento estético por ano, de acordo com estimativas da Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica.
Outdoors em Caracas anunciam empréstimos bancários para a cirurgia. Blogs de fofoca especulam sobre as melhorias feitas pelas candidatas do concurso Miss Venezuela. No ano passado, Gustavo Rojas, candidato à Assembleia Nacional, tentou financiar a sua campanha com uma rifa que tinha como prêmio uma cirurgia de aumento de seios. Ele perdeu.
"Eu nunca vi tanto silicone em qualquer outro lugar", Mireia Sallares, uma cineasta da Espanha, que se concentra em questões feministas e está trabalhando em um projeto sobre a Venezuela, disse ao jornal Tal Cual.
Dinheiro
Enquanto Chávez lamentou a quantidade de dinheiro gasto com cirurgias cosméticas, há também um lado mais sombrio dos procedimentos, com relatos de erros cirúrgicos que resultaram na morte de algumas pacientes. Paola Rio, de 20 anos, morreu em Caracas neste mês por causa de complicações em um cirurgia para aumento dos seios.

A posição de Chávez sobre algo tão arraigado na cultura popular da Venezuela provocou reações rápidas, principalmente dos profissionais da área médica. "Eu não acho que deveria haver qualquer tipo de discriminação contra esses procedimentos estéticos", disse Ramon Zapata Sirvent, um dos melhores cirurgiões plásticos do país.

Em um editorial mordaz sobre o assunto, o jornal da oposição El Nacional comparou Chávez a Muamar Kadafi, o líder líbio que considera o presidente venezuelano seu amigo. "Agora vem essa antiquada, militarista, atitude repressiva sobre a liberdade das mulheres em fazer o que quiserem com seus corpos", disse o El Nacional.
O presidente, no entanto, deixou claro que o aumento dos seios não combina muito bem com as suas prioridades revolucionárias. Ele disse que entre as milhares de cartas que recebe dos seus partidários, uma chegou a pedir sua ajuda para realizar tal cirurgia. "Eu acho que a cirurgia custa entre US$ 4,6 mil e US$ 7 mil", disse ele. "Claro que eu tive de rejeitá-la".
Os meios de comunicação do Estado concordaram com o presidente sobre o assunto. O jornal estatal Correo del Orinoco afirmou neste mês que a cirurgia plástica se tornou "tão comum quanto consultas ao dentista e não é incomum para pais ricos comprarem orgulhosamente implantes para suas filhas quando elas completam 15 anos de idade e se preparam para o ‘baile de debutante’”.

The New York Times

::: LEGISLATIVO - Vereadores Luiz Longhin e Décimo Caetano preocupados com a pulverização aérea em canaviais pedem explicações à Usina e Empresa de aviação


Durante  sessão ordinária de segunda-feira, 28 de março, na Câmara Municipal de Nova Esperança, os vereadores Luiz Longhin e Décimo Caetano, entraram com o requerimento de nº 6/2011, para que seja oficiado à Usina Santa Terezinha, convidando o responsável pela referida Usina, bem como o representante pela aviação que faz a pulverização aérea dos canaviais em Nova Esperança, para participarem de uma das Sessões para  fins de esclarecimentos sobre a forma que é realizada a pulverização e outros assuntos afins.
                Segundo o vereador Luiz Longhin, “este requerimento nós procuramos fazer porque fomos procurados por muitos  pequenos produtores de nosso município muitos dos quais vivem exclusivamente do bicho-da-seda, produtores e parceiros estão desesperados com a mortalidade dos bichos produzidos.
                Várias vezes já oficiamos à referida Usina Santa Terezinha, procuramos também a empresa de aviação responsável pela pulverização aérea e nada foi feito, estamos então solicitando novamente a presença das referidas para explicações aos nossos produtores, para uma solução para este problema que está afetando nossos pequenos produtores que vivem dessa cultura”
                Para o vereador Décimo Caetano, “Os patrões geralmente tem outras rendas, mas o percenteiros estão entregando seus barracões para irem trabalhar de pedreiro, de servente ou no corte da cana-de-açúcar, porque o bicho-da-seda está inviável.
                 Penso que, a Usina e a empresa de aviação responsável pela pulverização aérea não tem que vir aqui se explicarem, eles tem que vir aqui mostrar soluções que o município de Nova Esperança está precisando, porque estamos cansados de falar com os pequenos produtores e de ver a situação quando eles vão entregar um saco de casulo, o prejuízo está sendo muito grande.
                Precisamos então nobres vereadores, nos unir, cobrar uma solução quando eles (Usina e empresa de aviação) virem aqui na Câmara, para podermos assim segurar o pequeno agricultor lá na lavoura” concluiu o vereador.
Osvaldo Vidual - vidualevidual@hotmail.com

::: EXÉRCITO BRASILEIRO - TG DE NOVA ESPERANÇA APRESENTA 50 NOVOS ATIRADORES

O Tiro de Guerra de Nova Esperança oficializou, no sábado 26 de março, a matrícula dos atiradores que integram a Turma de 2011.
         As atividades contam este ano com o efetivo de 50 atiradores.
         Desde as últimas semanas, os novos recrutas vem recebendo ensinamentos sobre ordem unida, treinamento físico-militar, hierarquia, disciplina, entre outros, sob orientação do 2º Tenente Ivo Irineu Nicolaio – Chefe da Instrução do Tiro de Guerra local. São 50 jovens que frequentarão, diariamente, pela madrugada, o serviço militar no TG, concluindo no mês de dezembro.
O objetivo do TG é formar reservistas de 2ª categoria aptos ao desempenho de tarefas no contexto da Defesa Territorial e Defesa Civil.
A formação do atirador é realizada no período de 40 semanas, com uma carga-horária semanal de 12 horas, totalizando 480 horas de instrução.
         A cerimônia de matricula foi acompanhada pela Diretora do TG, Prefeita Maly Benatti, Presidente da Câmara de Vereadores, Vera Lúcia Boregas Santini,  Vice-Prefeito Júnior Moser, Vereador Luiz Longhin, Secretário da Agricultura, Ademir Maurício Buzzo,  Pr. Waldemar Cândido da Silva (Igreja do Evangelho Quadrangular) representantes de clubes de serviços do município, familiares e padrinhos dos novos Atiradores.
         De acordo com 2º Tenente Ivo Irineu Nicolaio, “Aqui eles aprendem ensinamentos que levarão para o resto de suas vidas. A hierarquia, a disciplina, o compromisso, a responsabilidade e a coletividade são características importantes não somente no meio militar, mas que devem existir em qualquer tipo de atividade” frisou o Comandante.
         O papel do atirador no meio social também é defendido pelo militar. “Os atiradores participam de atividades voluntárias, muitos deles pela primeira vez. Normalmente chegam sem nunca ter participado de uma atividade desse tipo e muitos acabam se inserindo na área voluntária. O jovem percebe que sua vida se abre para um mundo novo e esse amadurecimento é importante para quem está ingressando na vida adulta”, complementa Nicolaio.
VALORES
         Para a Diretora do Tiro de Guerra, prefeita Maly Benatti “Além da prestação do serviço militar obrigatório, o Atirador aprimora os valores que são ensinados pela sua família, o que o torna um difusor de civismo, cidadania e patriotismo. Quando o General Adhemar visitou Nova Esperança recentemente, pedimos que fossem ampliadas as ofertas de vagas no nosso Tiro de Guerra, saltando de 50 para 100 atiradores. Creio que seremos atendidos”, ressaltou a prefeita.
         “Durante todo o tempo que eles prestaram o serviço militar, esse jovens recebem várias instruções e participaram de dezenas de atividades. Dentre as principais estão às noções de primeiros socorros, ambientalismo, ordem unida, hierarquia e disciplina e outras mais. Os pais podem ficar descansados que aqui seus filhos serão bem tratados. São verdadeiros diamantes, valiosos. O que faremos aqui será apenas aparar algumas arestas”, finalizou  o 2º Tenente Ivo Irineu Nicolaio – Chefe da Instrução do Tiro de Guerra .
O Tiro de Guerra conhecido com TG é uma instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar reservistas para o exército. Os TGs são estruturados de modo que o convocado possa conciliar a instrução militar com o trabalho ou estudo.A organização do TG ocorre em acordo firmado com a prefeitura e o Comando da Região Militar. O exército fornece os instrutores, fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações e custeia água, luz, funcionários entre outros, o que soma-se um montante de aproximadamente R$130 mil/ano.
Ao término da cerimônia, os familiares e amigos dos atiradores tiveram a oportunidade de parabenizá-los pelo momento que foi eternizado pelos flashes dos registros fotográficos.
Alex Fernandes França - alexnoroeste@hotmail.com

::: ALIMENTOS - Esperando consumo forte, indústria segura preço do ovo de Páscoa

Com previsão de aumento nas vendas, setor tenta não repassar ao consumidor final todos os reajustes nas matérias-primas

Janaína de Carvalho espera que a experiência como promotora de cartões de crédito a ajude no período pré-Páscoa

As matérias-primas para a fabricação de ovos de Páscoa subiram, mas as fábricas de chocolate e o comércio contam com o aumento no consumo para não repassar toda a alta ao cliente. Nos últimos 12 meses, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o açúcar subiu 20%. No mercado internacional, o cacau subiu 5,95%. Mas a Abicab estima que os ovos cheguem às prateleiras entre 3% e 7,5% mais caros. A esperança da indústria é a previsão de aumento de até 40% nas vendas. Os fabricantes esperam um consumo de 30 mil toneladas de chocolate, volume 17% maior que em 2010.
Disposta a ampliar sua fatia no mercado, a Icab Chocolates espera aumentar entre 15% e 25% as vendas de seus chocolates, todos artesanais, adotando uma política de retenção dos preços. Segundo o sócio-gerente da empresa, Thiago Muffone, a Icab não pretende repassar o aumento dos insumos, mas apostar nos chocolates tradicionais, com originalidade nas embalagens e em produtos inéditos, como a caixa de bombons de 700 gramas com novos sabores. A Páscoa responde por 40% do faturamento da marca. “Na realidade, o que mais pesa é a mão de obra, por isso vamos manter o mesmo preço, mesmo com esses aumentos que ocorreram”, disse Muffone.
O Café Havana tem sua própria marca e também deve manter os preços praticados no ano passado. Para o empresário Eloir Nasci­mento, o aumento da matéria-prima não se reflete no preço final. “Vamos manter o mesmo preço, pois acreditamos no aumento do mercado consumidor e nas vendas”, disse.
Com participação de 36,1% no mercado, a Lacta deve produzir cerca de 25 milhões de ovos – 2 milhões a mais que no ano passado. Os preços sugeridos pela empresa para os ovos tamanho 15 e 20 variam de R$ 17,49 a R$ 30,49, enquanto os de tamanhos 12, 15 e 20 infantil são vendidos de R$ 12,99 a R$ 36,49.
Temporários
Para atender à demanda na produção, foram abertas 70 mil vagas para trabalhadores temporários no país, 25% a mais do que no ano passado. O Paraná responde por 4.382 vagas, ou 6,26% dos trabalhadores que serão contratados no país. Segundo Débora Mattos, diretora da Pró-Evento, empresa especializada em contratações temporárias para promoções e comércio, a maior parte das contratações é destinada à indústria, que iniciou o processo seletivo em setembro de 2010.
Apesar da proximidade da Páscoa com o Dia das Mães (o intervalo é de apenas duas semanas), Débora não vê a possibilidade de o aproveitamento da mão de obra ser maior que 60%. “Nós formamos um banco de horas com bons profissionais. No fim do trabalho relacionamos aqueles que têm condições de continuar na mesma empresa ou em outra, mas a Páscoa é uma data muito específica e muitos contratados atuam na indústria”, argumenta.
Segundo Débora, é difícil relacionar um trabalho de produção com o outro. “Quem atua na promoção pode se adaptar e trabalhar em datas como Dia das Mães ou Dia dos Namorados, muito mais semelhantes, pois pode trabalhar em setores de telefonia, joias, eletrodomésticos. No caso dos promotores, essa adaptação fica facilitada”, explica. A empresa foi responsável pela contratação de 1,2 mil pessoas – a maioria delas com experiência, mas outras também em seu primeiro trabalho.
Janaína de Carvalho, 19 anos, trabalha em uma rede de supermercados como promotora de ovos de Páscoa. Ela foi contratada há três semanas e entrou na primeira fase do trabalho. Esse é a primeira vez que atua no período pré-Páscoa, mas adquiriu expe­riência como promotora com cartões de créditos. “A expe­riência anterior me deu condições para começar esse trabalho. Acredito que a facilidade de comunicação e o comprometimento ajudam no dia a dia”, disse.
Com salário médio de R$ 700, que pode ser aumentado com gratificações, conforme as vendas, Janaína se incomoda apenas com a impaciência de alguns consumidores. “Alguns pensam que somos vendedoras, mas na verdade apenas facilitamos a escolha, dando informações, mostrando as opções, mas alguns não entendem assim”, afirma.
Na próxima semana deverá ser contratado mais um grupo de temporários, que entrarão na fase final da semana de Páscoa, quando as vendas aumentam e há necessidade de mais mão de obra nas redes de supermercados.

Julio Cesar Lima - GP

quarta-feira, 30 de março de 2011

::: SEGURANÇA - Agentes penitenciários terão porte de arma

Deputados derrubam veto do ex-governador Roberto Requião contra projeto que dá direito a agentes de se armarem

Protesto de agentes penitenciários em janeiro, após a morte do colega Carlos Alberto Pereira. Foram oito assassinatos em dois anos

Ainda neste ano, os agentes penitenciários do Paraná poderão portar arma de fogo no estado, inclusive fora do horário de serviço. A Assembleia Legislativa derrubou ontem o veto do ex-governador Roberto Requião (PMDB) ao projeto do ex-deputado Professor Luizão (PT) que liberava o porte. O governo estadual vai treinar os agentes penitenciários nos próximos meses antes de a medida passar a ser aplicada.
Durante todo o governo Re­­quião, a categoria fez protestos e paralisações para conseguir a permissão de portar arma de fogo. As principais manifestações ocorreram após os assassinatos de oito agentes nos últimos dois anos – segundo os colegas, os crimes tiveram relação com vingança de ex-presidiários, que se aproveitaram da falta de segurança dos agentes fora do horário de serviço. Apesar dos assassinatos, Requião sempre se posicionou contrário à liberação do porte de arma aos agentes penitenciários.
A posição do peemedebista foi reforçada em 2008, quando ele vetou o projeto aprovado pela Assembleia para permitir o porte à categoria. Ontem, entretanto, por 42 votos a um – além de duas abstenções –, os deputados derrubaram o veto do ex-governador com o aval do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB).
Pela proposta, o porte passa a ser liberado aos agentes penitenciários, com a exigência de que a arma esteja sempre acompanhada do certificado de registro e da carteira de identidade funcional do servidor. Agora, o governador Beto Richa (PSDB) tem 48 horas para promulgar a lei.
“Houve um entendimento com a categoria e uma conversa prévia com os secretários de Justiça e de Segurança Pública para derrubarmos o veto”, afirmou Traiano. “Trata-se de uma profissão de alto risco, mesmo fora do horário de trabalho. Afi­nal, eles estão sempre enfrentando marginais. É uma medida importante para a segurança da população.” Segundo ele, o governo do estado dará um treinamento “rígido” antes de liberar o porte aos agentes e estabelecerá normas claras para evitar qualquer tipo de problema com a medida.
O petista Tadeu Veneri, no entanto, que votou pela manutenção do veto, defendeu que deveria ter havido uma discussão mais ampla da matéria. De acordo com ele, os problemas de segurança pública no Paraná não serão resolvidos ao armar ainda mais a população.

Comemoração
O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, afirmou que a derrubada do veto foi recebida com alívio pela categoria. “É uma vitória. Agora, todos os criminosos do estado vão pensar duas vezes antes de atentar contra nossas famílias”, desabafou.
Segundo Johnson, a mudança de governo no início do ano reacendeu as esperanças da categoria e o sindicato iniciou novas articulações políticas pela derrubada do veto. “Tanto a Secretaria de Justiça quanto a Assembleia eram favoráveis à nossa causa. Além disso, o deputado federal Francischini (PSDB-PR), que nos representa, explicou ao governador a brecha na lei que nos impedia de portar armas”, argumentou.
Até ontem, o Paraná, ao lado de Pará e Amapá, estava entre os únicos estados a não ter regulamentado em âmbito estadual a Lei Fe­­deral n.º 10.826/03, que trata do porte de arma para agentes.

Coldre vazio
Projeto de lei estadual de 2008, vetado pelo ex-governador Roberto Requião, regulamenta legislação nacional sobre o porte de arma por agentes penitenciários:
2003 – A Presidência da República cria o Sistema Nacional de Armas, proibindo o porte de arma em todo o país, com exceção para os agen­tes de segurança (polícia, Exército) e penitenciários. Caberia aos estados, porém, criar regulamen­tações estaduais para a lei.
2008 – A Assembleia Legislativa do Paraná aprova projeto de lei do deputado Professor Luizão que regulamenta o porte de arma por agentes penitenciários no estado, mas o então governador Roberto Requião (PMDB) veta a medida.
Jan 2011 – O agente penitenciário Carlos Alberto Pereira é assassinado, em Curitiba. Os colegas protestam e atribuem o crime a uma vingança de ex-presidiário.
Ontem – Por 42 votos a um, a Assembleia derruba o veto do ex-governador ao projeto, que segue para promulgação pelo Executivo Estadual.

GP - Euclides Lucas Garcia e Osny Tavares

::: EX-ALIADOS - Frieza marca primeiro encontro pós-eleição entre Richa e Lerner

O governador Beto Richa e o ex-governador Jaime Lerner: apenas um cumprimento

Poucas palavras, um aperto de mão e nenhum olhar de simpatia marcaram o primeiro encontro público do governador Beto Richa (PSDB) com ex-prefeito da capital e ex-governador do Paraná Jaime Lerner após a eleição. Eles se encontraram ontem, durante a inaguração do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Fani Lerner, no bairro Tatuquara em Curitiba. O nome da creche é uma homenagem a mulher de Lerner, que morreu em 2009 depois de lutar contra um câncer por quase 14 anos.

Richa e Lerner cruzaram-se quando o ex-governador terminava de conhecer o novo prédio. O tucano, que chegou atrasado ao evento, tentou se mostrar simpático, mas não foi correspondido. Ainda a distância, Richa le­­vantou a mão para cumprimentar Lerner, porém, seu gesto foi ignorado.

Quando se aproximou de Lerner, Richa o parabenizou pela homenagem. A resposta foi fria. “Desculpe. Estou de saída.” O governador, então, explicou que estava em Maringá (Noroeste do Paraná) e que teve de utilizar um helicóptero para tentar chegar a tempo à cerimônia em Curitiba. Novamente, Lerner mostrou-se distante e respondeu apenas “Parabéns”. Lerner não quis comentar o encontro. “Não vou falar. Tenho muito prazer em encontrar o governador e o prefeito [Luciano Ducci, que também estava no evento]”, limitou-se a dizer.

Distanciamento
A relação dos dois ex-aliados políticos ficou mais distante depois da campanha eleitoral do ano passado. Durante a disputa, Richa e Osmar Dias (PDT) tentavam colar um no outro o rótulo de “lernista” – que passou a ser um termo pejorativo no meio político paranaense. Na época, o ex-governador distribui carta negando ter relações políticas com ambos.
“Espero que o atestado de ‘não lernista’ possa contribuir para que os ilustres candidatos aproveitem melhor a campanha, com mais propostas e menos sofismas”, diz um trecho da carta. Beto foi deputado estadual da base de apoio a Lerner na As­­sembleia Legislativa entre 1998 e 2002.

A decisão de Richa de cancelar a aposentadoria de quatro ex-governadores, entre eles Lerner, parece ter sido mais um elemento para distanciar os dois. Na semana passada, o tucano determinou que fossem suspensos os pagamentos das aposentadorias concedidas após a promulgação da Constituição Federal, em 1988.
O atual governador, porém, negou que isso tenha interferido na relação com Lerner. “Foi uma medida genérica, não foi preocupado com esta ou aquela pessoa, em retaliar e muito menos proteger. Fiz o que me foi orientado pela Procuradoria-Geral do Estado.”

Heliberton Cesca - GP

::: ARTIGO - Miséria emancipada

Pequenos municípios no Paraná estão desaparecendo. Na região de Campo Mourão, como exemplo, de 24 municípios, apenas quatro apresenta crescimento no PIB (Produto Interno Bruto).
O processo de desaparecimento dos municípios é uma trajetória histórica da economia que em seu trânsito agrário para agroindustrial promove o êxodo rural. A decadência da economia cafeeira nos anos de 1970 abriu espaço para um novo modelo de produção agrícola, o deslocamento demográfico segue este modelo.
Hoje, nos orgulhamos da sofisticada tecnologia do agronegócio, que nada deixa a desejar com a tecnologia de ponta existe em produtos como celulares ou televisores de plasma. Nossa soja tem tecnologia produzida em laboratórios com o mesmo diferencial que um centro de desenvolvimento de Tecnologia da Informação. Se o celular só falta falar, a soja é personalizada com o clima e solo da mesma forma que o cliente em uma agência bancária virtual.
Mas tudo tem seu preço. O êxodo rural acompanhou o desenvolvimento do agronegócio. Deslocou uma grande massa de populacional do campo para a cidade e dos pequenos municípios para os de maior porte.
Em entrevista a CBN Maringá, a economista, doutora em Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Amália Godoy, afirmou que há pesquisas que mostram que dos 399 municípios do Paraná, apenas 44 tiveram um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Coincidentemente os que fazem parte do Anel de Integração Rodoviário criado pelo governo do Paraná na década de 1990, afirma a doutora.
Neste final de semana, a senadora Gleisi Hoffmann e os deputados federais Zeca Dirceu e Edmar Arruda ouviram as reivindicações da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense) pedido recursos para os pequenos municípios. Os prefeitos temem os cortes no orçamento anunciados pelo Governo Federal. Economia para conter os gastos públicos do governo anterior.
Mas o dilema na luta pelas migalhas sempre nos reportar a história da miséria. O temor dos municípios hoje já estava desenhado nos últimos 20 anos. A construção de dois “paranás”, um que se integra a economia mundial e absorve investimentos respondendo com lucro e outro que fica a margem e pouco ou dificilmente se integra ao mercado nacional e internacional.
As maiorias dos jovens que habitam os pequenos municípios procuram outros centros para ingressaram com mais perspectiva no mercado de trabalho. Para os pequenos municípios restam as crianças e o idosos, os dois em idade improdutiva e com dependência dos programas assistenciais do poder público.
Por isso, a ilusão da pequena cidade como um paraíso bucólico repousa apenas nas nossas fantasias. Em sua grande maioria, os pequenos municípios do Paraná caminham para a degradação. Enquanto os grandes centros abrigam periferias conurbadas onde cresce o desprezo, nosso Estado, ao longo da história, emancipa a miséria para se afastar do problema.

Gilson Aguiar - CBN/GzMgá

::: EVENTO - SRM divulga os shows da 39ª Expoingá

Ao contrário dos últimos anos, o palco da 39° Expoingá vai estar repleto de artistas consagrados, como o grupo Exaltasamba, o cantor Luan Santana além da banda Restart

A SRM (Sociedade Rural de Maringá) divulgou há pouco, em coletiva para a imprensa, a agenda de shows da 39ª Expoingá. Ao contrário dos últimos anos, quando artistas ainda em ascensão dividiam o palco com artistas consagrados, este ano todos os artistas tem grande apelo do público.
Confira a agenda da 39ª Expoingá:
Dia 5 (Quinta-feira) – Exaltasamba
Dia 6 (Sexta-feira) – Luan Santana
Dia 7 (Sábado) – Gusttavo Lima
Dia 8 (Domingo) – Jorge e Mateus
Dia 9 (Segunda-feira) – Gian e Giovani
Dia 10 (Terça-feira) – Padre Reginaldo Manzotti
Dia 11 (Quarta-feira) – Restart
Dia 12 (Quinta-feira) – Maria Cecília e Rodolfo
Munhoz e Mariano
Dias 13, 14 e 15 (Sexta a Domingo) – Rodeio

terça-feira, 29 de março de 2011

::: FRASES - Bom humor e críticas aos juros marcaram trajetória de Alencar

Relembre algumas frases que marcaram a vida do ex-vice-presidente, que morreu nesta terça-feira vítima de um câncer
“Não estou entregue. Estou entregue a quem sempre estive: às mãos de Deus.”
Se eu morrer agora vou morrer feliz. A situação não poderia estar melhor para mim. O Brasil inteiro está rezando por mim. Não tem como melhorar
O ex-vice-presidente José Alencar, que morreu nesta terça-feira depois de lutar por mais dez anos contra o câncer, era conhecido pelo bom-humor e pelas críticas descontraídas ao governo. Destacaram-se ao longo de sua trajetória as brincadeiras com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente na hora de criticar a política de juros praticada pelo governo federal. Relembre algumas das frases de Alencar.
Governo e vida pública
"Tenho consciência de que só sou vice-presidente graças a Lula. As pessoas não votam no vice, votam no candidato a presidente. Procurei não atrapalhar nas duas campanhas, e acho que não atrapalhei."
"Os discursos devem ser como vestido de mulher. Não devem ser nem tão curtos que nos escandalizem, nem tão longos que nos entristeçam."
"Nós, brasileiros, às vezes somos muito tranquilos. Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Temos que avançar nisso aí."
"O partido (PT) não me aceitava, porque eu era empresário."
"Nós precisamos acordar e defender nossos laranjais. Não somos contra a Alca, mas é preciso que seja de fato uma área de livre comércio, não um arremedo de liberdade comercial."
"A vida pública é uma doação"
"Eu fiz parte desse governo, mas o Brasil vai bem graças à dedicação extraordinária do presidente Lula."
"Não posso ser omisso. Do contrário, como eu vou fazer a barba de manhã e olhar para a minha cara?"

“Não, esse negócio de empresário de sucesso não me dá nenhuma autoridade. Tenho muitos patrões. Tenho 175 milhões de patrões, devo satisfação a esses patrões. Esse negócio de empresário não quer dizer nada.”
Juros
“Os juros cobrados no cheque especial são quase um assalto.”
"A situação da economia brasileira vai muito bem, apesar dos juros básicos, que são muito altos. O sistema de juros tem que mudar, porque as atividades não conseguem remunerar o custo de capital no Brasil. Enquanto isso não acontece, é claro que o crescimento fica prejudicado."
"A tese de que os juros elevados são um instrumento para controle da inflação é verdadeira. No entanto, assim como os bons remédios, é preciso que sejam aplicados depois de um diagnóstico correto e seguro."
Câncer
“Não estou entregue. Estou entregue a quem sempre estive: às mãos de Deus.”
“Assim como vocês (jornalistas) eu também não sei o que é a morte. Então, eu não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra.”
“Não. Não tenho medo de morrer. De forma alguma. Mesmo porque, se Deus quiser me levar, Ele não precisa do câncer. Tenho medo é da desonra."
 IG

::: GRANDE HOMEM - Já combinaram com DEUS?



José Alencar estava desenganado pelos médicos, praticamente sem chances de resistir à doença, há cerca de dois anos. Nessa fase, em uma madrugada, o filho dele, Josué Gomes da Silva, que toca a Coteminas, recebeu uma ligação dos médicos do ex-vice-presidente para que ele se preparasse para o pior.
Josué estava em uma viagem de trabalho nos Estados Unidos, telefonou para a mãe, dona Mariza, para começar a preparar a família.
Muito religiosa, dona Mariza perguntou ao filho quem estava dizendo isso. Josué respondeu que foram os médicos, e ela questionou:
“Mas combinaram com Deus?”.
Surpreendentemente depois de várias tentativas de tratamento, os médicos que trataram José Alencar, entre eles Roberto Kalil e Paulo Hoff, decidiram fazer uma última experiência: eles reuniram, numa mesa no Hospital Sírio-Libanês, e resolveram fazer um coquetel que combinasse todos os remédios ao mesmo tempo, um tratamento inédito em um paciente na gravidade dele.
Deu certo. Milagre ou não, o câncer começou a regredir.
Segundo dona Mariza, ainda não tinha chegado a hora.
Desde o início do governo Lula, José Alencar foi sempre um entusiasta do governo. Empresário, com a vida bem sucedida em todos os setores pelos quais passou, se tornou de fato um grande amigo de Lula.
Os dois, ao menos uma vez por semana, ou até mais, se reuniam em torno de uma mesa para conversar sobre a vida, em encontros regados a uma cachacinha produzida pelo próprio Alencar.
As conversas eram agradáveis e sempre desesperadoras. Dessas conversas saíram muitas decisões de governo.
Alencar foi mais do que um vice fiel e leal a Lula. Ele foi um conselheiro durante os dois mandatos de governo.
Ele vai fazer falta

Guilherme Barros - IG

::: METODOLOGIA - Escolas estaduais deixam ensino médio em blocos

Depois de dois anos de tentativa, algumas instituições, como o Colégio Estadual do Paraná, voltaram ao sistema tradicional


Dois anos após a adesão ao ensino médio em blocos – que concentra metade das disciplinas no primeiro semestre e o restante no segundo – seis escolas da rede estadual estão retornando ao ensino tradicional. O método, implantado pelo governo do estado em 2009 e seguido por 434 das 1.225 instituições da rede, é questionado por educadores. A Secretaria Estadual de Educação, inclusive, não descarta a possibilidade de revê-lo e abrirá, a partir desta semana, uma enquete em seu portal para medir o nível da comunidade.

Entre as seis instituições que retornaram ao método tradicional está o Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do estado, que desde o início do ano voltou ao ensino re­­­­gular, em que os alunos têm au­­las de todas as disciplinas durante todo o ano. O principal motivo, segundo a direção, foi insatisfação dos alunos, que alegam que o novo sistema prejudica a preparação para o vestibular. “Esse método não tem um resultado satisfatório para o perfil e a realidade dos nossos estudantes. Mais da metade deles entra aqui pensando em continuar seus estudos e fazer graduação”, explica a diretora, Tânia Ma­­ria Acco. Para Gustavo Henrique Lu­­nar­­don, aluno do terceiro ano, é justamente esse o problema. “Em blocos a gente esquece muita coisa, o que atrapalha para fazer as pro­­­vas para entrar na universidade. Eu vou tentar uma vaga em engenharia no fim do ano e estou feliz que voltou ao normal.”
Para alguns educadores, o problema não é o método em si, mas a forma com que foi adotado, sem levar em conta a mentalidade que ainda reina na educação brasileira. “Não existe reflexão e qualidade no ensino, por isso o que o aluno aprende no primeiro semestre esquece no segundo. Essa deveria ter sido a principal preocupação quando os blocos foram adotados, mas não houve um acompanhamento da Secretaria”, diz a doutora em Educação e professora da Univer­­sidade Federal do Paraná (UFPR) Araci Asinelli da Luz. “Outro problema é que o conteúdo fica fragmentado e isso quebra a ideia de construção do conhecimento que se faz aos poucos, pois o aluno acaba se dispersando”, reflete Marlei Malinoski, que dá aulas de Português no Colégio Estadual Professor Brasílio Vicente de Castro e coordena a integração das licenciaturas na Univer­­sidade Tuiuti do Paraná (UTP). Na sua visão, a falta de maturidade dos alunos é mais um fator negativo. O aluno não tem autonomia para, quando necessário, lidar sozinho com os assuntos das matérias que não tem.
Mais questões
Não apenas a maturidade e mentalidade dos estudantes, porém, que têm inquietado os docentes que são contra o método. Para os que não o aprovam, outro problema é a concentração de conteúdos, que tornaria as aulas mais cansativas. “Eu indico por ano dez livros de literatura aos alunos. No bloco eles tinham de ler em um semestre, mas não deram conta. Eu chegava em sala e perguntava quantos tinham lido, mas em uma turma de 35 alunos no máximo cinco conseguiam, o que dificulta bastante o entendimento deles e o andamento da aula”, conta Tânia.
Além disso, a reposição no caso de faltas por parte dos professores também é comprometida, conforme aponta o professor de Filosofia Leonardo Pellegrino, que dá aula em três colégios públicos, entre eles o Instituto de Educação do Paraná. “Quando um professor precisa ser substituído esse processo é demorado. Se as aulas são concentradas, como ocorre nos blocos, o aluno corre o risco de ser mais prejudicado.”
O outro lado
Procurada para rebater as afirmações de que não estaria acompanhando a experiência das escolas em relação ao novo método, a Seed informou que abrirá, nesta semana, uma ferramenta para consulta pública em seu portal, para medir a satisfação da comunidade. Quan­to à alegação de que o sistema prejudicaria a preparação para o vestibular, a superintendente de educação, Merogi Cavet, disse que o en­­sino médio trabalha os conteúdos de forma cumulativa durante a sua duração e que esta dificuldade é um dos pontos a serm avaliados na consulta pública. Além disso, informou que a partir deste ano as escolas estão liberadas para decidirem qual método vão adotar.
Método deveria diminuir evasão e retenção
Se por um lado professores e estudantes apontam falhas no sistema de ensino médio em blocos, outros indicam as vantagens do sistema. “O tempo é reorganizado de outra forma e o aluno precisa se preocupar em dar conta de apenas seis disciplinas e não 12. Ao meu ver, isso faz com ele que tenha mais chance de ir melhor e menos de reprovar”, diz a professora de Pedagogia da Univer­­sidade federal do Paraná Maria Madselva Ferreira Feiges. Para ela, a sensação de que se está cumprindo as etapas mais rápido também seria positiva no sentido de manter os estudantes estimulados e interessados.
No Colégio Estadual Leôncio Correia, o método estaria diminuindo a reprovação. “São poucos os que não gostam, inclusive professores, embora para eles seja mais trabalhoso”, afirma o diretor, Wanderlei Carlos Gardioli. Ele garante, ainda, que a evasão também diminuiu. Em 2009, ano em que o ensino médio em blocos foi implantado, houve redução de 33% nas turmas da manhã.
A diminuição das taxas de reprovação – e, consequentemente, das de evasão, já que a retenção contínua seria um dos fatores que mais contribuem para o abandono por parte dos estudantes – foi, inclusive, um dos argumentos da Seed para a adoção do método nas escolas estaduais que ofertam o ensino médio. No entanto, não é possível saber se houve algum impacto, positivo ou negativo, já que a secretaria não informou os números. Para Tânia Maria Acco, diretora do Colégio Estadual do Paraná, a percepção é de que não houve mudança significativa nos dois fatores.

Anna Simas - GP

::: FANP - FACULDADE DO NOROESTE PARANAENSE

Índice Geral de Cursos (IGC-3) colocou a FANP entre as melhores instituições de ensino superior do Paraná, a Faculdade só tem aumentado seu desempenho. Curso de Ciências Contábeis foi reconhecido com conceito “4” e Letras com conceito máximo “5”


FANP - Administração, Ciências Contábeis, Letras, Pedagogia e Serviço Social



::: FELIZ ANIVERSÁRIO - Requião agradece a Dilma através de motorista


O SENADOR PARANAENSE Roberto Requião tem divertido algumas rodinhas de colegas contando sua resposta a um telefonema de feliz aniversário que recebeu de Dilma Rousseff no início do mês. Na verdade, quem ligou para dar os parabéns a Requião em nome da Dilma foi a ajudante de ordens Ester Homsani. No dia seguinte Requião enviou e-mail a Dilma agradecendo a gentileza. Mas não perdeu a oportunidade: mandou seu motorista assinar a correspondência.

Saul Bogoni - Sinopse Geral

::: POLÊMICA - “Estrelas” dão força à frente gay no Congresso


União civil entre homossexuais e a criminalização da homofobia são duas das bandeiras do grupo que reúne 171 parlamentares

“Pela primeira vez teremos uma frente parlamentar de fato, atuante, com um programa de ações concretas.” Jean Wyllis, deputado federal (PSol-RJ)



Encabeçada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e pelo ex- BBB e de­­­putado federal Jean Wyllis (PSol-RJ), a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) será lançada hoje no Congresso Nacional. Com mais visibilidade e o apoio formal de 171 congressistas, o grupo se prepara para tentar confrontar de igual para igual segmentos religiosos tradicionais no Legislativo como a Frente Evangé­­­lica. Dois temas já estão colocados à prova – a união civil entre ho­­­mos­­­sexuais e a criminalização da homofobia.

Primeira mulher a falar abertamente sobre sexualidade na televisão brasileira (ela apresentava um quadro sobre o assunto na Rede Globo nos anos 1980), Marta es­­treou no Senado desarquivando o Projeto de Lei Complementar 122/2006, que prevê punições para práticas discriminatórias em razão de orientação sexual. As penas se aplicam para casos de discriminação no trabalho, em ambientes públicos e privados, escolas, hotéis, bares e similares, e também em caso de aluguel de imóveis.

Já Wyllis, vencedor do Big Bro­­­ther Brasil, coleta assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que legaliza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A iniciativa é uma evolução da demanda histórica do movimento LGBT, que até agora defendia a união civil estável entre homossexuais.

“Pela primeira vez teremos uma frente parlamentar de fato, atuante, com um programa de ações concretas”, comemora Wyllis. A PEC, segundo ele, é resultado desse novo momento no Con­­gresso. “Estamos em condições mui­­­to especiais e não temos motivos para nos acovardar, para não reivindicarmos algo menos que direitos iguais.”

Estudiosa do assunto, a professora do mestrado em Direito Civil da Unibrasil Ana Carla Harmatiuk Matos considera a estratégia arriscada. “Os direitos já são idênticos, mas a questão da união estável já está bem mais amadurecida. O que complica é que o casamento civil deriva do direito canônico, está li­­­gado à religião”, avalia.

A opinião é a mesma do deputado paranaense Dr. Rosinha (PT), um dos membros da Frente LGBT. “Acho que a união estável dá até mais garantias, mudar de direção agora é taticamente ruim”, afirma. O medo é que a demanda seja confundida entre a sociedade como direito ao casamento religioso.

A batalha ideológica já extrapolou o Congresso. No fim de semana passado, Curitiba recebeu o Fórum Nacional de Ação Social e Político, que mobiliza evan­­­­­gélicos contrários ao casamento gay e à criminalização da homofobia. “Voto contra essas questões porque são contrárias à lei de Deus e da natureza. Além disso, se fizermos um plebiscito, a sociedade também vai dizer que não aprova”, diz o deputado André Zacharow (PMDB-PR), que integra a Frente Evangélica.


Voto contra essas questões porque são contrárias à lei de Deus e da natureza. Além disso, se fizermos um plebiscito, a sociedade também vai dizer que não aprova - Deputado André Zacharow (PMDB-PR), que integra a Frente Evangélica

::: ATRASO - Muitos municípios ainda são ligados por balsas no Paraná


Atualmente, existem 65 pontos de travessias de balsas no Estado

Embora a construção de pontes seja uma alternativa sempre em estudo, a Secretaria de Infraestrutura e Logística mantém atualizado o cadastro das balsas como importante alternativa de transporte do Estado. Atualmente, existem 65 pontos de travessias de balsas, que atendem cerca de 80 municípios. Essas embarcações fazem, por exemplo, a travessia da baía de Guaratuba, no Litoral, de rios nas divisas do Paraná com outros Estados e na fronteira com o Paraguai.

Segundo o Departamento Hidro-Aero-Ferroviário da secretaria, o cadastro das balsas serve de base para a construção de futuras pontes, como acontece no Rio Chopim, entre Clevelândia e Mangueirinha (distrito de São Pedro). Também auxilia a provisionar recursos às prefeituras para reformas ou aquisição de novas embarcações, uma vez que nem sempre é economicamente viável a construção de pontes nessas travessias. Através do cadastro, a Capitania dos Portos, responsável pela fiscalização dos rios, faz o acompanhamento da segurança das embarcações.

A maioria das balsas é operada em regiões remotas e atende comunidades pequenas, como explica Germano Valença, chefe do Departamento Hidro-Aero-Ferroviário. O serviço ajuda a baratear os custos de transporte de pequenas propriedades agrícolas, evitando grandes desvios até os centros consumidores.

TRAVESSIA – O cadastro aponta que 46 travessias são operadas pelas administrações municipais e 19 por particulares. Nove delas ocorrem em rios de jurisdição federal e outras seis unem rodovias estaduais separadas pelos rios Ivaí, Iguaçu, Chopim e Piquiri.

As balsas também facilitam a integração do Paraná com os estados vizinhos, em regiões de difícil acesso. São quatro travessias para São Paulo (Rio Paranapanema), duas para o Mato Grosso do Sul (Rio Paraná) e uma para Santa Catarina (Rio Negro). Existem ainda três travessias internacionais em Santa Helena, Porto Itaipulândia e Guaíra, unindo o Brasil com o Paraguai pelo Rio Paraná.

Vários tipos de balsas operam no Estado. No Litoral, por exemplo, são três ferry boats e três balsas. No Rio Paraná, outras embarcações de porte, com capacidade para travessias de carretas. E também balsas de pequeno porte, tracionadas por barcos, catracas e cabos.

::: TECNOLOGIA - Ligeirão azul vem para oxigenar sistema

Novo serviço tem tecnologia avançada e promete compensar morosidade de duas das principais linhas de Curitiba

Ônibus, que começa a circular amanhã, no aniversário de Curitiba, é promessa de maior rapidez e conforto para o usuário

O Mega BRT, considerado o maior ônibus do mundo, foi apresentado ontem, no parque Barigui, durante as comemorações do aniversário de 318 anos de Curitiba, celebrado amanhã. Com 28 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e capacidade para 250 passageiros, o ligeirão azul, como foi batizado, vai operar nas linhas Pinheirinho-Carlos Gomes e Boqueirão. Nove ônibus começarão a rodar na terça-feira. Até junho, serão 24 exemplares, 10 no Boqueirão e 14 na Linha Verde.
Além de maior, os novos biarticulados vão oferecer uma viagem mais rápida. De acordo com a prefeitura, no sistema ligeirão, o ônibus faz menor número de paradas (nos terminais e em alguns pontos selecionados) e conta com tecnologia que permite a abertura dos semáforos, o que lhe garante prioridade no cruzamento. A cor azul foi escolhida justamente para diferenciá-lo do veículo vermelho que continuará fazendo a mesma linha parando nos antigos tubos.

No sistema ligeirão, a viagem entre o terminal Boqueirão e a Praça Carlos Gomes, de 20,5 quilômetros, é feita em 20 minutos, 15 minutos a menos do que o Expresso. Já o trajeto entre o terminal do Pinheirinho e a praça Carlos Gomes, de 22,4 quilômetros, tem 25 minutos, 10 minutos a menos do que pelo Eixo Sul. Apro­xi­ma­damente 50 mil pessoas usam as duas linhas todos os dias.
Para Marcos Isfer, diretor-presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), os novos ônibus representam uma revolução no sistema de transporte coletivo e nega que eles sejam apenas mais uma campanha de marketing da cidade. “Eles são maiores, mais confortáveis e chegam mais rápido ao destino. Tudo que o usuário do transporte quer”, afirma. Isfer anuncia que até o fim de abril, 97 novos ônibus serão entregues. Até o fim do ano, serão 554, ou 29% da frota atual. Fabricados pela Volvo e Neobus, os ligeirões azuis operam com biocombustível, o que diminui em 50% a emissão de fumaça na atmosfera.

Manifestação
A festa de aniversário de Curitiba também foi marcada por um protesto do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Com faixas, apitos e narizes de palhaço, cerca de 60 manifestantes cobraram do prefeito Luciano Ducci uma posição em relação à pauta de reivindicações, que inclui o zeramento de todas as perdas salariais e aumento real de 10%. “Viemos aqui para chamar a atenção da população para os nossos problemas. A atual gestão não nos respeita”, diz o diretor de Formação do Sismuc, Patrick Baptista.
A administração municipal contra-argumenta afirmando que muitas prefeituras do Brasil não concederam nem 5% de aumento. “O reajuste de 6,5% [oferecido pela prefeitura Curitiba aos servidores] está muito acima do que foi oferecido para outras categorias profissionais e outros estados e municípios”, afirma o prefeito Ducci.
Durante a manifestação, guardas municipais e sindicalistas chegaram a entrar em confronto, mas ninguém foi detido. Para o prefeito, o protesto foi oportunista. “Eles têm o direito democrático de se manifestar. O que não pode é fazer isso em um dia de festa”, reclama. Uma nova manifestação dos servidores está marcada para o dia 29, às 9 h, em frente ao prédio da prefeitura, no Centro Cívico.

Serviço:
Linha Pinheirinho-Carlos Gomes
Faz a ligação entre o Terminal Pinheirinho e a Estação Lourenço Pinto, no Centro, com cinco paradas na Linha Verde e duas na Marechal Floriano. O tempo de viagem é de 25 minutos, com intervalo de quatro minutos.
Ligeirão Boqueirão
Liga o Terminal Boqueirão à Estação Praça Carlos Gomes, no Centro, fazendo além do ponto de chegada e saída, mais três paradas: nos terminais Carmo e Hauer e na Estação Cefet. O tempo de viagem é de 20 minutos, com intervalo, entre os ônibus de cinco minutos.
Gabriel Azevedo  - GP