Os japoneses viveram ao longo de sua história a glória e destruição. Eles aprenderam na reconstrução de seu país a afirmar a identidade nacional.
Da destruição promovida de duas bombas atômicas e catástrofes naturais, o país do Sol nascente demonstra que superar não é apenas ter as condições materiais para que isso ocorra, mas ter um sentido social e em cada um a ação voltado para o futuro.
Na destruição promovida por duas bombas atômicas em 1945, que marcaram o fim da Segunda Guerra Mundial e a destruição do país, não foram apenas os investimentos do capital norte-americano que gerou a reconstrução de uma das maiores potências do mundo. Eles se organizaram, planejaram e executaram o futuro.
A economia japonesa une os investimentos privados com o interesse do Estado. O capitalismo nipônico não agride a sociedade onde estabelece seus investimentos. Uma diferença fundamental das empresas nipônicas de sucesso é que o desejo do lucro é antecedido pela manutenção da sociedade onde está instalada.
Nós não somos os nipônicos, não temos a necessidade de reproduzir seus modelos, temos nossa própria história. Mas temos que mudar a forma como associamos o desejo do lucro e os interesses da sociedade. Muitas empresas instaladas no Brasil funcionam como canibais, sugam e vivem das benesses do Estado, manipulam privilégios, forçam a permanência de uma realidade que anula as possibilidades de desenvolvimento.
Não tem sociedade que consiga superar sua miséria quando o Estado e algumas empresas privadas são imediatistas, se relacionam com a política de favores. Talvez, esta lição nós precisamos aprender com os japoneses. Eles se reconstroem das catástrofes naturais, nós estamos mergulhados, muitas vezes, na catástrofe permanente da má intenção.
Gilson Aguiar - Gz Mgá
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