sexta-feira, 25 de março de 2011

::: ENTREVISTA - VICE-PREFEITO JÚNIOR MOSER FALA SOBRE COMÉRCIO, AGRICULTURA E FESTA DA SEDA E OUTROS TEMAS IMPORTANTES PARA A POPULAÇÃO


Durante entrevista exclusiva ao Jornal Noroeste, o vice-prefeito Júnior Moser falou sobre diversos temas importantes para o município de Nova Esperança e sua população.

JORNAL NOROESTE– Agora que realmente se começa o ano novo, passado o período de carnaval, o que está sendo feito para beneficiar e  estimular o comércio e indústria locais? A administração incentiva a instalação de novas empresas no município?

JÚNIOR MOSER:  Nós sabemos que para termos uma boa circulação em nosso comércio precisamos gerar empregos na agricultura e na indústria, focando nesse binômio é que incentivamos a diversificação agrícola em Nova Esperança, e ao compararmos nosso município com os municípios vizinhos do mesmo porte, vamos observar que somos diferenciados, pois a variedade de produtos agrícolas produzidos em Nova Esperança permitem uma maior segurança quanto a frustração de safra, resultado dessa diversificação Com relação a industria, sabemos da dificuldade em atrair grandes indústrias, pois cidades maiores, como Maringá, oferecem incentivos, que muitas vezes não conseguimos oferecer. Apesar disso, obtivemos alguns avanços significativos com o prédio do I.B.C., no qual esta sendo ocupado. Já foi instalado a primeira linha de produção e envase do fermento da empresa Totalmix. A empresa Solution que produzirá forros e artefatos de PVC encontra-se em fase final de instalação. A empresa Rede Plus já encontra-se instalada. A D’york confecções e a Andreson confecções também estão com os projetos de instalação e irão gerar inúmeros novos empregos. Temos também a empresa Quimisa, que tem sua matriz em Brusque-SC, instalando-se em breve em Nova Esperança, assim como a empresa Novatextil, que também é de Santa Catarina, já começando a se instalar, estas empresas serão relevantes para geração de empregos a curto prazo.
          A Administração Municipal está fazendo um levantamento dos terrenos disponíveis em nossos parques industriais, e será feito uma licitação para sessão de uso de terrenos por indústrias interessadas.

J.N. Nova Esperança, como município micro-polo de sua região tem evoluído neste sentido? O que tem sido feito que mereça destaque?



JR. MOSER: Se nós fizermos uma retrospectiva até 2005 e refletirmos, Nova Esperança deu um salto expressivo com avanços, começou com a conquista da vara do trabalho, anseio antigo de nosso município que tornou-se realidade, fazendo com inúmeras cidades vizinhas  busque os serviços oferecidos por este importante órgão Federal. Por conseqüência o fluxo de pessoas de outras cidades, o comércio é beneficiado, pois as pessoas acabam fazendo compras, utilizando restaurantes, lanchonetes para fazerem suas refeições, criando novos empregos e gerando renda para nossa cidade. Outro órgão de relevante importância conquistado nesse período para Nova Esperança foi o posto do INSS, que também atrai pessoas para nosso comércio e permitindo uma comodidade para os munícipes que se deslocavam a Paranavaí para receberem os serviços que agora aqui são prestados. Para completar as conquistas, recentemente tivemos a inauguração do Fórum Eleitoral que também atende toda a comarca de Nova Esperança.
          Juntamente com esta iniciativa da Administração Municipal, em parceria com órgãos federais e estaduais, tivemos também, iniciativas de empresários e instituições, que fortalecem Nova Esperança como micro-polo regional, um exemplo é a FANP que alavancou o desenvolvimento de Nova Esperança trazendo inúmeros estudantes para nossa cidade, assim também fez o CIESC que permite um fluxo intenso de crianças e adolescentes de cidades vizinhas para Nova Esperança.
          Outro fator de grande importância é a forte atuação da ACINE, que tem promovido, juntamente com seus associados, feiras de liquidação e promoções que atraem um grande número de pessoas das cidades vizinhas para realizarem aqui suas compras gerando riquezas em nosso comércio e indústria.

J.N. Inúmeros barracões de bicho-da-seda foram desativados. Nova Esperança ainda é a capital nacional do casulo verde ou a cidade está se voltando para outras culturas?

JR. MOSER:  A sericicultura passa por um momento de adequação e mudança na sua forma de produção, com a escassez de mão-de-obra e migração da mão-de-obra rural para urbana aliada com o preço do casulo, forçou uma mudança no modelo produtivo. Se voltarmos na década de 80 e 90 o nosso modelo de produção era de grandes barracões (40 a 60m)onde trabalhavam famílias de 5 a 10 pessoas. Hoje o módulo familiar é menor, composto por 2 a 4 pessoas forçando uma mecanização na produção de casulos. Neste momento foi de vital importância a atuação da Emater, através de seus técnicos, levando novas tecnologias desenvolvidas pelo IAPAR, com novas variedades de amoreiras que permitiu uma maior produção de folhas em áreas menores. A empresa Bratac, através dos técnicos, desenvolveram máquinas, como cortadeira de amora, máquinas para limpar casulos e outras, que permite uma racionalização da mão-de-obra, permitindo que Nova Esperança continue sendo a Capital Nacional de casulos verdes com mais de 300 barracões produzindo, e com produtores obtendo renda que permite sua permanência nas pequenas propriedades rurais. Para concluir, uma parceria entre Prefeitura municipal de Nova Esperança, através da Secretaria da Agricultura com a Bratac, estão sendo realizados reformas e plantio de novas amoreiras.
          Outras atividades estão em expansão em nosso município, como a  citricultura e a criação de frangos de corte. Para se ter uma idéia, 21 novos barracões, com capacidade para 30.000vaves serão construídos em Nova Esperança. Um barracão corresponde a renda gerada ao município por 100ha de soja, o que permite uma maior receita ao município, propiciando melhorias nas áreas rural e urbana.

J.N. -Nova Esperança se prepara para realizar a festa da seda. Como e quando será este evento?  Quais os seus objetivos?

JR. MOSER: Anseio antigo de outras administrações é agregar valor ao casulo produzido em Nova Esperança. Em 2005 começamos um trabalho de parceria entre Prefeitura Municipal através da Secretaria da Agricultura, Emater, Bratac, Industrial João Berdu, UEM, Casulo Feliz e produtoras de casulos de Nova Esperança, que resultou na fundação da COPRASEDA (Cooperativa de produtoras de artesanato de seda), que começou na Vila Rural Esperança e expandiu-se para outras comunidades rurais, e tem hoje 42 artesãs que produzem cachecóis, lenços e echarpes de seda que são comercializados na França através do mercado justo e hoje em parceria com o Banco do Brasil através do DRS (desenvolvimento rural sustentável) está sendo comercializado nas lojas de troca de pontos do cartão do Banco do Brasil. Conseguimos participar em duas feiras (Rio de Janeiro e Brasília) promovidas pelo Ministério da Agricultura onde foram vendidos produtos de seda produzidos pelas artesãs. Consta no calendário de eventos para 2011 a 1º Feira do Vale da Seda que acontecerá em Nova Esperança de 12 a 21 de novembro, onde estarão sendo expostos e vendidos produtos de seda com a forte parceria da ACINE.
          Outra conquista importantíssima para o município foi a vaga para estarmos comercializando produtos de seda produzidos em Nova Esperança nas 12 cidades sedes da Copa do Mundo em 2014. vale a pena salientar que apenas 3 cooperativas do Paraná foram contempladas para venderem seus produtos nas lojas oficiais da copa. A COPRASEDA estará levando o nome de Nova Esperança.

J.N. - Com a conclusão do Parque de Eventos, Nova Esperança terá de volta a Expofene, Expoleite e Expovica?

JR. MOSER - Sim, a Administração Municipal e toda comunidade desejam a volta das tradicionais festas de Nova Esperança, momentos que mostramos as atividades desenvolvidas no município, nos confraternizamos e levamos cultura e diversão a toda comunidade.

J.N. - Suas Considerações finais. Fique à vontade
JR. MOSER: É importante dizer que  administrar é viver momentos de discussão de projetos que melhoram a qualidade de vida da população, planejar com equilíbrio e executar de maneira coerente, visando o bem coletivo.

Jornal Noroeste

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