Qual é o risco da radiação?
- Exposição a alto nível de radiação compromete a saúde, pois afeta a medula óssea e a produção de glóbulos brancos. Isso causa a redução da capacidade da função de defesa do organismo.
Qual é o nível de radiação detectado após a explosão na usina de Fukushima na terça (15)?
- Foi de 400 milisievert nas proximidades dos reatores 2 e 3. Exposição a esse nível de radiação por 22 segundos equivale ao total anual que as pessoas recebem em condições normais. Segundo especialistas, não haveria risco alto de contaminação, que requer tratamentos especiais, para quem está fora das proximidades da central.
O que fazer para se proteger da radiação?
- Como medida básica, o ideal é não se aproximar do local de liberação da radiação, permanecer no local protegido e aguardar. É importante evitar contato com ar externo para que partículas radioativas não infiltrem no corpo através da respiração. No interior de casas e prédios, é preciso manter as portas e janelas fechadas e ar-condicionado desligado para evitar a entrada do ar.
E se for necessário sair para se refugiar?
- É indicado cobrir o corpo o máximo possível, usando chapéus e cobrindo o nariz e a boca com máscara ou lenço molhados. Na falta de lenço ou máscara, pode utilizar o papel higênico dobrado. Na chuva, deve-se tomar cuidado para não se molhar. As chuvas podem estar contaminadas.
E se tiver contato com ar contaminado?
- Nesse caso, deve-se tirar as roupas possivelmente contaminadas com partículas radioativas num saco de pláscito e fechá-lo. As partes do corpo que estavam descobertas devem ser lavadas com ducha ou água morna para eliminar os radioativos.
E se respirarmos o ar contaminado com radioativos?
- Há medicamentos específicos para cada tipo de radioativo. Um deles é iodo estável medicado para prevenir doenças que podem ser provocads por componentes radioativos. Há boato de que que os produtos com iodo para gargarejo vendidos na farmácia servem para se proteger contra contaminação, mas profissionais da área de saúde alertam para não fazer isso. Esses produtos contém outras substâncias além do iodo e podem causar efeitos colaterais caso sejam ingeridos.
Segundo normas da Agência Japonesa de Segurança Nuclear, a solução com iodo estável é medicada apenas em uma dose para pessoas com menos de 40 anos. Os alérgicos ao iodo não devem ingeri-la.
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Exposição
Se ocorrer o derretimento, três tipos de radiação serão liberadas no ambiente: alfa, beta e gama. “A radiação alfa não penetra no organismo, ela causa queimadura na pele”, explica Aquilino Senra engenheiro nuclear, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). . “As radiações beta e gama – principalmente a gama – entram no organismo e causam deformações celulares”, afirma, referindo-se à exposição aos raios.
Se ocorrer o derretimento, três tipos de radiação serão liberadas no ambiente: alfa, beta e gama. “A radiação alfa não penetra no organismo, ela causa queimadura na pele”, explica Aquilino Senra engenheiro nuclear, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). . “As radiações beta e gama – principalmente a gama – entram no organismo e causam deformações celulares”, afirma, referindo-se à exposição aos raios.
Essas deformações, ao longo dos anos, podem levar a casos de câncer. “Podem, não devem. E isso varia de acordo com a distância da pessoa do local do acidente e a proteção que ela estiver usando”, explica.
Essa radiação gama é a mesma usada em tratamentos de radioterapia, exatamente para combater o câncer. "Em baixas doses, ela destrói tumores", afirma o especialista. "Em altas, pode causar dano celular que leva ao câncer".
Ionização
A radioatividade pode afetar a saúde principalmente de duas formas. "O problema maior é que este tipo de radiação é ionizante, ou seja, é capaz de mudar a estrutura química das substâncias", afirma Regina Bitelli Medeiros, professora do departamento de diagnóstico por imagens da Unifesp e especialista em física médica.
A radioatividade pode afetar a saúde principalmente de duas formas. "O problema maior é que este tipo de radiação é ionizante, ou seja, é capaz de mudar a estrutura química das substâncias", afirma Regina Bitelli Medeiros, professora do departamento de diagnóstico por imagens da Unifesp e especialista em física médica.
Com isso, ela altera as características de substâncias comuns em nosso corpo. A partir da água, por exemplo, podem se formar radicais livres, que, em excesso, prejudicam o funcionamento do corpo.
Outra possibilidade é que a radiação nuclear afete diretamente as células. A mudança na estrutura química dos elementos pode representar, por exemplo, a quebra da cadeia de DNA.
A medicina atual ainda não sabe dizer se existe uma quantidade limite de radiação à qual o corpo deva ser exposto para que tais efeitos possam desenvolver o câncer.
ipcdigital.com
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